A estação de medição da qualidade do ar de Mem Martins registou ontem (05 Setembro 2012) ao
final da tarde uma concentração de ozono superior ao limiar de
informação ao público, informa a Comissão de Coordenação e
Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT). Entre as
17h e as 18h59, a estação instalada na Rua António Silva mediu uma
concentração entre os 193,4 e os 194,5 µg/m3 (microgramas por metro
cúbico), quando o limiar de informação ao público situa-se nos 180
µg/m3.
[Fonte]
Segundo a mesma entidade, para o valor observado, o ozono pode provocar
alguns efeitos na saúde humana, especialmente em grupos da população
mais sensíveis, nomeadamente crianças, idosos, asmáticos e indivíduos
com outras doenças respiratórias ou cardíacas. A exposição a este
poluente afecta essencialmente as mucosas oculares e respiratórias
podendo o seu efeito manifestar-se através de sintomas como tosse, dores
de cabeça, dores no peito, falta de ar e irritações nos olhos.
Nesse sentido, as autoridades recomendam que se reduza ao mínimo a atividade física intensa no exterior (ao ar livre); que se evite outros
factores de risco, tais como fumar ou utilizar produtos irritantes (ex:
gasolina, tintas, vernizes); que se respeite rigorosamente tratamentos
médicos em curso; e que se recorra a cuidados médicos, em caso de
agravamento de eventuais sintomas.
Depois do limiar de informação, há o limiar de alerta, que ocorre sempre
que as concentrações de ozono ultrapassem as 240 µg/m3. Nestas
situações deve ser alertada toda a população e os indivíduos mais
sensíveis devem evitar sair de casa, dado que a exposição de curta
duração a níveis de ozono superiores ao limiar de alerta pode provocar
danos na função pulmonar.
A estação de Mem Martins funciona desde 2002 e
monitoriza um conjunto de oito poluentes.