Tempo em Algueirão Mem Martins

sábado, 26 de março de 2016

[Noticias ao Minuto] Creche para cães é uma nova realidade em Portugal [video]

Além dos hotéis e das escolas de treino, há em Portugal uma nova modalidade pensada para os caninos. As creches têm cada vez mais adeptos.

Fazem parte da família e por isso merecem todas as regalias. Se, em tempos, os animais de estimação eram olhados como apenas isso, hoje em dia são vistos como um elemento da família.

Foi a pensar nessa nova realidade que nasceu, há dois anos, uma creche para caninos. A Cãopreensão está sediada em Mem Martins, nos arredores de Lisboa, e tem cada vez mais adeptos.
Com lotação esgotada e até lista de espera, este ateliê ajuda os animais de quatro patas a passar o dia da melhor maneira, além de os acompanhar nas várias tarefas diárias.

É um serviço novo. Há países onde é muito recorrente, para os animais não passarem o dia inteiro sozinhos em casa”, explicou Íris Lourenço ao Notícias ao Minuto.

O termo creche – aplicado normalmente a bebés e crianças – é o que nos vem à cabeça quando a responsável nos descreve o serviço que presta: “De manhã, vamos buscar os animais a casa e levamo-los novamente ao final do dia, quando os donos regressam do trabalho”.

Entre as 8 horas da manhã e as 18 horas, sensivelmente, os patudos encontram na Cãopreensão profissionais que cuidam da sua higiene, animais para lhes fazerem companhia e atividades lúdicas criadas a pensar neles. A alimentação é providenciada pelos donos.

O serviço pode ser contratado tantos dias quanto o cliente entender, o que faz variar o preço do serviço. Creche durante cinco dias por semana para um animal custa sensivelmente 50 euros semanais.

A Cãopreensão conta ainda com um serviço de pet sitting, que ao invés de ser diário é pontual. Quem o contrata não retira o animal de casa o dia inteiro, mas conta com uma ajuda, por exemplo, para as idas ao veterinário.

Dog walker é o nome dado ao serviço que passa por levar um cão a passear em determinadas horas do dia, para que estes possam fazer aas necessidades fisiológicas. Trata-se de um serviço mais barato para o cliente.

Quem vai de férias ou tem uma viagem de trabalho e não tem com quem deixar o seu melhor amigo, encontra na Cãopreensão uma outra solução. A estadia familiar passa por deixar um animal de estimação completamente a cargo de um colaborador durante alguns dias.


Nesta modalidade, o animal passa o dia no ateliê e dorme, à noite, na casa de um funcionário, sem que as suas rotinas diárias se alterem. “Distingue-se dos hotéis porque não deixa os cães fechados em boxes”, salienta Íris Lourenço.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Onde posso adquirir a imagem de Nossa Sra da Natividade??


Numa altura em que um sonho antigo dos católicos de Mem Martins está prestes a ser realizado, com a inauguração da Igreja de Mem Martins, gostava de ter uma imagem de 'Nossa Sra da Natividade',  a Santa Padroeira de Mem Martins??

No próximo 3 de Abril, o Sr Patriarca irá dedicar a nova Igreja ao culto. 
A Comunidade de Algueirão, Mem Martins e Mercês, com todos os seus núcleos, movimentos, grupos, crianças, jovens e adultos de todas as idades estão covidados a participar

Mas onde posso adquirir a imagem de Nossa Sra da Natividade??

'Soarte Marfinites' (clica)
Basta efectuar a encomenda pela pagina do Facebook ou pelo telefone 96 306 5680 para Soarte Marfinite, onde se pode ver a execução da mesmas em barro pelo escultor e depois do molde feito em marfinite.




quinta-feira, 17 de março de 2016

Cerealto compra fábrica da Mondelēz International em Mem Martins

A Mondelēz International, uma das principais empresas do setor alimentar a nível mundial, chegou a um acordo com a Cerealto para manter a atividade industrial na fábrica de bolachas da localidade de Mem Martins (Sintra). O acordo contempla o compromisso de manter todos os postos de trabalho desta unidade, assim como a venda, à Cerealto, da maquinaria e das linhas de produção, de que a Mondelēz International é proprietária.

A Mondelēz já informou o Comité de Trabalhadores do acordo alcançado. Na base das negociações esteve sempre o objetivo de garantir a melhor solução para os 92 empregados desta instalação, cujo encerramento foi anunciado no passado mês de novembro. Neste sentido, a Cerealto formalizou o compromisso de manter 100% dos postos de trabalho, as condições laborais em vigor e a antiguidade dos trabalhadores.

A operação não inclui a venda de nenhuma das marcas da Mondelēz. No entanto, este contrato de ‘comanufactura’ prevê que a Cerealto fabrique alguns produtos para a Mondelēz.

Ambas as partes esperam concluir esta transação no decorrer do mês de julho deste ano, pelo que a Cerealto assumiria o controlo da fábrica, da sua produção e dos trabalhadores a partir do dia 1 de agosto. A partir desse momento, começaria a incorporar nas linhas, de forma progressiva, algumas das suas referências de bolachas.

De acordo com fontes da Cerealto, a operação representa um grande desafio para a companhia, uma vez que está a adquirir uma equipa qualificada e tecnologia de ponta a uma das empresas líder na alimentação mundial.

A compra da fábrica de Mem Martins vai ao encontro da estratégia de expansão internacional da Cerealto – que será a sua segunda fábrica em Portugal, após a aquisição, em 2013, à Danone, da instalação de alimentação infantil Nutriceal Foods, localizada em Benavente, Santarem.

A Mondelēz quer destacar a atitude de diálogo que os representantes dos trabalhadores assumiram, assim como a responsabilidade e o clima de respeito aplicados às negociações, que permitiram chegar a esta solução.

Após este processo, a Mondelēz mantém a sua estrutura comercial e logística em Portugal, onde emprega 120 colaboradores e é líder de vendas nas categorias em que opera. A nível mundial, a empresa, com mais de 110.000 trabalhadores, está presente em 165 países a comercializar marcas reconhecidas como Oreo, Milka, Trident ou Philadelphia.

A Cerealto é uma empresa de alimentação com uma história de mais de 25 anos de fabrico de produtos com base cereal em diversas categorias: bolachas, cereais de pequeno-almoço, alimentação infantil, pão, pastelaria, massa ou produtos sem glúten. Apoiada por mais de 14 fábricas em Espanha e um centro de referência de R&D na Europa, a Cerealto conta com centros de operação em Portugal, Itália, Reino Unido, México e nos Estados Unidos e tem clientes em mais 40 países.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Ricardo Adolfo, um escritor "em pânico" de "exotificar" o Japão

Depois de fazer dos subúrbios de Lisboa e da imigração o foco dos seus romances, Ricardo Adolfo escreveu "Tóquio Vive Longe da Terra" (publicado pela Companhia das Letras), inspirado no seu encontro com a cidade onde mora há três anos, um espaço que lhe é estranho, que descreve como estranho, mas que não quis ridicularizar.
A caracterização anedótica, alimentada pela ignorância ou preconceito, "é um problema enorme" para um escritor ocidental na Ásia, disse à Lusa.
"É um pânico que tenho. Acho que Tóquio, o Japão ou até mesmo a Ásia, para quem vem do Ocidente, é perfeito para cometeres esse erro, para teres essa pretensão. 'Exotificas' tudo, começas a avaliar como se fosse um postal, com um ponto de vista superior europeu ocidental", afirmou, à margem da 5.ª edição Festival Literário de Macau.
Numa cidade onde o seu protagonista se vê em situações como ser alugado para ser marido de alguém, "é difícil de evitar o ponto de vista exterior, se não impossível".
"Agora, tens de ter a calma e a serenidade de gerir aquilo que é exótico, passar o postal e tentar chegar um bocadinho mais além", comenta.
Para a capa do livro escolheu uma imagem de uma fotógrafa japonesa a levitar. "Acho que é um bocadinho a metáfora de como se vive em Tóquio. Não porque seja uma cidade muito poética mas porque são 18 milhões de pessoas. Constantemente estás a ser tão pressionado que quase não tocas com os pés no chão", explica.
Tóquio ofereceu-se como "o ponto máximo" de um desconforto que aprecia: "A experiência de emigração dá-te muito isso, estás bem quando estás perdido, quando percebes 'Eu não conheço esta cidade, não faço ideia como é que vou ao sítio A, ao sítio B, como é que vou fazer X ou Y'. Só esse desafio é que te dá conforto, é um desafio muito angustiante, que é aquela necessidade de estares constantemente perdido, estares constantemente a reinventar-te".
Ainda assim, encontra na vida de Tóquio pontos de contacto com Mem Martins.
"A imigração é um palco de desnorte constante", aponta, lembrando que "Depois de Morrer Aconteceram-me Muitas Coisas" (Alfaguara) conta a história de um casal de imigrantes ilegais em Portugal e que "Tóquio Vive Longe da Terra" fala de um personagem "que está todos os dias perdido".
A estas personagens e às de "Os Chouriços São Todos Para Assar" (Alfaguara) une-as o facto de serem "personagens suburbanas".
"Tóquio, até chegar ao Monte Fuji, é um gigantesco subúrbio. Há uma vida de dormir fora da cidade e trabalhar na cidade que é constante. Os problemas básicos são muito parecidos: chegas a casa sempre tarde, os miúdos estão a dormir, tens pouco dinheiro, quando tens trabalho estás a fazer algo de que não gostas", explica.
A sua predileção por "personagens mais frágeis, mais marginais" prende-se com "o potencial trágico que trazem dentro delas", mas também por refletirem uma realidade que, como escritor, considera importante retratar, particularmente em Portugal.
"Há uma desigualdade que se não é discutida, se não é escrita, se não é falada, parece que estamos a gozar", comenta. A crise que o país atravessa fez-se particularmente sentir no seu local de inspiração, os subúrbios. "Os subúrbios de Lisboa cresceram de uma forma fora do normal, havendo um potencial de conflito maior. A maior parte das pessoas não percebeu o que se estava a passar [com a crise financeira]. Um dia tinham mais, noutro dia não tinham dinheiro", lamenta.
Este tipo de realidade deve ser refletida nos livros, acredita: "Não o fazer também é um comentário político, ignorares aquilo que se está a passar é uma forma de criticar. Mas prefiro absorver essas tragédias, esses dramas que estão acontecer, e utilizá-los para a escrita, acho que é primordial não passar ao lado"