Tempo em Algueirão Mem Martins

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Grupo Facebook 'QUIZZZ Algueirão Mem Martins 2021

 No Facebook nasceu um Grupo para brincar/aprender/recordar acontecimentos da freguesia de Algueirão Mem Martins...

Clica abaixo, e siga o grupo

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sábado, 28 de novembro de 2020

[Observador] 45 anos a mascar. Na fábrica das pastilhas Gorila

Quem nunca tentou fazer o maior balão de sempre com um Super Gorila? A histórica marca portuguesa continua a ser fabricada nos arredores de Lisboa, juntamente com outras guloseimas.

Junto ao portão sente-se logo um cheiro novo. É uma espécie de caramelo suave, uma brisa açucarada que nos diz que chegámos. Estamos nos arredores de Lisboa, na fábrica da Lusiteca, a empresa familiar que continua a dar vida às famosas pastilhas Gorila. “Temos os mesmos desafios que as outras fábricas, mas ao menos é tudo doce e bem cheiroso”, diz Luís Filipe Brandão, atual CEO do negócio e genro de um dos fundadores, Carlos Alberto Marques da Costa. E é verdade: antes de os maxilares entrarem em cena, é o nariz que não descansa ao percorrer os corredores da fábrica.

Falar da Gorila é falar da Lusiteca, a empresa que criou a marca e que nasceu há mais de 50 anos. Em 1968, três empresários vindos da indústria alimentar – de áreas como o café e o bacalhau – decidiram aceitar uma inevitabilidade: com a chegada dos supermercados, era cada vez mais difícil continuar a vender a granel. Os três criam então uma empresa de embalamento, no mesmo sítio onde hoje mora a fábrica da Gorila, em Algueirão – Mem Martins. Com a evolução do mercado, o negócio passa a envolver também a produção de guloseimas.

Primeiro chegaram os rebuçados de fruta, os drops com recheio e os caramelos de marcas como a Mouro (já extinta) e a Penha, que ainda hoje faz parte do portefólio da empresa e é produzida no mesmo complexo industrial. O negócio cresceu, a popularidade também,
e em 1975 nasce a Gorila, sucesso que em 1981 dá origem às famosas Super-Gorila, vendidas em embalagens de cinco unidades e muito maiores. “Com elas foram batidos todos os recordes de tamanho de balões. Não havia criança que não tentasse mascar mais do que uma pastilha ao mesmo tempo”, lembra o CEO.

Em 52 anos de vida – 45 no caso da Gorila –, a empresa foi posta à prova várias vezes, enfrentou períodos de dificuldade e foi obrigada a fazer reestruturações  profundas para regressar aos bons resultados. “Tudo sem deixar de ser uma empresa familiar de capital 100% português”, diz orgulhosamente Luís Filipe Brandão.

Dos Cordões aos Balões
Na fábrica podem chegar a produzir-se “cinco toneladas de pastilhas por dia”, avança Gonçalo Brandão, neto do fundador e chefe de operações da empresa desde 2019. Trinta a 40% vai para exportação, a receita é que nunca saiu de portas e nunca foi alterada. “É muito simples: é juntar glicose com açúcar, goma, essência e um ou outro segredo”, brinca o herdeiro da família.

O primeiro passo é amassar e aquecer tudo numa misturadora com capacidade para 250 quilos. O resultado é uma espécie de plasticina branca que é depois colocada sobre umas mesas compridas, refrigeradas, para arrefecer – à primeira vista parece pão. Dois homens vestidos de branco pegam então na massa arrefecida e atiram-na para uma nova máquina. “É a extrusora, tem um sem-fim [uma espécie de parafuso gigante] que empurra a massa para ela sair na forma de cordão comprido”, vai explicando Gonçalo. Nesta fase, já é mais fácil visualizar o produto final. No entanto, antes de chegar aos pequenos retângulos que os portugueses conhecem bem, o tal cordão tem de atravessar um enorme túnel de arrefecimento que lhe dá mais solidez. Só então é que segue para um novo mecanismo que mais parece uma câmara de filmar antiga – culpa de duas enormes bobines, uma com o invólucro e outra com o famoso cromo que envolve cada uma das pastilhas.

“Daqui as pastilhas vão para as famosas caixas vermelhas que vemos nos cafés”, remata Gonçalo. Cada caixa tem sempre pelo menos cem unidades, vendidas individualmente. E os fãs das Super-Gorila podem ficar descansados: continuam a ser fabricadas e o processo é todo igual. Só as pastilhas – e os balões – é que são maiores.

Artigo publicado originalmente na revista Observador Lifestyle nº 7 (março de 2020).
https://observador.pt/2020/11/28/45-anos-a-mascar-na-fabrica-das-pastilhas-gorila/


sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Mural na Rua da Azenha

 Mural na Rua Rio da Azenha em honra dos 3 ranchos folclóricos existentes na nossa freguesia: Rancho Folclórico e Etnográfico “As Mondadeiras do Algueirão”, Rancho Folclórico “As Vendedeiras Saloias de Sintra” e Grupo Folclórico “As Florinhas do Alto Minho”. Mais uma vez um agradecimento aos artistas Styler e Vasco Costa.









sábado, 21 de novembro de 2020

Carregamento de Supermercados na via pública

Encontrando-se o concelho de Sintra em Estado de Emergência, esta semana assisti em 2 supermercados em Mem Martins o carregamento de mercadorias a ser realizado, ocupando o passeio, não respeitado traseudes, idosos, carrinhos de Bebé ou pessoas com dificuldades de locumoção....

Querem passar?

Aguardem que agora tem de passar as paletes...

na Rua do Coudel, em São Carlos




na av. Chaby Pinheiro









quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Reabertura do Mercado do Algueirão

É já este sábado que reabre o Mercado do Algueirão... Um espaço para a comunidade e para dinamizar o comércio local.




terça-feira, 17 de novembro de 2020

Obras do Novo Centro de Saúde

Continuam as obras no novo Centro de Saúde de Algueirão Mem Martins, no terreno da antiga Fabrica da Messa



domingo, 15 de novembro de 2020

[Rimas e Batidas] Fumaxa: “Estar com outros músicos em estúdio trouxe mais coesão à minha música” [video]

“Eu comecei a escrever em 2006 com os Young Thugz aqui da minha zona.” É assim que Fumaxa começa por nos contar a sua história no hip hop. Fast–forward até aos dias de hoje, quis o destino que o seu foco transitasse das rimas para as batidas, levando-o ao encontro de um currículo que hoje já é um dos mais respeitados em Portugal. Dos trabalhos ao lado de Bispo, Chyna ou No1 às produções cedidas a gente como Landim, Blasph, Sanryse, Valas ou, mais recentemente, Julinho KSD — e não esquecendo o contributo que deixou em três dos discos mais aclamados dos últimos anos, You Are Forgiven, Deepak Looper e The Art Of Slowing Down —, parece que só lhe faltava mesmo tem um hit em nome próprio.

O trajecto foi longo e meteu pelo meio uma estadia em Londres antes do regresso em definitivo ao nosso país para vingar na emblemática dupla que formou com Bispo, tanto em disco como nos palcos. Longe de casa mas no conforto de uma comunidade lusa que o acolheu e o motivou na caminhada, Fumaxa aponta Fizz como “uma pessoa que foi muito importante” no processo de aprendizagem e relembrou como Marrokan lhe introduziu ao sampling na MPC durante uma conversa com o ReB.
Apesar do ar calmo e tranquilo que aparenta, Fumaxa é um verdadeiro turbilhão criativo e um dinamizador nato, cuja força motriz e motivação facilmente contagiam e fazem girar à sua volta os criativos que lhe estão próximos. No regresso a Mem Martins, já com uma dose de knowledge e algum capital para investir, uniu o bairro onde mora e juntou-se à Fitcha Broca Recordz, com alguns talentos locais, como Landim, Singa, BTG ou Thug PKP, uma editora independente especializada em rap de rua. Esta capacidade de pensar além da música e de criar e solidificar estruturas mantém-se e já fez nascer outros dois projectos, a HeadBangerz e a Dirty Doc, esta última uma ambiciosa equipa de produção liderada por si, que deixa a porta aberta à colaboração com outros músicos e que o ajuda nesta nova caminhada.

O facto de estar com outros músicos em estúdio trouxe mais coesão à minha música”, começa por explicar. “Abriu-me portas para experimentar várias cenas e nunca ficar limitado à cena do sampling. O sampling é uma grande cena, é uma arte muito fodida e há poucas pessoas que sabem samplar como deve de ser. Mas acho que os instrumentos tocados vieram enriquecer a minha cena. Desde essa altura que passou a ser um must, uma obrigação, passar a minha cena a um músico e perguntar-lhe ‘o que é que achas?’ A coisa até pode ficar assim ou não, mas, regra geral, hoje tenho sempre alguém a tocar alguma coisa nos meus instrumentais.

O colectivo surge como consequência natural do trabalho que tem vindo a desenvolver com outros colegas. “Eu e o Rubik terminámos de trabalhar no álbum do Slow J e ficámos ‘o que é que vamos fazer agora?’ Decidimos alugar um estúdio com o Migz, nós os três. Começámos a bulir lá com o Julinho, os Instinto 26… Na altura decidimos criar um nome e surgiu Dirty Doc. O Migz eu já o conheço desde 2012/2013 mas começámos a estar mais vezes juntos, em estúdio, para aí em 2016. O Rubik foi nosso aluno na ETIC e desde que lhe dei aulas que senti que o gajo tinha bué talento. Curti a vibe e a postura dele. É um puto bué humilde e respeitador. São cenas que um gajo preza. A partir daí fui-lhe dando o toque para ele ir lá ter connosco e as cenas foram fluindo. Alugámos estúdio os três e surgiu a Dirty Doc. Agora tudo o que fazemos é para Dirty Doc. Passamos beats uns aos outros, samples, drums… Tocamos em cima de cenas uns dos outros. Achamos que faz mais sentido e que dá mais coesão à nossa música.

Sobre envergar num trilho a solo, o produtor confessa que esta é uma ideia que já vem de há algum tempo para cá, tendo apontado algumas das suas influências como exemplos, desde Alchemist a Dr. Dre — “Os meus produtores favoritos não são só produtores, também são vistos como artistas”. Mas a materialização deste sonho (com “The City is a Jungle”) não envolveu pressa e acabou por surgir naturalmente durante uma sessão de estúdio: “Nós temos estado a trabalhar com o Júlio desde o ano passado. Surgiu a oportunidade de estar com ele e com o Richie [Campbell] e boom.

A ideia para o single surgiu de forma bué natural. Nós já estávamos a passar muito tempo no estúdio a criar, fazer cenas, brincar e fazer dicas. Um dia decidimos dar o toque ao Richie para vir chillar connosco. Ele foi bué tranquilo e disse ‘ya, bora ouvir e fazer cenas’. Ele veio ter connosco, sentámo-nos a ouvir dicas, ele começou a curtir… Ele ouviu o beat e disse ‘é este aqui!’ Ele começa a escrever e entretanto o Júlio chegou. O Richie droppou o refrão, o Julinho sentiu a vibe e disse ‘Richie, então? Baza lançar esse mambo?’ Boom. A coisa ficou assim. Uma cena do caralho.

E quais serão os próximos passos de Fumaxa em relação a uma carreira a título individual? “Eu não tenho planos por causa desta merda do corona… É fodido um gajo dizer o que é que vai ou não vai fazer. Eu só vou deixar o tempo passar e ver se faz sentido apostar num projecto. Claro que eu curtia de fazer mais cenas com artistas portugueses, mas temos de ver. Até porque um gajo está com mais cenas em cima da mesa, estou a bulir em projectos de outros artistas… É uma questão de ver.”

sábado, 14 de novembro de 2020

[Rimas e Batidas] Álbum de estreia de nastyfactor chega no final de Novembro [video]

 nastyfactor vai estrear-se a solo num disco intitulado A Vida dos Felizes, que sai daqui a um par de semanas, mais concretamente no dia 27 de Novembro.

Já com uma década de rap nas costas, António Silva faz parte da Segunda Vaga de artistas a representar Mem Martins no circuito do hip hop nacional. MC e produtor nos GROGNation, grupo com o qual carimbou duas mixtapes, dois EPs e um álbum — há ainda um projecto do colectivo a meias com Sam The Kid que tarda em chegar — foi em 2018 que se deu a conhecer em nome próprio com o curta-duração Adrenalina.

Dois anos passaram desde esse momento mas nastyfactor nunca deixou de ser um militante assíduo desta nossa praça: além da música que cria em parceria com Harold, Papillon, Prizko e Neck, não têm faltado provas a solo nem colaborações com outros artistas, como tem acontecido com Nameless, ZA, No1 ou MICSHYNE.

Depois de ter editado um conjunto de três temas em Julho deste ano, o MC e produtor anunciou este semana a vinda daquele que será o seu primeiro álbum a solo. A Vida dos Felizes aterra no final deste mês, tem Domi, AJ, Prizko, Haze e Mike Find Mind nos créditos e conta com 11 faixas, três delas já do domínio público — “nunca mais“, “tão bem” e “cinzento” foram reveladas no decorrer de 2020. O artwork do disco ficou ao cargo de Patel Rebelo.

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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

História da MESSA

 Está a tentar escrever-se a "História da MESSA".

GOSTAVA de participar? Têm Histórias, Memórias, Recordações desta Fábrica? Foi funcionário?

entre em contacto comigo: hugo.nicolau@gmail.com



segunda-feira, 2 de novembro de 2020

[RR] Rixa faz um morto e um ferido em Mem Martins

 Um homem morreu e outro ficou ferido durante uma rixa em Mem Martins, Sintra. O incidente aconteceu na noite de domingo.

Em declarações à Renascença, o Comandante Artur Serafim, das Relações Públicas da PSP, adiantou que recebeu o alerta às 23h20, altura em que os agentes se dirigiram para a Estrada de Mem Martins e encontraram ambas as vítimas.

“Houve dois indivíduos baleados: um deles num pé, tendo sido transportado em viatura pessoal para o hospital Amadora Sintra; o outro foi ferido nos membros inferiores, com três tiros, e morreu no local apesar os esforços das equipas médicas”, descreveu.


PSP recebeu o alerta às 23h41. Foto: Joana Bourgard/RR

No local estiveram dez operacionais dos Bombeiros de Mem-Martins, a PSP e o INEM.

No seguimento da ocorrência envolvemos esforços e ainda não se identificou autor dos disparos”, acrescentou a mesma fonte.

O Ministério Público e a Polícia Judiciária estão a investigar o caso.

https://rr.sapo.pt/2020/11/02/pais/rixa-faz-um-morto-e-um-ferido-em-mem-martins/noticia/213284/

terça-feira, 20 de outubro de 2020

[TSF] A pandemia "pôs fim" ao Progresso

Tinha 78 anos, era uma das coletividades mais ativas do concelho de Sintra, mas o Progresso Clube foi obrigado a fechar por causa da crise. Na rua, ficam histórias para contar e gente que se viu, de repente, sem a "segunda casa".



https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/a-pandemia-pos-fim-ao-progresso-12938453.html

Desde os dias quentes de julho, que o silêncio tomou conta da praceta do Progresso Clube, em Algueirão - Mem Martins. O burburinho constante das conversas à porta do clube, o "entra e sai" de gente todas as idades, foi substituído apenas pelo som do vento, de um ou outro carro que passa, de um ou outro cão que ladra, ao longe.

A "nova sede", inaugurada em 1992, edifício de vários andares, com inúmeras modalidades desportivas e incontáveis iniciativas culturais, é agora um edifício vazio de pessoas, sem vida. "Conforme decisão da Assembleia Geral Extraordinária de 6 de julho de 2020, o Progresso Clube encontra-se encerrado". O letreiro na porta é claro. Chegou o fim.



"Uma dor muito grande, quando fechou"
Ao final de uma tarde ventosa de outono, é aqui que nos encontramos com Irene Ferreira. Foi neste edifício que começou a dar aulas de ginástica com 23 anos. Já lá vão 37. Veio de Santarém à procura de emprego. Consegui-o no Progresso e por ali ficou até ao último instante. Foi "uma dor muito grande", o encerramento.

Nas quase 4 décadas que se seguiram a esse dia de 1983, em que recebeu os primeiros alunos, Irene Ferreira deu aulas a miúdos e a graúdos de todas as idades, fez amigos para toda a vida e criou uma carreira de sucesso.

Lembra, por exemplo, as diversas idas à Gymnastrada, talvez o maior evento mundial de ginástica, em conjunto com outros clubes da zona de Sintra. "Fomos à Suécia, à Suiça, à Áustria, à Holanda". Eventos que também serviam para estreitar laços, que ainda hoje continuam apertados.


"Preencher o coração"

Por baixo da máscara, adivinha-se-lhe o sorriso, ao falar, com carinho, da sua aluna mais velha. A Dona Manuela tem 75 anos e começou a ir às aulas de Irene ainda no "velho" Progresso, já lá vão mais de 30 anos. Hoje é uma "referência": "é ela que faz o bolo de maçã, os pastéis de bacalhau.... é uma forma de a manter aqui." Mas ainda faz todos os exercícios. "Mais devagar, mas faz tudo", garante.

Como Manuela, eram muitos os idosos de Mem Martins e do Algueirão que tinham no Progresso Clube uma verdadeira família, uma forma de enganar a solidão. Um simples bolo de aniversário pode fazer a diferença. "Parece que não é importante, mas, para quem não tem este tipo de apoio em casa, preenchia o coração".
Foi assim durante 78 anos. Até que a pandemia agravou dificuldades que vinham de trás. Sem uma nova direção, os sócios aprovaram o encerramento em pleno verão quente de 2020. Uma decisão que parece não ter volta a dar.
A TSF contactou a direção demissionária do clube e também a Junta de Freguesia de Algueirão - Mem Martins, para tentar perceber se existem planos para uma eventual reabertura do Progresso Clube, mas ninguém esteve disponível para falar sobre o assunto.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

[TV Record] Na Tapada das Mercês, criança cai do 9º andar


Um menino de seis anos morreu depois de cair da varanda do nono andar na Tapada das Mercês em Sintra. Três crianças estavam sozinhas em casa.

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quarta-feira, 16 de setembro de 2020

COOKIE JANE // Trudumtumtum

“Eu sou uma pessoa que observa muito. Enquanto crescia, muitas vezes fui obrigada a não me defender e a ficar calada, e isso me ajudou a observar mais e calar. Desde que entrei nesta indústria musical observei várias coisas. No que toca a ser uma mulher black existe muito colorismo. Muito preconceito com dark skin women, e isso é triste. Muitos dos homens que me fazem esse preconceito também são blacks. Acontece muito. Também acontece homens darem a dica nas mulheres, ‘ah, tu queres subir? Ok, vamos nos envolver. Se tu me deres a tua pipoca, eu te meto no topo’. Isso também acontece muito. É triste. E eu não preciso de dar o meu corpo para subir. Se for para subir, eu vou subir sozinha, mas não vou dar o meu corpo para me meteres no topo. Não preciso da tua ajuda. E já houve pessoas lá de cima a fazerem isso”, conta em franca e desarmante conversa com o Rimas e Batidas a rapper nascida na Tapada das Mercês e criada na linha de Sintra. “É difícil entrar na indústria musical, há muitas pessoas que dizem que te vão ajudar, mas depois não vão fazê-lo. As pessoas têm que ser persistentes. Eu tive que meter na minha cabeça que não podia contar com todo o mundo, mas também não podia desistir. Se é aquilo que eu quero, tenho que ser persistente e ir à luta.”


Fotografia: Agnes
https://www.rimasebatidas.pt/cookie-jane-se-for-para-subir-eu-vou-faze-lo-sozinha-mas-nao-vou-dar-o-meu-corpo-para-me-meterem-no-topo/


quarta-feira, 26 de agosto de 2020

[Correio da Manhã] Médica morre afogada em Alvor


A mulher de 68 anos que morreu domingo após ter sido retirada em paragem cardiorrespiratória do mar, na praia de Alvor, Portimão, era Maria José Reis, médica de família do Centro de Saúde de Algueirão Mem-Martins, Sintra, recentemente reformada.

De acordo com os seus antigos utentes, que lamentaram a morte nas redes sociais, a mulher encontrava-se de visita a uma filha.

O alerta foi às 13h50. Maria José Reis ainda foi assistida por nadadores-salvadores, Polícia Marítima, militares, bombeiros e INEM, mas morreu à chegada ao hospital.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

[sintranoticias] Proteção Civil de Sintra desmente casos de infeção em prédios na Tapada das Mercês

O novo coronavírus, o Covid-19, tem originado "notícias falsas nas redes sociais que pretendem criar alarme social", alerta a Proteção Civil de Sintra, na sua página de facebook.

A Proteção Civil de Sintra desmentiu na sua página de facebook a existência de uma quarentena em dois prédios na Tapada das Mercês, afirmando que “são falsas as informações que circulam nas redes sociais sobre dois prédios em quarentena na Tapada das Mercês, freguesia de Algueirão-Mem Martins”, no concelho de Sintra.
Na mesma publicação aquele organismo esclarece que “as imagens utilizadas para difundir a falsa informação correspondem a uma intervenção policial, junto de um grupo de 26 pessoas que se encontravam em incumprimento no que diz respeito ao distanciamento social e ao consumo álcool na via pública”.
A Proteção Civil de Sintra reforça a importância no acesso a fontes de informação verdadeiras para evitar as noticias falsas nas redes sociais que “pretendem criar alarme social”.

sexta-feira, 3 de julho de 2020

[LUSA] Covid-19: Habitantes de Algueirão-Mem Martins pedem policiamento mais rígido

Os habitantes e comerciantes de Algueirão-Mem Martins estão preocupados com o número crescente de infetados nesta freguesia de Sintra e pedem que a polícia seja mais severa com quem infringir as regras do estado de calamidade decretado pelo Governo.

Às primeiras horas da manhã, nas ruas que circundam a estação de comboios de Algueirão-Mem Martins, o movimento aumenta à medida que o dia vai nascendo. A maioria procura o comboio e os autocarros que confluem na zona histórica da freguesia de Sintra, uma das mais afetadas pela pandemia de covid-19 e entre as 19 da Área Metropolitana de Lisboa que o Governo colocou em estado de calamidade.
Do lado de Mem Martins, Maria Isabel Moniz conhece bem a azáfama das primeiras horas do dia. De frente para a paragem de autocarros, há muitos anos que a banca de jornais onde trabalha é ponto de paragem para quem quer ler as notícias do dia ou tentar a sorte numa raspadinha. Contudo, lamenta que ao dia de hoje sejam cada vez menos os que vêm ter consigo.
"Está tudo muito parado, vai correndo devagarinho, mas está muito fraco. Muitas pessoas estão em casa e muitas sem dinheiro. Uns não recebem, outros foram despedidos e outros estão em 'lay-off'", explica a comerciante.
No seu 'posto de vigia', Maria Isabel conta à Lusa que não está surpreendida com os números de infetados em Algueirão-Mem Martins. Acusa as pessoas de "não respeitarem" as regras e lembra que todos os dias vê da sua banca partirem, um atrás da outro, "autocarros cheios". Depois, acrescenta que as pessoas de mais idade são também um problema.
"Andam por aí a ver as lojas, o ambiente, para cima e para baixo, sem necessidade de andar na rua", afirma.
A conversa é interrompida para Maria Isabel vender um jornal, mas rapidamente a vendedora diz à Lusa que só acredita em números melhores se a polícia entrar em ação.
"Se começarem a multar talvez as coisas melhorem. Só acredito se as pessoas forem obrigadas a pagar as multas pelas infrações que fazem", sublinha.
Duas portas ao lado do quiosque de Maria Isabel, a sua amiga Isabel Ferreira abre a porta do pronto a vestir mal 'batem' as 10:00. Os clientes a entrar são poucos, por isso Isabel mantém-se à porta e vai cumprimentando quem passa.
"A Economia está muito mal, as pessoas ainda têm medo de vir às compras, não há poder de compra e as lojas aqui em Mem Martins estão quase todas a fechar. Está muito complicado", diz a lojista.
Sobre os números da pandemia, também ela se mostra pouco surpreendida por Algueirão-Mem Martins estar entre as freguesias mais afetadas.
"Quando abriram as escolas via muitos jovens sem as máscaras a conviverem e a beberem, e acho que começou a piorar nessa altura. Depois também temos as pessoas de idade, que não querem cumprir", revela.
Pouco confiante de que em 15 dias mude alguma coisa, Isabel Ferreira já decidiu que vai voltar para o Fundão, a sua terra natal. A pandemia acelerou a decisão de "voltar a casa", mas ainda que vá para longe considera que a polícia deve estar mais presente nas ruas.
"Se não começarem a andar na rua, a multar ou a fazer pressão para irem para casa, não vai mudar nada. A economia não pode parar, mas se não houver medidas da polícia não vão deixar de haver festas, convívios e vai continuar a haver mais infetados", vaticina.
Já mais perto da hora de almoço, crescem as filas à porta dos supermercados na avenida central de Mem Martins. Numa delas está Isabel Francisco, que garante que só saiu de casa para ir às compras e apelida de precipitado o desconfinamento que foi feito.
"Acho que não se devia ter aberto, devíamos ter ficado como estava, e só quando deixasse de haver casos de covid-19 é que deviam ter aberto as lojas", diz esta moradora de Algueirão, que é radical na hora de avançar com uma solução: "Deviam fechar tudo outra vez. Era a melhor solução para as pessoas ficarem presas em casa".
A ver tudo isto está Aires Pereira. Aos 67 anos, reformado, diz que "a reforma dá para pouco" e por isso não abdica dos seus passeios diários, mesmo que as indicações sejam para ficar em casa sempre que possível.
"Estou a viver normalmente, não penso duas vezes, se tiver que vir que venha", diz sem medo do vírus. "Tenho a máscara, não ando em molhos, desvio-me dos ajuntamentos, mas quando tiver que vir... Graças a Deus até hoje... tenho um 'pacemaker', fui operado a um pulmão, mas estou a reagir bem a isto", afirma com confiança.
Apesar de não ter um comportamento exemplar, este sexagenário é lesto a apontar o dedo aos que mais prevaricam.
"As pessoas não se pode dar um dedo que apanham logo o corpo todo. Há falta de disciplina, as pessoas não têm consciência do que se está a passar e abusam", acusa, defendendo "mais força para a polícia".
"As pessoas não têm respeito pela polícia. Gozam com eles, eles falam e é a mesma coisa que nada. Deem um pouco mais de força à polícia", termina.
A generalidade de Portugal Continental entra hoje em situação de alerta devido à pandemia de covid-19, com exceção da AML, que passará para o estado de contingência.
Dentro da AML, que é constituída por 18 municípios, 19 freguesias de cinco concelhos continuarão em estado de calamidade, já que, segundo disse o primeiro-ministro na semana passada, é onde se concentra agora "o foco de maior preocupação de novos casos [de infeção] registados".
Nestas freguesias foram impostas medidas especiais de confinamento, como o "dever cívico de recolhimento domiciliário", ou seja, as pessoas só devem sair de casa para ir trabalhar, ir às compras, praticar desporto ou prestar auxílio a familiares.
Os ajuntamentos ficam limitados a cinco pessoas e estão proibidas as feiras e mercados de levante.

terça-feira, 16 de junho de 2020

KFC inaugura novo restaurante em Mem Martins

São cada vez mais os restaurantes KFC em Portugal. Neste momento, a marca já tem todos os seus estabelecimentos a funcionar em Portugal, pelo que é altura de retomar o plano de expansão pelo nosso país. Assim, acaba de inaiguruar um novo restaurante em Mem Martins, em plena linha de Sintra.

Muito bem localizado junto ao IC 19, perto da saída para Mem Martins, este novo restaurante KFC conta com uma ampla sala, duas esplanadas, serviços de Drive, Delivery e Playground. Esta nova unidade vem criar 25 novos postos de trabalho.
De resto, realçar que todos os restaurantes da KFC estão a aplicar um rigoroso plano de segurança. Estão agora identificados percursos de circulação e foi aplicada sinalética de apoio ao distanciamento social, sendo que muitos deles possuem excelentes esplanadas. No interior, é garantida a boa ventilação e renovação frequente de ar através da abertura de portas e janelas, tendo ainda sido reforçada a desinfeção e limpeza de todos os equipamentos.
E claro, também naqueles pedidos via Uber Eats ou Glovo, as encomendas são seladas e sem contacto, garantido a máxima segurança.

quarta-feira, 10 de junho de 2020

[dinheiro vivo] Gastos com graffitis numa década davam para CP comprar um comboio novo

Limpeza dos desenhos custou 3,4 milhões de euros entre 2008 e 2019, mas ainda é insuficiente para retirar tudo. Transportadora reclama mais verba.

Os graffitis nos comboios não impedem apenas os passageiros de apreciarem a paisagem. A limpeza destes desenhos custou à CP nada menos de 3,4 milhões entre 2008 e 2019, despesa que permitiria à empresa comprar um comboio novo. Só entre 2010 e abril deste ano registaram-se mais de 12 mil atos de vandalismo no material circulante, de norte a sul do país. A companhia de transporte ferroviário exige ao Estado mais dinheiro para garantir a limpeza de toda a frota.


“O graffiti do material circulante é um ato de vandalismo”, refere fonte oficial da CP ao Dinheiro Vivo. O impacto destas pinturas não é meramente estético: prejudica utentes, maquinistas e contribuintes. A transportadora lembra que “quando é grafitado o vidro da cabine de condução, o maquinista fica sem condições de trabalho“.

E se os desenhos ocuparem a totalidade da janela, os ocupantes não sabem onde estão. A empresa assinala também que “uma frota de comboios limpa de graffitis é um contributo valioso para a perceção da qualidade do serviço prestado e da segurança do transporte ferroviário pelos clientes”.

Quem são os writers? 
Os autores dos graffitis nos comboios são conhecidos como writers e desenham uma assinatura com letras que correspondem ao seu pseudónimo e que se repetem em todos os locais que são pintados. ”A sua origem social, étnica ou política é plural: existem ricos e pobres, comunistas e capitalistas a pintar comboios”, explica Pedro Soares Neves, da Urban Creativity, em declarações ao Dinheiro Vivo. A “grande maioria destes autores é jovem e do sexo masculino”, acrescenta o também investigador Ricardo Campos.

O hábito de pintar comboios nasceu em Nova Iorque, na década de 1970. “A base desta cultura é a aquisição de visibilidade e prestígio entre os pares. Para adquirir reputação é necessário pintar muito e bem. Também entra na equação o risco associado às ações, pelo que pintar uma carruagem do metro ou do comboio é geralmente mais valorizado”, contextualiza Ricardo Campos. Considerando que “é muito difícil conter estas manifestações” e que os writers “desenvolvem táticas de contorno à vigilância e repressão”, os dois investigadores sugerem o envolvimento das empresas de transporte. Embora já tenha trabalhado com associações e artistas de arte urbana, a CP diz que, “no momento atual, não está prevista a realização de iniciativas neste âmbito” para limpar a imagem dos comboios e dos gastos.

https://www.dinheirovivo.pt/empresas/gastos-com-graffitis-numa-decada-davam-para-cp-comprar-um-comboio-novo/

[JFAMM] Demolição Mercado Fanares

Prosseguem a bom ritmo as obras que irão requalificar a zona onde estava localizado o antigo Mercado de Fanares, em Mem Martins. Este que, disse o presidente Válter Januário, será o ponto de partida para um projeto de requalificação urbana onde será criada uma nova centralidade e novos percursos pedonais.


A requalificação do espaço está inserida num projeto da Área de Reabilitação Urbana (ARU). Aqui haverá um espaço completamente diferente do que estavamos habituados a ver. Uma praça pública que une a Praceta de Damão à Praceta de Goa por pavimento único, com uso misto na Rua de Panjim, onde serão criadas zonas de lazer e de cultura.

“Será um espaço de lazer e de fruição para a população, com uma praça central, zonas de estadia onde as pessoas possam estar. Uma nova centralidade à freguesia. Vamos ter mais um espaço para atividades lúdicas, culturais, desportivas e recreativas que nos faz falta na freguesia”, referiu o presidente ao visitar o espaço antes da sua demolição.

Um espaço com história para muitos, mas que devido à extrema degradação, ao longo do tempo, impediu a sua reabilitação. Agora, o antigo Mercado de Fanares dará lugar a uma nova vida para Mem Martins, numa centralidade que irá incluir percursos pedonais entre o novo estacionamento da Praceta Nau de São Rafael e a estação de comboio da CP de Algueirão-Mem Martins, com cerca de 450 metros de extensão e, ainda, a ligação ao Parque Linear da Ribeira da Laje, aberto ao público em 2019, e que permitiu a ligação entre Mem Martins e Rio de Mouro, numa área total de intervenção de 13,5 hectares.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

[sintranoticias] “O dinheiro é escasso, mas tem de ser gerido da melhor forma”

Valter Januário, presidente da Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins, em entrevista ao Sintra Notícias e ao Jornal Correio de Sintra, faz um ponto de situação do estado da freguesia mais populosa do país. “Uma responsabilidade assumida, com empenho e dedicação, todos os dias”.


Algueirão Mem Martins, tem em marcha um conjunto de obras, “há muito reclamadas e desejadas” pela população daquela que é a mais populosa freguesia do país, com mais de 66.250 habitantes, de acordo com os dados do censos de 2011.
“Uma responsabilidade assumida, com empenho e dedicação permanente, todos os dias”, refere Valter Januário presidente da Junta de Freguesia de Algueirão Mem Martins, que aceitou o desafio do Sintra Notícias e do Jornal Correio de Sintra, para uma visita guiada por algumas das obras, que considera “importantes pela qualidade de vida que vai proporcionar à população” e que estão a decorrer na freguesia.
A construção do novo Centro de Saúde na Messa em Mem Martins a demolição do velho e degradado Mercado de Fanares, ou mesmo as obras de requalificação, já em fase de conclusão, do Largo das Mercês, espaço que integra o corredor verde pela Ribeira da Lage, são obras que considera “importantes” para a freguesia.
“O dinheiro é sempre escasso, mas tem de ser gerido da melhor forma”, sublinha Valter Januário, eleito pelo PS, destacando o “bom relacionamento institucional” com a Câmara de Sintra, “que nos tem ajudado a concretizar estas obras”, fazendo também referência à “equipa empenhada” que dispõe no executivo que preside.
“Há repavimentações em muitas das ruas na freguesia”, prossegue o presidente da Junta de Freguesia, dando como exemplo a renovada Rua Dr. João Barros, que vai ter novos e mais espaços de estacionamento bem como melhorias de circulação ao longo de toda a via que liga Mem Martins às Mercês.
Na Rua do Coudel também estão a terminar as obras para a colocação de novas condutas de águas pluviais, “mais largas para travar inundações”.
Na calha está ainda a requalificação da zona de Mem Martins Poente, já com um projeto para a zona, que passa pela instalação de vários equipamentos de lazer.
De momento a maior preocupação de Valter Januário “passa pelo estado em que se encontram muitos dos espaços verdes” na freguesia por “falta de cumprimento da empresa responsável pela sua manutenção”, lamenta o autarca, mostrando-se também “sensível com questões sociais”, que surgiram recentemente, durante o período de confinamento no contexto da pandemia Cocid-19: “uma situação nova que ninguém esperava. Tivemos que canalizar toda a nossa atenção para esta questão”.
Preocupações e anseios do autarca, em destaque na edição desta semana do Jornal Correio de Sintra, nas bancas nas próximas horas, com desenvolvimento também no SINTRA NOTÍCIAS.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

[Jornal I] Pré-escolar. Um regresso cheio de ‘abraços apertadinhos’

As regras da DGS cumprem-se à risca, mas os afetos não podem ser afastados. A felicidade de um abraço marcou o regresso à escola das crianças entre os três e os seis anos. Ainda assim, nem todos fizeram os testes de despiste, ao contrário do que aconteceu no regresso às creches.


Há gestos que não mudam e afetos que não desapareceram em pouco mais de dois meses de confinamento. A pandemia pede afastamento, mas as crianças querem abraços. E ontem foram mesmo os mais novos a ganhar a luta do distanciamento – o regresso do ensino pré-escolar ficou marcado pelo abraço à educadora, à auxiliar e ao amigo que não viam desde março. “Isso foi inevitável, claro que deram logo um abraço a cada uma”, confessou Sofia Pires, educadora de infância na Casa Sarah Beirão, no concelho de Oliveira do Hospital.
O cenário multiplicou-se pelo resto do país e ninguém negou colo ou abraço às crianças. “Nós percebemos e respeitamos todas as orientações da DGS, mas temos de respeitar também as crianças, não podemos dizer que não pode abraçar o colega, não podemos limitar a criança”, reforçou Carla Pinto Silva, da creche Sempre em Flor, em Mem Martins. Nem todos regressaram à escola, alguns ainda ficaram em casa com os pais e a maioria dos estabelecimentos de ensino pré-escolar tiveram uma taxa de ocupação que não foi além dos 50%. Na Casa do Cuco, no Porto, o “abraço apertadinho” também marcou o regresso das atividades letivas. “Aconteceu e tem de acontecer”, admitiu ao i Sandra Guimarães, diretora pedagógica do colégio.
E desengane-se quem pensa que os mais novos não percebem que é preciso seguir regras e que a saúde está em risco se essas mesmas regras não forem cumpridas. “A Leonor estava a contar há pouco que tinha de ralhar com a mãe, porque a mãe tocou numa campainha que não era para tocar”, disse Sofia Pires, acrescentando que as crianças do pré-escolar “adaptam-se muito bem e aceitam as novas regras com normalidade”.
Enquanto a educadora contava a história, Sara, antes de arrumar um puzzle com o qual tinha brincado, pediu que fosse desinfetado para o poder colocar no armário. É só o primeiro dia, mas aquela não era a primeira vez que Sara pedia para alguém desinfetar um objeto que tivesse utilizado. E, durante a manhã, não foi preciso repetir mais do que duas vezes as regras para que todos entendessem. “Andámos lá fora e explicámos quais eram os percursos limpos – o sítio por onde os pais passam são higienizados e os miúdos só podem passar depois, porque só podem passar em percursos limpos. E eles perceberam logo. A realidade já os preparou – sobretudo aos mais velhos, os mais novos vão por arrasto –, porque eles são bombardeados com muita informação”, acrescentou Sofia Pires.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

[rimas e batidas] “Neblina” é o primeiro avanço da colectânea de feelings de Trista [video]

Agora é a vez de Trista: no final da semana passada, o rapper do colectivo Instinto 26 lançou “Neblina”, o primeiro de uma série de três singles a solo. O tema conta com a produção de Fumaxa e instrumentação adicional de Monksmith e Ariel. O videoclipe ficou a cargo do habitual colaborador Diogo Carvalho.

O selo Instinto 26 tem vindo a ficar à sombra do crescimento exponencial de Julinho KSD, rapper que é autor de vários dos mais recentes hits a surgir no panorama do hip hop português, como “Sentimento Safari”, “Hoji N’Ka Ta Rola” ou “Mama Ta Xinti”, e que no ano passado assinou um contrato com a Sony Music Entertainment Portugal e garantiu igual tratamento para os seus colegas de grupo. Em Outubro de 2019, o Rimas e Batidas entrevistou a crew que voltou a pôr Mem Martins no mapa e destacava o talento de todos os seus quatro elementos que, mesmo com um repertório em nome próprio quase inexistente, iam dando provas do seu potencial ao lado da nova estrela do Casal de São José.
Ainda sem um projecto editado, foi através de singles que Julinho e os Instinto agarraram para si mesmos grande parte da atenção dentro do mercado musical e, aos números que vão amealhando nas plataformas digitais, somaram também inúmeros quilómetros de estrada percorridos para se apresentarem ao vivo em festivais e salas de espectáculo de Norte a Sul do país. Popularidade de egos à parte, a união é o segredo para estes jovens que são uma autêntica força da natureza.
“Temos lidado tranquilamente [com o sucesso]”, começou por explicar Trista ao ReB, ele que já havia mostrado uma certidão de skill dentro de uma sonoridade mais drill em “Concorrência”. “Todos sabemos o que valemos e o que podemos dar. Cada um tem a sua identidade e essa identidade junta-se quando cantamos juntos, é isso o que me faz sentir que o nosso grupo é diferente.”

Diferentes mas iguais aos demais no que toca aos efeitos do COVID-19 no circuito das artes. Com o isolamento social forçado, os Instinto 26 tiveram de colocar uma pausa nos seus espectáculos ao vivo mas trouxe até ao grupo uma nova injecção de foco e dedicação: “Esta pausa foi má, monetariamente [falando], mas fez bem no ponto-de-vista do reencontro e daquilo que queremos para o nosso movimento.”
Pouco mais de um ano desde “Concorrência”, Trista está de volta aos temas a solo e aproveita a paragem dos concertos para vincar o seu nome no movimento hip hop com uma pequena série de três lançamentos: “Neblina” é a primeira amostra e o episódio do meio de uma narrativa que envolve o nascimento e o desenvolvimento de um romance e termina com uma detenção por parte das forças de segurança. Uma colectânea de feelings, descreve-nos Trista, resultado das descobertas que tem coleccionado em estúdio com os colegas.
Quem surge ao seu lado neste novo avanço é Fumaxa, experiente DJ e produtor também de Mem Martins, que acompanha os Instinto 26 na estrada. Tudo aponta para que o homem que se notabilizou ao lado de nomes como Bispo ou Chyna seja também uma espécie de beatmaker in-house do colectivo, ele que lidera a equipa de produção Dirty Doc e tem o seu nome cravado nos créditos de “Conclusão” e “Mama Ta Xinti”, as duas faixas que marcam um ponto de viragem no método de trabalho dos Instinto, cujas vozes agora se fazem ouvir sobre batidas nacionais e originais.
Trista remata a conversa com o ReB sublinhando o orgulho que é poder trabalhar de perto com um nome que já tanto fez pelo hip hop nacional e, especificamente, pelo movimento da área postal 2725:
“É bom trabalhar e aprender coisas novas com gente que está cá há mais tempo do que nós. É uma experiência que me dá orgulho, pois quando era mais novo já conhecia o trabalho e admirava os projectos ele. Agora, poder partilhar estes momentos só me dá orgulho de toda esta caminhada.”