Tempo em Algueirão Mem Martins

sexta-feira, 20 de julho de 2018

[JFAMM] Corujas 2018: Rali noturno por Mem Martins

Cerca de 60 pessoas marcaram presença no “Corujas 2018 – À Descoberta de Algueirão-Mem Martins”, um rali noturno organizado pelos Motards do Ocidente que, este ano, decidiu mostrar o que a freguesia tem de melhor.

A partida foi dada na Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins, com um lanche oferecido pela autarquia local que, de resto, apoiou este rali, não só com esta refeição, mas também com questões logísticas, brindes e troféus para os participantes.

Depois, foi tempo de rumar a toda a velocidade pelos recantos da freguesia, passando por pontos históricos e visita a locais que até hoje marcam a história da vila.

Uma das surpresas do rali foi a visita às Queijadas da Maria Augusta, local de origem das famosas queijadas de Sintra, cuja produção tem passado de geração em geração.


Conheceu-se a história, viu-se a produção e houve ainda direito a saborear uma das confeções mais típicas da região. Pedro Alves, presidente dos Motards do Ocidente agradeceu “a forma simpática como nos receberam, por nos terem aberto a porta da vossa fábrica e pela oferta das queijadas aos participantes.”

Depois de provar as famosas queijadas, tempo de conhecer um espaço que, durante muitos anos também serviu a população de Mem Martins, mas de outra forma: o Forno da Cal, um local que, antigamente, servia para cozer pedras que eram usadas na construção civil.

O “Corujas” é um rali noturno que, de ano para ano, tem vindo a afirmar-se como uma iniciativa de confraternização entre motards, mas não só. Mais uma vez, e como vem sendo hábito, juntou-se a diversão à vertente social, com o apoio a uma instituição. Desta vez, os beneficiados foram os Bombeiros Voluntários de Algueirão-Mem Martins.

Entretanto, até a noite acabar houve ainda passagem por vários outros locais. Na Bacia de Retenção contou-se a lenda daquela zona; em Sacotes, no lavadouro, as equipas foram desafiadas a lavar uma peça de roupa, como antigamente e na Ermida de S. Romão conheceu-se um dos principais conjuntos histórico-monumentais da freguesia.

Em comunicado, Pedro Alves, presidente dos Motards do Ocidente fez um balanço positivo do rali e agradeceu a todos os que apoiaram esta iniciativa desde o início. Agradecemos à Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins, “pelo lanche da receção, pelas impressões, pela oferta de brindes para os participantes e dos troféus dos primeiros lugares. Obrigado também por todo o apoio dado para a realização deste evento.”

quarta-feira, 18 de julho de 2018

[RTP] Entrevista de Vanessa Augusto a Papillon | NOS Alive 2018 [video]

A jornalista Vanessa Augusto entrevista Rui Pereira (Papillon) antes da sua atuação no 'NOS Alive 2018'


Papillon @ Nos Alive 2018 [video]


[Correio da Manhã] Menor julgado por matar rival à facada




Uma dívida estará na origem do crime
Com apenas 16 anos, um rapaz, de nacionalidade brasileira planeou, com três amigos tirar a vida ao compatriota Eduardo Prado, 36 anos, à porta de um restaurante na Tapada das Mercês, em Sintra. Após o crime – a 17 de setembro passado –, os suspeitos fugiram.

O menor foi detido em Espanha, extraditado e agora acusado do crime de homicídio qualificado. Uma dívida estará na origem do crime. Segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, o detido, juntamente com os cúmplices – ainda em parte incerta – agrediram a vítima e atacaram-na à facada. O Ministério Público pede ainda a expulsão do detido como pena acessória, bem como a recolha de ADN.

Ler mais em: https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/menor-julgado-por-matar-rival-a-facada

terça-feira, 17 de julho de 2018

História de Mem Martins

No limiar dos anos trinta, Mem Martins era, tal como as localidades circunvizinhas, uma pequena aldeia onde viviam e laboravam os seus habitantes, cerca de 20 famílias, dedicando-se ao amanho das terras, pobres de fecundidade e ainda a duas actividades industriais – passe o pretensiosismo do termo – à exploração do mármore e ao fabrico de queijadas.

No mármore havia só um industrial, o Zé d’Outeiro, de seu nome José Pedro de Outeiro, que explorava a sua pedreira de mármore preto, único no País e talvez no mundo, pena sendo que as características desta pedra a tornassem, com o evoluir do comércio, bastante onerosa, estando actualmente estagnada a sua exploração.

Sendo Mem Martins um localidade servida de fácil transporte para Lisboa – o “pouca terra” levava hora e picos com direito a chamusco! – dotado de boas águas e óptimos ares indicados para a cura de vários males, incluindo o “mal d’amor”,  começou a ser frequentada por veraneantes, os quais, senão todos a grande maioria, graças aos predicados atrás referidos , por cá se foram radicando.

Entre outras as famílias: Fontes, Roy, Alvarez, Mourinho, Anjos Teixeira, Caminha, Guilhermina Silva, Álvaro de Sousa, Cortês, Salvação Barreto, Namorado de Aguiar, Sasseti, Queirós de Barros, Henrique Pereira, Tomaz de Lima, João Silva Marques, etc., etc …
Em meados de 1930 e depois da experiência da construção da Escola Guerra Junqueiro, construída só com a carolice e bairrismo do povo de Mem Martins, em colaboração com alguns dos citados veraneantes, aproveitando o entusiasmo do êxito alcançado, a mesma gente de bem meteu mãos à obra e arcou com a responsabilidade de levar por diante a construção de uma Capela, coisa rara nas redondezas, já que a mais próxima era a Igreja Matriz de S. Pedro de Penaferrim.

Formada a Comissão aos vinte dias do mês de Agosto de mil novecentos e trinta – chamada COMISSÃO DE MELHORAMENTOS DE MEM MARTINS – encabeçada por esse bairrista nato que se chamou Artur Soares Ribeiro o qual foi também o impulsionador da construção da Escola, esta Comissão era composta, além do atrás já mencionado, pelos Senhores:
        - Dr. Joaquim Moreira Fontes
        - António Lopes Alvarez
        - Henrique Conceição Pereira
e pelas Senhoras:
        - D.ª Antónia Gomes da Costa Fontes
        - M.me Marie Claire Roy
        - D.ª Maria de Deus Lopes.
Esta Comissão foi mais tarde, conforme deliberação tomada por unanimidade – Acta n.º 3 de 4 de Novembro de 1930 - , reforçada com a adesão dos Senhores:
        - José Vicente
        - Manuel João Morais
        - Joaquim Henriques
        - José Pedro d’ Outeiro
        - Manuel Hilário
        - António Dionísio e
        - Vicente Regalo.
Para a construção da dita Capela foi adquirido um terreno desanexado do baldio então chamado “Rocio da Fonte”, à Câmara Municipal de Sintra, em hasta pública efectuada nos Paços do Concelho em 23 de Outubro de 1930, pelos Srs. Artur Soares Ribeiro e Henrique Pereira, por Esc. 288$00, incluindo as despesas da sisa e da escritura!

Posteriormente, os citados adquirentes, membros da Comissão, ofereceram a esta o terreno arrematado – Acta n.º 2 de 23 de Outubro de 1930.

Baseado no projecto do Arquitecto Félix Alves Pereira e sob a responsabilidade de José Máximo dos Reis iniciaram-se as obras com o lançamento da primeira pedra, cerimónia que teve lugar no dia 29 de Março de 1931.

Festa rija, prelúdio do que mais tarde viria a ser a nossa festa, com divertimentos e “atracções”, estas e aqueles orientados para atrair as “massas”, tão necessárias ao arranque do empreendimento.

Deram solenidade ao acto, com a sua presença, além de todos os elementos da Comissão, os senhores: Abílio Cardoso em representação da CM Sintra, Padre Carlos Azevedo, Escultor Anjos Teixeira, Dr. Guilherme Pinheiro, Jorge Soares, etc., tendo até sido filmado o acontecimento.

Deste filme nada se sabe; perdeu-se-lhe o rasto. Sabe-se sim, e apenas, o que ficou registado no livro de contas da Comissão: “Verba 32 – Filmagem do lançamento da primeira pedra – 73$80”.

Não teriam decorrido as obras no ritmo desejado, não devendo ser estranho a tal morosidade a falta daquilo que faz andar as obras: - o capital.
No entanto, pedincha daqui, ajuda dali, cravanço dacolá, alicerçados na boa vontade da população que, muito embora não tivesse posses para grandes ajudas financeiras, correspondia com dádivas substanciais no sector da mão-de-obra, esses HOMENS vêem a obra concluída em 1933.

Rainha D.Amélia
Citar nomes de pessoas que colaboram com a Comissão, além de fastidioso seria desaconselhável, porque se correria o risco de qualquer omissão, há no entanto que referir o nome de Sua Majestade a Rainha Dona Amélia que, do exílio, enviou o seu donativo destinado à compra da imagem de Nossa Senhora da Natividade, a Padroeira escolhida, provando com essa sua atitude filantrópica o quanto gostava de Portugal e dos Portugueses.
Também pela obra que legou à Capela merece referência o nome de Alfredo Carreiras. Foi ele, escriturário de profissão, marceneiro/entalhador por sacerdócio, que durante anos ocupou todos os seus tempos livres na feitura dos andores destinados às imagens existentes na Capela. Fazia-os ao ritmo de um por ano.
Ali se podem apreciar os andores destinados a Sto. António, Sta. Teresinha, Rainha Sta. Isabel e Sagrado Coração de Jesus, cada um com motivos alegóricos à imagem a que se destina.

Autênticas obras de arte, pena sendo que, por razões desconhecidas, tenha deixado o mundo dos vivos sem ter conseguido o seu sonho: Dotar a Capela com tantos andores quantos as imagens que tradicionalmente desfilam na procissão.
No verão daquele ano, com o pretexto de assinalar o acontecimento, organizam-se as Festas em honra da Padroeira, nos dias 3 e 8 Setembro, as quais tiveram a presença de destacadas entidades civis e religiosas.

Dentre outras, o Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Sintra, Major Craveiro Lopes – mais tarde Presidente da Republica – e Sua Eminência o Cardeal Patriarca de Lisboa D. Manuel Gonçalves Cerejeira.
Muito público e segundo o “DIÁRIO DE NOTICIAS” de 4 de Setembro: “ … assistiram às cerimónias pessoas em evidência na colónia de verão de Mem Martins e Sintra, com os Srs. Afonso Dornelos, Dr. Tomas Gambôa, Coronel Correia dos Santos, senhoras e entidades oficiais”.
A atestar pelas individualidades presentes, fácil será deduzir que a Festa foi um êxito quer no aspecto social, cívico e religioso, quer também no financeiro pois, segundo consta do Balancete de 30 de Novembro de 1933, o saldo positivo foi de Esc. 665$10 a favor da Comissão e Esc. 221$70 a favor do Hospital.

Não foi por acaso que as Festas de Mem Martins tiveram continuidade e chegaram aos nossos dias. Estava na mente dos organizadores que assim fosse pois as notícias inseridas no “DIÁRIO DE NOTICIAS” de 17 de Agosto de 1933 e no “SECULO” de 20 de Agosto de 1933 o deixavam antever.
Rezam assim:
 Esta Festa é o início duma romaria anual, que este ano deve ser muito concorrida, devido à forma como está organizada, havendo já muitos lugares marcados para barracas de negócio e divertimento”.
A vontade dos homens foi cumprida, as Festas, passado por algumas vicissitudes, chegaram aos nossos dias prosseguirão pelos tempos fora, graças à vontade de outros HOMENS.
Os despretensiosos apontamentos que aqui ficam têm como objectivo:
Registar sucintamente, para a posteridade, como, quando põe quem foi erigida a Capela de Mem Martins, bem como tradição das FESTAS EM HONRA DE NOSSA SENHORA DA NATIVIDADE.

Prestar uma singela homenagem às pessoas que, com grande entusiasmo, enorme esforço e inabalável persistência, levaram a efeito aquela iniciativa, demonstrando o seu amor à sua terra natal ou onde se radicaram até aos últimos anos da sua vida.

E, finalmente, incentivar as gerações actuais, no sentido de manterem as tradições dos seus antepassados, procurando suplantá-los no amor e dedicação ao progresso da sua Terra.
MEM MARTINS, Setembro de 1982

[NIT] Nesta prova em Sintra vai ter de passar 24 horas a correr

Nesta prova em Sintra vai ter de passar 24 horas a correr

A corrida de resistência acontece a 5 e 6 de outubro em Mem Martins e já há inscrições abertas. Também pode participar durante 12, seis e três horas.
Se é daquelas pessoas para quem uma maratona é tão banal quanto ir jantar fora, esta prova é para si. São 24 horas a correr, um dia inteiro sem parar e onde só os mais fortes vão aguentar até ao fim. A prova já tem data e acontece a 5 e 6 de outubro em Mem Martins, Sintra. 
É a primeira vez que acontece uma prova deste género, nesta zona da cidade, onde vai andar a correr no Parque da Bacia de Retenção de Águas de Algueirão. A corrida está dividida em quatro momentos competitivos distintos e, para quem acha que não aguenta todo o dia a correr, há provas de 12, seis e três horas. 
As inscrições acontecem em três fases e a primeira está a decorrer até 15 de agosto. Nas fases seguintes, de 16 de agosto a 7 de setembro e de 8 a 20 de setembro os preços aumentam mas, para já, a participação fica entre os 12€ e os 80€ com direito a seguro, peitoral, T-shirt térmica, possibilidade de acampamentos no local e refeições.