Tempo em Algueirão Mem Martins

quinta-feira, 22 de maio de 2014

[Público] Câmara de Sintra aprova acordo para concluir Tapada das Mercês mas moradores contestam


A Câmara de Sintra aprovou um acordo a celebrar com os promotores da urbanização da Tapada das Mercês, que os compromete a concluírem um projecto com quase quatro décadas. Em troca, a autarquia promete licenciar a primeira fase do loteamento contíguo da Quinta da Marquesa assim que as obras na Tapada estejam prontas. A solução, porém, não agrada aos moradores.
O protocolo, aprovado por unanimidade na reunião pública desta terça-feira, prevê que os urbanizadores – as empresas Cintra e Vicente Construções – construam, no prazo de seis meses, dois parques de estacionamento e um jardim público e façam obras de reparação do espaço urbano. Terão também de construir a Via Parque (via estruturante que liga a Tapada das Mercês à A16) e a ligação da Estrada Algueirão/Richoa à Estrada da Baratã (EN256), para garantir o acesso do loteamento da Quinta da Marquesa à A16.

No acordo, ao qual o PÚBLICO teve acesso, o fundo de investimento imobiliário Fundimo, da CGD, surge também como promotor e fica responsável por investir 1,3 milhões de euros na remodelação do centro comercial Floresta Center e em obras na zona envolvente.

Na Tapada das Mercês moram cerca de 22 mil pessoas
O alvará de loteamento da Tapada das Mercês, urbanização localizada na freguesia de Algueirão-Mem Martins, data de 1978, época em que as obras foram iniciadas. O promotor, que inicialmente era apenas a sociedade Cintra, construiu perto de 5500 fogos mas não concluiu os equipamentos previstos nem as obras no espaço público, motivo pelo qual a câmara ainda não procedeu à recepção definitiva da urbanização. “Muitas pessoas ainda não puderam [por isso] registar as suas casas”, sublinha o presidente da autarquia, Basílio Horta (PS).


Por despacho municipal de Abril de 2012, as obras previstas no alvará da Tapada das Mercês e não concluídas ficaram abrangidas pelo contrato da Quinta da Marquesa, loteamento projectado a norte da urbanização existente. Os promotores pretendiam que a autarquia licenciasse este loteamento para depois terminarem a intervenção na Tapada, para a qual precisam de um empréstimo bancário de 300 mil euros. Mas Basílio Horta preferiu outra solução: "Para a empresa conseguir o financiamento, a câmara compromete-se a libertar [o licenciamento da] a primeira fase da urbanização da Quinta da Marquesa logo que a Tapada das Mercês esteja concluída", explica o autarca, sublinhando que a banca tem interesse em que as obras na Quinta da Marquesa avancem.

Para o presidente da Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins, Valter Januário (PS), a decisão da autarquia mostra "coragem política" para resolver um problema que se arrasta há muitos anos. “A situação agudizou-se a partir de 2001 [ano em que Fernando Seara foi eleito pela primeira vez como presidente da Câmara]”, afirma. O promotor deixou de intervir na urbanização, alegando dificuldades financeiras. "Finalmente vai-se dar alguma qualidade de vida aos cerca de 22 mil moradores", diz o autarca, admitindo porém que a solução "não é a ideal, mas sim a possível".

Mas para a Associação de Moradores da Tapada das Mercês, o acordo não garante a resolução dos problemas mais prementes. "Durante 12 anos ninguém mexeu uma palha para que algo acontecesse, pelo que estamos agradecidos, mas não é disto que precisamos para já", diz Cristina Lopes, da Assembleia Geral da associação.



Para os moradores, a prioridade devia ser a construção dos equipamentos em falta prometidos inicialmente pela Cintra, como espaços verdes, um complexo desportivo, parques infantis, piscinas, uma igreja, um quartel de bombeiros. "É preciso requalificar os prédios, as estradas, a iluminação pública, as passadeiras", enumera, criticando a opção por mais habitação no novo loteamento. "O projecto vai trazer mais pessoas para cá, mas depois não temos parques para as crianças em condições", exemplifica, lamentando que a zona se tenha transformado num "dormitório". "Ao fim-de-semana as pessoas vão-se embora porque não há nada que as prenda."

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Carlos Guerreiro - 'o youtuber de Mem Martins...'

Na rubrica da Radio Comercial 'O Homem que mordeu o Cão', Nuno Markl fez em dois dias consecutivos referência a Carlos Guerreiro, o youtuber de Mem Martins... ouve abaixo as 2 edições, e torna-te seguidor da pagina do facebook, clicando na foto abaixo...


domingo, 11 de maio de 2014

As antigas fontes de Algueirão Mem Martins

Abaixo os antigos cartazes do 
'Projecto de Recuperação de Fontes e Fontanário Tradicionais', com a informação de todas as fontes e fontanários de Algueirão Mem Martins

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Entrevista com o Presidente da Junta de Freguesia de Algueirão Mem Martins

Entrevista com o Presidente da Junta de Freguesia de Algueirão Mem Martins, Valter Januário, na edição de 7 de Maio de 2014, do Jornal Correio de Sintra

Lê a entrevista completa na edição em papel, ou no link abaixo [clica no link abaixo]


terça-feira, 6 de maio de 2014

Bacias de Retenção em Algueirão Mem Martins

Bacia de Retenção’ é um nome que voltou a surgir entre a população de Algueirão Mem Martins.


Com a limpeza do espaço que existe no Algueirão, perto do Bairro da Coopalme e junto ao Parque de Material Circulante da CP do Algueirão, e face a ausência de espaços em quantidade/qualidade, as crianças e as pessoas que procuram um espaço confortável para prática de desporto e lazer, afluíram naturalmente a esta zona, aproveitando os mais recentes dias de sol e bom tempo.

O que é uma ‘Bacia de Retenção’??
Ribeira da Lage encanada na zona do
antigo Mercado de Fanares
Ribeira da Lage encanada na zona do
antigo Mercado de Fanares
A zona de Algueirão Mem Martins está enquadrada na bacia hidrográfica da Ribeira da Lage. Com a evolução urbanística, a vila tornou-se uma zona com elevada percentagem de solos impermeáveis, tornando-se uma zona vulnerável à ocorrência de cheias. 

Inundação em Fanares em 1972
A Ribeira foi encanada de forma a permitir a construção dos prédios junto ao antigo Mercado de Fanares... 

As pessoas mais antigas, certamente lembram-se de várias cheias que ocorreram nas zonas de cota mais baixa, perto de linhas de água. Desta forma a resolver estes problemas, procedeu-se à construção de 4 bacias de retenção na zona urbana da vila,enquadradas no Projecto de Controlo de Cheias da Região de Lisboa da responsabilidade do INAG

Estas obras controlaram definitivamente os problema do passado.

Tipo de ‘Bacias de Retenção’ de Algueirão Mem Martins
Tratam-se de quatro ‘bacias secas’. Este tipo de obras são construídas para permanecerem a maior parte do tempo sem água, acumulando apenas em períodos relativamente curtos, correspondentes a precipitações mais ou menos significativas. Para além das funções de armazenamento das águas pluviais, as bacias secas podem ser utilizadas como áreas de lazer, de práticas desportivas e espaços verdes, que podem ser desfrutadas na altura em que a bacia permanece seca. A população merece aquele espaço para si, mas nunca se devem esquecer da sua principal função... 'bacia de retenção de águas'...
Ocupação com betão do espaço a montante da bacia de retenção, junto ao Cabeço da Fonte
Cabeço da Fonte
Cavaleira
Coopalme