Tempo em Algueirão Mem Martins

sábado, 17 de setembro de 2016

Uma história como muitas... de antigos moradores em Algueirão Mem Martins...

Uma história como muitas... de antigos moradores em Algueirão Mem Martins...

Unidades Funcionais do ACES Sintra - Algueirão Mem Martins



Apeadeiro e Av. Chaby Pinheiro

Apeadeiro do Algueirão


Vista parcial da Av. Chaby Pinheiro


Retrato do actor Chaby Pinheiro , 1894

Grafite sobre papel
13,6 × 12,6 cm
assinado e datado
Inv. 765 – A
Historial
Doação da viúva do retratado, em 1934.

Exposições
A Companhia Rosas & Brazão (...), Lisboa, 1979, 171, p.b.; Lisboa, 1980, 95, p.b.; Lisboa, 2007.

Bibliografia
A Companhia Rosas & Brazão (...), 1979, 34, p.b.; Columbano, 1980, 80, p.b.; Columbano Bordalo Pinheiro, 1874 – 1900, 2007, 208.

Dois esboços de mulher com chapéu parecem também situar-se neste período, pelo traço solto e desordenado, suavidade dosombreado e espontaneidade, que o leva a recorrer,  inclusive, a traços circulares. Especialmente interessante é o esboço em que o rosto é captado num contre-plongée. Diferente, apesar de partilhar com o anterior um ponto de captação ligeiramente baixo, é um outro estudo para um retrato feminino, devido ao papel preponderante que os fortes contrastes adquirem. Sobre o enquadramento que os carregados negros do xaile e do cabelo proporcionam, Columbano cria um espaço de claridade para o rosto, que assim se destaca sobre o fundo claro, cuja neutralidade lhe permite dar atenção a alguns pormenores do penteado. Entre o conjunto de apontamentos femininos é curioso o desenho que reúne dezassete rostos, cada um deles respectivamente emoldurado. A proximidade fisionómica de alguns com a mulher do artista e a elevação, inclinação ou torção de outros, semelhantes em atitudes a algumas das figuras que integram as decorações do Museu Militar, levam-nos a datá-los de meio dos anos 90.
De 1896 data o retrato do actor Chaby Pinheiro, que vem ampliar o círculo de relações que Columbano estabeleceu com os círculos teatrais lisboetas, também documentadas através de desenhos em que se identifica Augusto Rosa ou vários actores da Companhia Rosas e Brazão em palco. A volumosa figura do actor é realizada com um suave traço que desenha as formas com liberdade, detendo-se apenas em sombreados mínimos que marcam as formas arredondadas, assim como os traços e a característica expressão do rosto.
Já de uma fase posterior é o Retrato de Trindade Coelho, datado de 1898, portanto do mesmo ano em que Columbano realiza a pintura que se perdeu no naufrágio do navioSanto André. Ultrapassando o mero estudo, aparece-nos como uma obra completamente acabada, em que o retratado é resgatado do fundo de penumbra pelo efeito de uma luz proveniente de um dos lados. A forte incidência desta sobre o rosto ilumina-o em parte, enquanto a outra fica na sombra, mas perfeitamente desenhada no perfil. O mesmo já não acontece com as roupas, que se misturam com o fundo. Este tratamento e ainda o rosto, de frente, e o registo da mão revelam uma correspondência exacta com os retratos pictóricos de finais de 90.
O auto-retrato também ocuparia Columbano nos seus desenhos. Curiosamente, os dois que se conservam desta fase, mau grado o carácter de apontamento ocasional que sugerem, apresentam a mesma composição: vários esboços de gatos e num dos cantos superiores o rosto do artista, de lunetas. Columbano auto-representa-se de cabeça inclinada e olhos baixos, claramente concentrado no desenho, com um tratamento que se apoia na mancha e nos contrastes entre os carregados pretos no cabelo e na barba e os suaves sombreados no rosto.

Maria Jesús Ávila

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Sintra - o concelho fantasma de dia e perigoso de noite

(...) Tal como habitual, passei o meu tempo em Portugal entre a casa dos meus pais que moram num bairro na linha de Sintra e a aldeia onde mora a minha avó, e o que reparei é que, quer num sítio quer noutro, a população jovem está a diminuir consideravelmente. Isso não é propriamente novidade quando se fala de uma aldeia, mas na zona suburbana de Lisboa? Isso parece-me um pouco estranho visto que, na época em que os meus pais se mudaram para lá, há pouco menos de 40 anos, os bairros ali da zona ainda estavam todos a ser construídos e era a zona favorita para os novos casais colocarem raízes - perto de Lisboa mas onde comprar casa era consideravelmente mais barato. Quando ali vivia, o bairro era um rebuliço de crianças a brincar nas ruas, jovens nos cafés e bares. Agora,... vejo as pessoas da idade dos meus pais e mais velhos, nos cafés e pastelarias, e é só. Crianças são poucas e o bairro de forma geral está muito mais calmo em termos do número de pessoas que se vê nas ruas, mas também é considerado mais perigoso em termos de assaltos, o que dantes não se ouvia tanto falar. (...)







Excerto de um texto do blogTuga em Londres

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

[CMSintra] Arranjo paisagístico da envolvente à Ciclovia Mem Martins-Portela de Sintra

A Câmara Municipal de Sintra procedeu ao ajardinamento dos espaços contíguos à recém-inaugurada Ciclovia Mem Martins-Portela de Sintra.
A intervenção consistiu no ajardinamento de uma faixa de terreno com cerca de 3 500 m2, entre a ciclovia e a linha ferroviária, nas traseiras das pracetas de Ouressa, na Freguesia de Algueirão-Mem Martins.  
Os trabalhos de limpeza do terreno, mobilização do solo com remoção de cerca de 1 000m3 de terras e resíduos vários, instalação de rede e sistema de rega manual, aplicação de camada de terra vegetal, plantação de 45 árvores (Olaias) e de 30 arbustos, bem como a sementeira de prado florido, conferem um melhor enquadramento paisagístico desta infraestrutura ciclo/pedonal.
Custo estimado da obra:  € 15 380,00