Tempo em Algueirão Mem Martins

domingo, 31 de janeiro de 2010

[Correio da Manhã] Assalto no Algueirão


Uma mulher foi agredida com violência por um homem quando estacionava o carro numa rua do Algueirão, Sintra. O assaltante roubou as chaves do veículo e todos os haveres à vítima, e colocou-se em fuga, vindo a ser detido pouco depois graças à rápida denúncia da mulher atacada.

O crime ocorreu perto das 23h00 de quinta-feira. No momento em que estava a estacionar o automóvel, a mulher foi surpreendida pelo assaltante, que a ameaçou e agrediu a murro e pontapé. A mulher foi, de pronto, denunciar o assalto à PSP de Algueirão-Mem Martins, ajudando os agentes a prender o ladrão, que foi encontrado com os artigos roubados. O Tribunal de Sintra determinou que aguarde julgamento em prisão preventiva.


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Freguesia Vista do Céu

Foto que encontrei na internet, que desconheço o autor, mas onde se pode apreciar a vila de Algueirão-Mem Martins, vista do céu.

sábado, 16 de janeiro de 2010

[RTP] Fim da Feira de Fanares e Capela [video]

Manifestação de Feirantes, em Fanares [video]

Hoje assisti a algo que me indignou, a manifestação dos Feirantes em Fanares.
Se é óbvio para toda a gente, que as feiras de Fanares e da Capela não servem a ninguém, pela total ausência de condições, também me parece óbvio, que só deveriam de acabar, quando existisse um espaço alternativo concluído. Estarei errado?
Na foto abaixo, é possível ver o orgulho politico, com a solução encontrada na Tapada das Mercês...



















O pior, é que este orgulho apenas criou problemas e contestação.
- Termina-se as feira sem existir alternativas concluídas para a sua substituição?
- Será que estes senhores se esquecem que existem várias famílias que vivem destes trabalhos?
- Será para as pessoas se desabituarem da fruta saloia, e ganharem o vicio da fruta das grandes superfícies?


















Com os feirantes com quem falei, ninguém contestou a mudança, contestam isso sim a suspensão, como se podia ver nas folhas coladas nos seus veículos. Mas o ponto mais alto da minha indignação, é a falta de solidariedade politica. Ninguém dá a cara...Deixo aqui várias perguntas:

- Sr. Presidente da Junta de Freguesia, não seria o seu papel, estar ao lado dos comerciantes para lhes dar uma palavra e ajudar na resolução dos seus problemas?

- Srs políticos, acham que aquele pequeno terreno com alcatrão, sem água, sem wc's, é o espaço digno para a Futura Feiras da maior freguesia de Portugal?

- Como se sentem os habitantes da Tapada das Mercês, que vê o seu descanso incomodado com a colocação de uma Feira mesmo em frente às suas janelas?

- De que modo, será afectado o funcionamento da Escola às Quartas-feiras? Barulho? Trânsito?


- E as forças politicas da oposição? Alguém as viu? Alguém as ouviu? A feira serve só para ganhar votos e depois é esquecida?


















Trata-se de mais um duro golpe no pequeno comercio, pois muitas pequenas lojas sobreviviam, com a facturação obtida às quartas e aos sábados.
Jerónimo Martins e Belmiro de Azevedo agradecem.

E será que todos já pensaram, que a falta de um espaço credível e de qualidade para a realização da nova feira, é apenas mais umas consequência de um urbanismo egoísta, de "pato bravo", sem qualquer planeamento?

Fica aqui umas pequenas imagens dos feirantes a abandonar o espaço da "Antiga Feira de Fanares" debaixo de buzinão, em direcção à Câmara de Sintra, para mostrar o seu desagrado. Assisti a palmas e incentivos de alguns habitantes de Mem Martins, que também mostravam o seu apoio e a sua indignação. Quem era alvo de todas as criticas? Os senhores doutores políticos...

Que falta de Bom Censo...


OBS: a PSP apareceu no final (2 agentes)... tudo decorreu com apenas com um carro com dois elementos da Policia Municipal, que mesmo assim abandonou o local. O caos que se criou no trânsito? Se existissem problema estaria garantida a segurança de todos? tenho duvidas... enfim.. a população está habituada...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Reflexão Interessante sobre Urbanismo em Algueirão - Mem Martins

Já este mês, neste Blog, questionei o Edifício que se encontra em construção, junto da estação do Algueirão, em frente à Farmácia Rato, e recebi um comentário muito interessante às minhas opiniões e observações. Trata-se de alguém que eu não conheço, que assina sempre como Pedro, e deixa sempre uma opinião muito válida, sobre os temas que eu lanço... Não sei de quem se trata, mas o mais importante é o debate de ideias. Vou deixar de seguida por completo o último comentário que recebi, pois acho que se trata de uma boa reflexão sobre o urbanismo na freguesia, e desde já o meu obrigado pela participação inteligente.


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"Eu sou arquitecto urbanista, um de algumas centenas que se formou naquele ano. Moro na freguesia e passo ao pé desse novo "edifício" praticamente todos os dias. E fico sinceramente escandalizado quando vejo a pouca vergonha que se constrói e ainda por mais quando leio o comentário da Paula sobre o edifício da Rato ser demolido. Como é possível, eu não sei. Sei que durante a infância decidi que queria ser arquitecto, logo na primária, devido ao gosto por desenhar.

Quando acabei o secundário escolhi um curso que também envolve urbanismo porque percebi que existiam grandes necessidades nessa área como a realidade do país nos revela, especialmente aquela que se passa neste concelho e arredores. Sei que andei a estudar durante 6 anos que foram tudo menos simples e a vontade de desistir nos períodos mais amargos vinha sempre acima, mas acabei por concluir o curso. Sei que tenho de pagar cotas à Ordem, a mesma instituição que me ensinou sobre o código deontológico e sobre o respeito pelos colegas de profissão...

Lamento, mas quem projecta e autoriza vergonhas destas, certamente que não será um colega de profissão porque isso que aí está quase subverte todos os princípios e assemelha-se ao que eu chamaria de um atentado urbanístico. Alinhamentos errados, enquadramento mau, configuração defeituosa e sem grande sentido, volumes alternados e sem sentido, desrespeito pelos moradores envolventes, desrespeito pela opinião pública, falta de informação na placa que foi colocada no início da obra e não estava preenchida, excesso de densidade, falta de espaço exterior com passeios mínimos e se calhar à margem da legislação actual, e um sentido estético deficiente... não é preciso nenhum tipo de formação específica para se poder perceber o que está a ser feito de errado. Mas pelos vistos a autarquia continua a pensar que o povo é estúpido. Pelas decisões e interesses de um par de dezenas de interessados e beneficiados com este tipo de obras, paga a população de uma freguesia que está cada vez mais destruída e sem qualquer tipo de sinais de melhora.

Estes recentes acontecimentos cada vez mais me fazem querer ir viver para outro lugar, longe desta vergonha, porque durante 3 décadas o elevado nível de corrupção continua a ser imenso e apesar da evolução tecnológica que decorreu no mesmo período já percebemos que a mentalidade dos construtores e dos políticos continua estagnada e corrompível. Ou isso, ou eu andei durante muitos anos e continuo a andar enganado a pensar que no curso que escolhi aprendi coisas úteis e que faziam falta...
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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

[Público] Cidade sim ou não??

A lista das vilas que não aspiram a ser cidade poderia ainda incluir a maior vila de Portugal, Algueirão-Mem Martins, mas neste caso a recusa não se deve a uma filosofia de vida. É mais a dura realidade dos factos que se mete no caminho.


"Gostaria de poder pensar a cidade de Algueirão-Mem Martins", assume Manuel do Cabo, presidente da junta desta freguesia do concelho de Sintra, "mas não existe uma cidade sem pavilhão gimnodesportivo, um complexo polidesportivo, um centro de saúde que não seja num prédio de habitação com seis andares (onde as pessoas com deficiência são atendidas à porta), sem um centro dia ou um lar público, sem piscinas (há uma para 120.000 habitantes), sem creches públicas, sem um parque ou jardim digno desse nome". "Nada disso existe na minha freguesia. Os construtores não deixaram espaços disponíveis para outra coisa que não fosse habitação. E a culpa é da câmara municipal, que autorizou que se construísse mesmo por cima das ribeiras..."


O desabafo de Manuel do Cabo vai longo, mas toca em quase todos os pontos sensíveis da questão. A noção que temos de cidade é a de um centro, um pólo aglutinador de actividades e pessoas e gerador de progresso regional. Mas o mapa português do século XXI mostra uma realidade bem diferente: muitas das nossas cidades são apenas subúrbios onde muita gente dorme. Faz sentido serem cidades?


À luz da lei, faz. O diploma de Junho de 1982 indica um critério demográfico (mais de 8000 eleitores em aglomerado populacional contínuo) e enuncia um conjunto de outros requisitos: instalações hospitalares com serviço de permanência; farmácias; corporações de bombeiros; casa de espectáculos e centro cultural; museu e biblioteca; instalações de hotelaria; estabelecimento de ensino preparatório e secundário; estabelecimento de ensino pré-primário e infantários; transportes públicos, urbanos e suburbanos; parques ou jardins público. As povoações que possuam, pelo menos, metade destes equipamentos podem aspirar a ser cidade - estatuto que é concedido pela Assembleia da República.


https://www.publico.pt/2010/01/10/jornal/cidade-nao-obrigado-18530849