Tempo em Algueirão Mem Martins

domingo, 2 de novembro de 2014

[Correio da Manhã] Executado a tiro durante assalto

Tinha ido a Luanda tratar do último documento que lhe 
dava nacionalidade portuguesa.
Por João C. Rodrigues, Tânia Pires
Um homem de 31 anos com ligações a Portugal foi morto a tiro ontem de madrugada em Luanda. Wagner Alberto cresceu entre o Cacém e a Tapada das Mercês, na Linha de Sintra, e tinha regressado há poucos dias à terra dos pais para ir buscar o último documento para obter a nacionalidade portuguesa. Foi baleado por um grupo de ladrões que queriam roubar o carro que estava a conduzir. Atingido com vários tiros, não resistiu aos ferimentos e morreu na capital de Angola.


Segundo o CM apurou, Wagner Alberto que chegou a trabalhar na agência de modelos angolana Hadja Models e na distribuidora VASP, deixou Portugal no início desta semana e foi atacado à porta de uma escola quando ia buscar uma amiga. Amigos da vítima relataram ao Correio da Manhã que Wagner não queria voltar a Angola. Só o fez para visitar a mãe e tratar da documentação de que precisava.



O jovem estava ao volante de um automóvel emprestado por uma amiga, quando foi atacado pelo grupo de ladrões. Desconhece-se se o gang levou a viatura.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

[Publico] Usar transportes públicos? Só se deixar de ter carro ou perder rendimentos

Noticia jornal 'Publico'
A Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa promoveu um estudo sobre a satisfação dos utilizadores de transportes públicos.
Usar transportes públicos continua a ser visto por muitos como um castigo: de acordo com um inquérito realizado a cerca de dois mil habitantes da Área Metropolitana de Lisboa (AML), as pessoas que não se deslocam naqueles transportes dizem que deixar de ter automóvel ou sofrer uma redução de rendimentos seriam as principais razões que as poderiam fazer mudar de ideias. Acresce que para 60% dos não utilizadores vir a viajar de autocarro, metro, comboio ou barco é uma hipótese que nem sequer é equacionadaEstes são alguns dos resultados do Estudo de Satisfação dos Utilizadores de Transportes Públicos da AML, um trabalho que foi encomendado pela Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa (AMTL) ao ISCTE e cujos principais resultados foram dados a conhecer esta sexta-feira. A juntar ao já referido inquérito, que foi aplicado a 2008 pessoas, o estudo coordenado pela professora catedrática Elizabeth Reis incluiu 18 entrevistas etnográficas e seisfocus groups.
Além do perfil sócio-demográfico e de mobilidade dos habitantes da AML, incluindo qual a origem e o destino das suas deslocações, os inquéritos procuraram aferir qual o seu grau de satisfação com os transportes públicos. Nesse âmbito foram ouvidos não só clientes regulares dos mesmos, mas também pessoas que deixaram de os utilizar há menos de cinco anos e outras que não viajam neles há mais tempo do que isso. Olhando para o último grupo (que representa 41% dos inquiridos) verifica-se que 60% dos não utilizadores de transportes públicos dizem que com certeza que não virão a fazê-lo no futuro e que 23% o consideram pouco provável. Deixar de ter automóvel ou sofrer uma redução do rendimento são as razões mais apontadas para uma eventual alteração de atitude, seguindo-se a mudança de local de trabalho/escola/residência.    
Entre aqueles que deixaram de utilizar transportes públicos nos últimos cinco anos (16% dos inquiridos), a perspectiva é mais animadora para os operadores: 34% afirmam com certeza que não voltarão atrás na sua decisão e 32% consideram pouco provável voltarem a andar de autocarro, metro, comboio ou barco.  
E porque é que essas pessoas deixaram de andar de transportes públicos? Segundo os resultados do Estudo de Satisfação dos Utilizadores de Transportes Públicos da AML, que foram apresentados pelo director executivo e pela directora técnica da empresa de investigação e estudos de mercado Pitagórica, a mudança do local de trabalho/escola/residência foi o factor que mais pesou. Seguiu-se o facto de terem passado à condição de reformados/desempregados ou a mudança para o automóvel. Só depois disso surgiram elementos directamente associados ao serviço prestado pelas empresas de transportes, como o tempo de deslocação, o preço ou a comodidade/qualidade.    
Olhando apenas para os utilizadores, Alexandre Picoto e Rita Silva concluíram que há uma “ideia globalmente positiva dos transportes públicos da AML” e que o principal motivo para a sua utilização é económico. “Não é por ser mais sustentável ou mais agradável”, notou o director executivo da Pitagórica, frisando que “o racional é económico-financeiro”. Aos utilizadores e ex-utilizadores de transportes públicos foi também pedido que avaliassem um total de 26 indicadores. Contas feitas, aquilo com que as pessoas estão mais satisfeitas é com a rapidez do percurso, com a distância até à paragem ou estação, com o profissionalismo dos trabalhadores das empresas, com a adequação dos percursos às suas necessidades e com a frequência de veículos aos dias úteis. Já os aspectos mais contestados são o preço dos bilhetes avulso, os transportes alternativos em períodos de greve, o preço dos passes mensais, a frequência de veículos ao fim-de-semana e a frequência das greves.  
Durante a sessão de apresentação deste estudo, o director de serviços de contratualização, fiscalização e financiamento da AMTL adiantou que no primeiro semestre de 2014 os utentes dos transportes públicos fizeram 3492reclamações no chamado Livro Vermelho. Segundo Hugo Oliveira, esta foi a primeira vez (desde 2011) em que o número de queixas registado num período de seis meses ficou abaixo da barreira dos quatro mil. Explicando que em média são recebidas nove mil reclamações por ano, o dirigente considerou que esse é um número “muito alto”. Em relação aos visados nas queixas, Hugo Oliveira notou que a empresa Transportes Sul do Tejo tem tido “uma tendência muito crescente”. Quanto aos motivos que levam as pessoas a protestar, este orador notou que as questões relativas aos títulos de transportes são “uma constante”.    
Carris? Multidão. Metro e CP? Greve e sardinha em lata


Que palavras são associadas aos diferentes operadores de transportes públicos da Área Metropolitana de Lisboa? Nos focus groups em que participaram 42 pessoas, 93% das quais utilizadoras regulares desses transportes, “multidão”, “confuso” e “lento” foram algumas das palavras associadas à Carris.

O termo “caro” foi ligado à Vimeca mas também à Rodoviária de Lisboa, em relação à qual também se falou em “seca”. Para muitos, a Transportes Sul do Tejo é sinónimo de “trânsito”, “poluente”, “lento” e “filas”.


A CP é associada a “greve”, “sardinha em lata” e “rápido”, enquanto a Fertagus tem essencialmente associações positivas: “seguro”, “pontual” e “rápido”. Também o Metropolitano de Lisboa surge ligado às palavras “greve” e “sardinha em lata”, enquanto a Metro Transportes do Tejo surge ligada a “ecológico” e “confortável”, mas também “perigoso”.
“Mau cheiro” e “pessoas mal cheirosas” são ideias que se associam a vários operadores, mas só um é referido como não tendo greves: a Fertagus. 

[Jornal de Noticias] Sintra aprova discussão pública para nova área comercial

Noticia 'Jornal de Noticias' (link) 
  21.10.2014 - 22:18

A Câmara de Sintra aprovou, por maioria, submeter a discussão pública o Plano de Pormenor da Abrunheira Norte, que prevê a construção de mais uma grande superfície da Sonae no final do Itinerário Complementar 19.

























O Plano de Pormenor da Abrunheira Norte (PPAN) abrange uma área de cerca de 70 hectares, delimitados pelo IC19 (Lisboa-Sintra), Autoestrada 16 (CREL-Cascais) e EN 249-4 (junto ao Leroy Merlin), para a construção de uma área comercial, de serviços, hotelaria e parque urbano e temático, "Sintra dos Pequeninos", com miniaturas de monumentos da vila.

Na reunião do executivo, o presidente da autarquia, Basílio Horta (PS), explicou que o projeto "é a cidade da Sonae" e que o "investimento global é da ordem dos mil milhões de euros, com 600 postos de trabalho diretos".

O plano teve início em 1998, por iniciativa do Carrefour, entretanto adquirido pelo grupo proprietário dos hipermercados Continente, e integra a Área Urbanística de Génese Ilegal (AUGI) de Colónia e Sesmarias.

Além de uma área comercial, com cerca de 20 mil metros quadrados, o plano prevê espaços para serviços, unidade de saúde, dois hotéis e loteamentos de habitação unifamiliar, num total previsto de cerca de mil habitantes.

parque urbano temático, com um circuito de manutenção e ciclovia, estende-se por dez hectares e inclui zonas de estadia e equipamentos na "Sintra dos Pequeninos", que consiste em elementos escultóricos ou construtivos reproduzindo os principais monumentos da vila classificada pela UNESCO como património mundial.

Numa área adicional de quatro hectares desenvolve-se o parque de recreio e lazer, associado à ribeira de Caparide-Manique, estando ainda prevista uma bacia de retenção na confluência com outra linha de água.

O plano considera uma distribuição multifuncional de usos do solo repartida em 32% para atividades económicas e turismo, 22% com função residencial e 42% para usos de recreio, lazer, proteção e enquadramento e espaço rústico de produção (hortas comunitárias).

"Zona com sobrecarga de áreas comerciais"
O vereador Pedro Ventura justificou a abstenção da CDU na votação do plano por este ter "muitos aspetos positivos", como o parque urbano, as áreas de hotelaria e de serviços, a requalificação da AUGI, mas apontou como negativa "a área comercial de grande dimensão".

"Naquela zona existe uma sobrecarga de áreas comerciais", frisou o autarca, mencionando o Fórum Sintra e o futuro centro comercial Jumbo, a construir no nó de Mem Martins do IC19.

Pedro Ventura defendeu que "seria mais interessante naquela zona outro tipo de serviços, ligados à química, à farmacêutica ou mesmo de serviços partilhados".

O vereador independente Marco Almeida, que se absteve na votação, valorizou a oportunidade de investimento, mas notou a importância de ser acautelada a questão da "mobilidade numa zona que tem uma intensa procura" e "que é uma zona estratégica do concelho".

"É um dos investimentos mais importantes que Sintra teve, senão o mais importante", vincou Basílio Horta, acrescentando que "a parte comercial é uma pequena parte de tudo o resto", nomeadamente dos hotéis e da saúde.

O autarca admitiu que a câmara pode "discutir até ao limite a redução da parte comercial", mas trata-se de uma propriedade privada e o plano vai permitir requalificar um espaço importante do concelho.

domingo, 19 de outubro de 2014