Associação Islâmica vai construir equipamento
em terreno cedido pela câmara sintrense.
Seis anos depois de ter sido lançada a primeira pedra, ainda pelo antigo presidente da Câmara Fernando Seara, a construção do centro comunitário com mesquita vai finalmente avançar na Tapada das Mercês, em Sintra.
A cerimónia de arranque das obras reuniu ontem dezenas de pessoas da comunidade islâmica. "É uma mais-valia para todos os residentes e é marcante para a comunidade islâmica nesta localidade e no concelho de Sintra", disse ao CM o sheik David Munir, imã da Mesquita Central de Lisboa. Segundo o projeto de arquitetura, o equipamento vai incluir centro de dia, creche, clínica, refeitório e biblioteca, entre outras valências. "A partir de agora vamos pedir donativos para construir o centro comunitário e a mesquita. O custo deverá ser de 1,5 milhões de euros", afirmou Mamadou Ba, presidente da associação. A mesquita terá "a porta orientada segundo o eixo de Meca" e haverá "um espaço de oração para homens e outro para mulheres", afirmou o arquiteto Júlio Londrim, autor do projeto. A comunidade muçulmana da Tapada das Mercês é formada por centenas de pessoas oriundas da Guiné, Senegal e Egito, entre outros países. Atualmente, o culto é feito numa garagem onde muitas pessoas ficam do lado de fora. A construção da mesquita é muito importante para a comunidade. "É importante para mostramos o que é o Islão. Hoje temos uma má imagem, por causa de muçulmanos que tomam atitudes erradas", afirmou ao CM Mohamed, de 26 anos. A Câmara de Sintra cedeu o terreno onde será erigido o centro, com 7141 metros quadrados. A autarquia poderá ainda colaborar nas futuras respostas sociais, afirmou o vereador Eduardo Quinta Nova.
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