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quinta-feira, 3 de outubro de 2024

[Correio Manhã] Bombeiro e agentes da PSP entre os 11 feridos em incêndio no sétimo andar de um prédio em Sintra

Um incêndio deflagrou, pelas 09h07 deste domingo, no 7.º andar do n.º 34 da Rua Francisco Salgado Zenha, na Tapada das Mercês, Sintra. O fogo deflagrou na cozinha.


Até ao momento há a registar quatro civis assistidos por inalação de fumos, seis agentes da PSP e um bombeiro por exaustão. 

Fonte oficial da Proteção Civil disse ao CM que no local estiveram 37 operacionais e 15 viaturas, dos corpos de bombeiros de Algueirão e São Pedro de Sintra, e ainda meios do INEM e da PSP.


As vítimas foram encaminhas para o Hospital de São Francisco Xavier e para o Amadora. 

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

[SIC Notícias] Catorze pessoas intoxicadas na Tapada das Mercês

Catorze pessoas foram transportadas, no domingo à noite, para diferentes hospitais da zona de Lisboa por causa de uma intoxicação por monóxido de carbono na Tapada das Merces, em Sintra.


O alerta foi dado pouco antes das 21:00.

Catorze pessoas foram retiradas de casa na Tapada das Mercês, Sintra, devido a uma intoxicação por monóxido de carbono. Foram transportadas para vários hospitais. A maioria para o Fernando da Fonseca, na Amadora.

Dois receberam tratamento na câmara hiperbárica do hospital militar.

A criança, uma das pessoas que recebeu o tratamento, está agora internada no Hospital de Santa Maria, ainda a receber oxigênio.

Os outros quatro menores, com idades entre três e 16 anos, já tiveram alta.

Ainda não há certezas quanto à causa da intoxicação, que mantém internadas duas pessoas.

domingo, 19 de abril de 2020

Feira das Mercês

A Feira das Mercês é a maior e mais característica feira da região saloia. O recinto onde ainda hoje se realiza localiza-se na Quinta das Mercês (ou da Marquesa), na zona norte da Tapada das Mercês. Integram o conjunto classificado a Capela de Nossa Senhora das Mercês, um cruzeiro, um edifício de caraterísticas pombalinas e ainda o célebre Muro do Derrete ou do namoro.

No interior da capela, situada fora do recinto da feira, encontra-se a imagem de Nossa Senhora das Mercês, muito venerada na freguesia de Rio de Mouro e que, no período em que decorre a feira é levada em procissão. O exterior do templo de linhas sóbrias, ostenta na fachada principal um portal encimado por frontão quebrado sobre o qual se abre um janelão de perfil retangular. Duas janelas quadrangulares de cada lado do portal e uma torre sineira localizada do lado direito, completam o traçado do alçado principal do edifício. No interior da capela, subsistem ainda alguns azulejos e um altar-mor em mármore com embrechados de motivos florais estilizados distribuídos por dois painéis, onde sobressaem as figurações do sol e da lua.

Segundo a tradição, é nos bancos conversadeiras do muro do Derrete que as "moças casadoiras" se deveriam sentar com os seus pretendentes. Este muro que corresponde certamente à cerca da antiga propriedade, apresenta ainda hoje dois antigos portões ladeados por pilastras rusticadas. De notar que estas entradas se situam em limites opostos do perímetro cercado, mas no mesmo alinhamento.

O cruzeiro, por seu lado, localiza-se no recinto da feira, apresentando uma cruz de pedra assente numa base quadrangular sobre três degraus igualmente em pedra.

Pelas caraterísticas gerais do conjunto que acabámos de descrever, considera-se que o mesmo deverá datar do século XVII, tendo sido posteriormente alvo de alterações.

História
Segundo a tradição, a Feira das Mercês seria herdeira de um antigo mercado árabe de transação de escravos. De facto, não é possível conhecer com exatidão as suas origens, sendo que a primeira referência se reporta à segunda metade do século XVIII (Memórias Paroquiais de 1758), onde surge descrita uma feira livre na povoação de Meleças, feira esta que já na altura se realizava nos últimos dois domingos do mês de outubro. Curiosamente neste documento não é referida a existência da capela.


Em 1771 a feira foi transferida para Oeiras por iniciativa do Rei D. José I mas, pouco depois, por ordem da Rainha D. Maria I, volta ao lugar original. De notar que o Marquês de Pombal, fiel devoto de Nossa Senhora das Mercês, para além de proprietário de uma importante quinta em Oeiras era também senhor dos terrenos onde se realizava a feira e implantava a capela das Mercês (Oliveira, Rui - Sinopse Histórica da Feira das Mercês. In http://www.alagamares.com/sinopse-historica-da-feira-das-merces-por-rui-oliveira).
Importa referir que a Feira das Mercês teve grande influência na economia de Rio de Mouro que, até à primeira metade do século XX, era uma freguesia essencialmente rural, com as suas quintas, hortas e criação de gado. Presentemente, a Feira das Mercês, perdeu grande parte das suas caraterísticas como feira saloia de venda de produtos agrícolas, gado e produção de louças artesanais, transformando-se num espaço onde se comercializam produtos sem ligação à região e um local de divertimento. Apesar disso ainda é possível encontrar as célebres maçãs de Colares, as afamadas peras pardas do litoral sintrense, as fogaças de erva-doce, o leitão assado de Negrais e a carne de porco frita "à moda das Mercês", servida em frigideiras de barro, assim como a água-pé, produzida pelos viticultores da região.

Maria Ramalho/DGPC/2015. Colaboração da C. M. Sintra.

http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/9967800