Tempo em Algueirão Mem Martins

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

[TV Record] Na Tapada das Mercês, criança cai do 9º andar


Um menino de seis anos morreu depois de cair da varanda do nono andar na Tapada das Mercês em Sintra. Três crianças estavam sozinhas em casa.

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quarta-feira, 16 de setembro de 2020

COOKIE JANE // Trudumtumtum

“Eu sou uma pessoa que observa muito. Enquanto crescia, muitas vezes fui obrigada a não me defender e a ficar calada, e isso me ajudou a observar mais e calar. Desde que entrei nesta indústria musical observei várias coisas. No que toca a ser uma mulher black existe muito colorismo. Muito preconceito com dark skin women, e isso é triste. Muitos dos homens que me fazem esse preconceito também são blacks. Acontece muito. Também acontece homens darem a dica nas mulheres, ‘ah, tu queres subir? Ok, vamos nos envolver. Se tu me deres a tua pipoca, eu te meto no topo’. Isso também acontece muito. É triste. E eu não preciso de dar o meu corpo para subir. Se for para subir, eu vou subir sozinha, mas não vou dar o meu corpo para me meteres no topo. Não preciso da tua ajuda. E já houve pessoas lá de cima a fazerem isso”, conta em franca e desarmante conversa com o Rimas e Batidas a rapper nascida na Tapada das Mercês e criada na linha de Sintra. “É difícil entrar na indústria musical, há muitas pessoas que dizem que te vão ajudar, mas depois não vão fazê-lo. As pessoas têm que ser persistentes. Eu tive que meter na minha cabeça que não podia contar com todo o mundo, mas também não podia desistir. Se é aquilo que eu quero, tenho que ser persistente e ir à luta.”


Fotografia: Agnes
https://www.rimasebatidas.pt/cookie-jane-se-for-para-subir-eu-vou-faze-lo-sozinha-mas-nao-vou-dar-o-meu-corpo-para-me-meterem-no-topo/


quarta-feira, 26 de agosto de 2020

[Correio da Manhã] Médica morre afogada em Alvor


A mulher de 68 anos que morreu domingo após ter sido retirada em paragem cardiorrespiratória do mar, na praia de Alvor, Portimão, era Maria José Reis, médica de família do Centro de Saúde de Algueirão Mem-Martins, Sintra, recentemente reformada.

De acordo com os seus antigos utentes, que lamentaram a morte nas redes sociais, a mulher encontrava-se de visita a uma filha.

O alerta foi às 13h50. Maria José Reis ainda foi assistida por nadadores-salvadores, Polícia Marítima, militares, bombeiros e INEM, mas morreu à chegada ao hospital.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

[sintranoticias] Proteção Civil de Sintra desmente casos de infeção em prédios na Tapada das Mercês

O novo coronavírus, o Covid-19, tem originado "notícias falsas nas redes sociais que pretendem criar alarme social", alerta a Proteção Civil de Sintra, na sua página de facebook.

A Proteção Civil de Sintra desmentiu na sua página de facebook a existência de uma quarentena em dois prédios na Tapada das Mercês, afirmando que “são falsas as informações que circulam nas redes sociais sobre dois prédios em quarentena na Tapada das Mercês, freguesia de Algueirão-Mem Martins”, no concelho de Sintra.
Na mesma publicação aquele organismo esclarece que “as imagens utilizadas para difundir a falsa informação correspondem a uma intervenção policial, junto de um grupo de 26 pessoas que se encontravam em incumprimento no que diz respeito ao distanciamento social e ao consumo álcool na via pública”.
A Proteção Civil de Sintra reforça a importância no acesso a fontes de informação verdadeiras para evitar as noticias falsas nas redes sociais que “pretendem criar alarme social”.

sexta-feira, 3 de julho de 2020

[LUSA] Covid-19: Habitantes de Algueirão-Mem Martins pedem policiamento mais rígido

Os habitantes e comerciantes de Algueirão-Mem Martins estão preocupados com o número crescente de infetados nesta freguesia de Sintra e pedem que a polícia seja mais severa com quem infringir as regras do estado de calamidade decretado pelo Governo.

Às primeiras horas da manhã, nas ruas que circundam a estação de comboios de Algueirão-Mem Martins, o movimento aumenta à medida que o dia vai nascendo. A maioria procura o comboio e os autocarros que confluem na zona histórica da freguesia de Sintra, uma das mais afetadas pela pandemia de covid-19 e entre as 19 da Área Metropolitana de Lisboa que o Governo colocou em estado de calamidade.
Do lado de Mem Martins, Maria Isabel Moniz conhece bem a azáfama das primeiras horas do dia. De frente para a paragem de autocarros, há muitos anos que a banca de jornais onde trabalha é ponto de paragem para quem quer ler as notícias do dia ou tentar a sorte numa raspadinha. Contudo, lamenta que ao dia de hoje sejam cada vez menos os que vêm ter consigo.
"Está tudo muito parado, vai correndo devagarinho, mas está muito fraco. Muitas pessoas estão em casa e muitas sem dinheiro. Uns não recebem, outros foram despedidos e outros estão em 'lay-off'", explica a comerciante.
No seu 'posto de vigia', Maria Isabel conta à Lusa que não está surpreendida com os números de infetados em Algueirão-Mem Martins. Acusa as pessoas de "não respeitarem" as regras e lembra que todos os dias vê da sua banca partirem, um atrás da outro, "autocarros cheios". Depois, acrescenta que as pessoas de mais idade são também um problema.
"Andam por aí a ver as lojas, o ambiente, para cima e para baixo, sem necessidade de andar na rua", afirma.
A conversa é interrompida para Maria Isabel vender um jornal, mas rapidamente a vendedora diz à Lusa que só acredita em números melhores se a polícia entrar em ação.
"Se começarem a multar talvez as coisas melhorem. Só acredito se as pessoas forem obrigadas a pagar as multas pelas infrações que fazem", sublinha.
Duas portas ao lado do quiosque de Maria Isabel, a sua amiga Isabel Ferreira abre a porta do pronto a vestir mal 'batem' as 10:00. Os clientes a entrar são poucos, por isso Isabel mantém-se à porta e vai cumprimentando quem passa.
"A Economia está muito mal, as pessoas ainda têm medo de vir às compras, não há poder de compra e as lojas aqui em Mem Martins estão quase todas a fechar. Está muito complicado", diz a lojista.
Sobre os números da pandemia, também ela se mostra pouco surpreendida por Algueirão-Mem Martins estar entre as freguesias mais afetadas.
"Quando abriram as escolas via muitos jovens sem as máscaras a conviverem e a beberem, e acho que começou a piorar nessa altura. Depois também temos as pessoas de idade, que não querem cumprir", revela.
Pouco confiante de que em 15 dias mude alguma coisa, Isabel Ferreira já decidiu que vai voltar para o Fundão, a sua terra natal. A pandemia acelerou a decisão de "voltar a casa", mas ainda que vá para longe considera que a polícia deve estar mais presente nas ruas.
"Se não começarem a andar na rua, a multar ou a fazer pressão para irem para casa, não vai mudar nada. A economia não pode parar, mas se não houver medidas da polícia não vão deixar de haver festas, convívios e vai continuar a haver mais infetados", vaticina.
Já mais perto da hora de almoço, crescem as filas à porta dos supermercados na avenida central de Mem Martins. Numa delas está Isabel Francisco, que garante que só saiu de casa para ir às compras e apelida de precipitado o desconfinamento que foi feito.
"Acho que não se devia ter aberto, devíamos ter ficado como estava, e só quando deixasse de haver casos de covid-19 é que deviam ter aberto as lojas", diz esta moradora de Algueirão, que é radical na hora de avançar com uma solução: "Deviam fechar tudo outra vez. Era a melhor solução para as pessoas ficarem presas em casa".
A ver tudo isto está Aires Pereira. Aos 67 anos, reformado, diz que "a reforma dá para pouco" e por isso não abdica dos seus passeios diários, mesmo que as indicações sejam para ficar em casa sempre que possível.
"Estou a viver normalmente, não penso duas vezes, se tiver que vir que venha", diz sem medo do vírus. "Tenho a máscara, não ando em molhos, desvio-me dos ajuntamentos, mas quando tiver que vir... Graças a Deus até hoje... tenho um 'pacemaker', fui operado a um pulmão, mas estou a reagir bem a isto", afirma com confiança.
Apesar de não ter um comportamento exemplar, este sexagenário é lesto a apontar o dedo aos que mais prevaricam.
"As pessoas não se pode dar um dedo que apanham logo o corpo todo. Há falta de disciplina, as pessoas não têm consciência do que se está a passar e abusam", acusa, defendendo "mais força para a polícia".
"As pessoas não têm respeito pela polícia. Gozam com eles, eles falam e é a mesma coisa que nada. Deem um pouco mais de força à polícia", termina.
A generalidade de Portugal Continental entra hoje em situação de alerta devido à pandemia de covid-19, com exceção da AML, que passará para o estado de contingência.
Dentro da AML, que é constituída por 18 municípios, 19 freguesias de cinco concelhos continuarão em estado de calamidade, já que, segundo disse o primeiro-ministro na semana passada, é onde se concentra agora "o foco de maior preocupação de novos casos [de infeção] registados".
Nestas freguesias foram impostas medidas especiais de confinamento, como o "dever cívico de recolhimento domiciliário", ou seja, as pessoas só devem sair de casa para ir trabalhar, ir às compras, praticar desporto ou prestar auxílio a familiares.
Os ajuntamentos ficam limitados a cinco pessoas e estão proibidas as feiras e mercados de levante.