Tempo em Algueirão Mem Martins

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Espaço para famílias esteve a operar sem licenciamento. Câmara de Sintra fecha parque do grupo Feijão Verde

O Feijão Verde Natura Fun Park Sintra, situado na freguesia de Algueirão-Mem Martins, está desde 2020 no centro de uma contenda entre os moradores e a empresa que gere o espaço.

Filomena Morais mora há mais de 20 anos num bairro de moradias em Algueirão-Mem Martins e há quase dois anos que questiona a Câmara Municipal de Sintra sobre as obras que viu acontecer, em outubro de 2020, mesmo em frente à sua casa.

"Nessa altura questionei a câmara para saber o que estava a ser feito por lá. Em novembro desse ano conseguir consultar o pedido de licenciamento e nesse pedido diziam que atividade a existir ali seria agrícola e de gestão florestal. Ora, isso não tem nada a ver com o que está a ser feito", relatou ao SAPO24.

As obras dariam origem ao Feijão Verde Natura Fun Park, que é separado do bairro residencial de 23 moradias por uma estrada de dois sentidos. Na sequência das queixas apresentadas por moradores, dos quais Filomena Martins tem sido porta-voz, o SAPO24 questionou a autarquia de Sintra sobre as queixas relacionadas com ruído, falta de privacidade, problemas no estacionamento e congestionamento das vias.

Ao longo dos últimos dois anos, o grupo de moradores tem questionado a autarquia sobre as atividades do parque e as suas licenças.

"Comecei a minha jornada em outubro de 2020 e nunca acederam a receber-nos [na Câmara Municipal]. Responderam a dizer quais os processos que existiam, eu insisti que queria falar com alguém antes de isto começar a funcionar. Não cabe na cabeça de ninguém instalar um parque junto a uma zona residencial, porque nós ao fim de semana nunca temos descanso", reitera, acrescentando que a vizinhança nunca foi consultada em todo o processo.

A resposta sobre as queixas dos moradores chegou à redação do SAPO24 no dia 6 de agosto, alguns dias depois de ter sido questionada a autarquia, e com a informação da decisão de encerramento das instalações.

Confrontada pelo SAPO24 com as queixas de moradores, "a fiscalização da Câmara Municipal de Sintra deslocou-se ao local este sábado [6 de agosto] e assegurou a saída do público presente em segurança, tendo notificado os proprietários e procedido ao encerramento do Fun Park Sintra por falta de licenciamento".

Na nota de resposta enviada ao SAPO24, a autarquia acrescenta que o Feijão Verde Natura Fun Park Sintra "já tinha sido alvo de um embargo em 2020, por parte da Câmara Municipal de Sintra, devido à construção de estruturas sem licença".

"A entidade responsável pelo equipamento apresentou, em fevereiro deste ano, um pedido de licenciamento para construções no espaço e licenciamento que se encontra em apreciação e aguardar pareceres de entidades externas", informa a autarquia.

"O município levantou um auto de contra-ordenação, tendo ainda o Presidente da Câmara Municipal de Sintra determinado o acompanhamento da situação por parte do Gabinete Médico Veterinário do município de Sintra”, conclui a nota.

Uma polémica com quase dois anos


O Feijão Verde Natura Fun Park em Sintra é um parque que alia diversões, como escorregas e outras estruturas para brincar, à presença de vários animais, como cangurus ou um dromedário, à semelhança de uma quinta pedagógica, e que prevê ainda a possibilidade de acampamento. Ou seja, famílias podem alugar uma tenda no parque e ficar por uns dias a tirar proveito do ambiente e das infraestruturas.

Filomena Morais diz que numa fase inicial contestou o barulho das obras, "porque as faziam também ao fim de semana", agora queixa-se não apenas do ruído, mas dos problemas de estacionamento e acessibilidades, do lixo e dos maus cheiros que emanam do parque.

No último e-mail recebido por esta moradora, com data de 21 de julho de 2022 e a que o SAPO24 teve acesso, a Câmara Municipal informa o seguinte:

"Encarrega-me a Exma. Sr.ª Coordenadora do GSMV – Gabinete de Saúde Pública, Segurança Alimentar e Médico Veterinário, de a informar em relação à sua exposição (Reg. SM 29770/2022), relativa à existência de reclamações de ruído dos animais (falta de descanso, bem-estar e saúde em geral) proveniente da atividade de um parque/quinta pedagógica denominado 'Feijão Verde Natura', com sede na Rua da Cruz, n.º 49 – Pexiligais, que foi solicitada informação à DGAV (Direção-Geral de Alimentação e Veterinária) – O espaço possui o Título de Registo de Exploração (classe 3) n.º 61-1/2021/LVT, emitido ao abrigo do REAP – Regime de Exercício da Atividade Pecuária, detendo várias marcas de exploração, existe também o parecer favorável do Ministério da Defesa Nacional Força Aérea, por se tratar de área abrangida pela Base Aérea de Sintra".

Acrescenta a nota que "foi igualmente solicitada informação ao Departamento de Urbanismo desta Câmara quanto à licença de construção do referido parque, tendo sido efetuado um pedido de 'Licenciamento de obras e outras operações urbanísticas com ou sem obras de demolição' na Plataforma do Urbanismo Online, o qual se encontra em apreciação. Acresce informar que já foi realizada uma vistoria ao local entre o GSMV e o SEPNA (Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente), decorrente de denúncias no âmbito do bem-estar animal. Por último, esclarecemos que a competência de fiscalização em termos de ruído é da alçada da GNR ou PS."

"Faz 21 anos desde que moro aqui e neste momento a minha vontade é ir-me embora"

A resposta não tranquilizou os moradores.


"Ao fim de semana isto é o caos total, pelo barulho, porque são imensas crianças e adultos. Quando são dois ou três miúdos é muito giro, mas quando são 20 ou 30... Os animais fazem barulho durante o dia e a noite. A questão do ruído continua a ser a que mais me incomoda", confessa Filomena Morais.

"Depois é o caos do estacionamento, porque o estacionamento é numa ponta do parque a entrada noutra, então os carros estão todos estacionados pela rua fora e por vezes só consegue passar um carro [numa rua que é de dois sentidos]. A Câmara Municipal nunca deveria ter permitido a abertura deste estabelecimento sem isso estar acautelado", lamenta.

Fala ainda dos cheiros dos animais e do lixo: "eles agora produzem imenso lixo e os nossos contentores estão sempre apinhados", diz. "Eu deixei de ter privacidade e sossego. Para mim e para as outras três vivendas que estão mais perto da entrada é caótico", diz.

Por diversas vezes chamou a polícia, que entretanto, conta, deixou de se deslocar ao local. "Deixaram de vir, eles acham que nós é que estamos errados".

Apesar de todas as queixas, reconhece que "o parque é fantástico, é um parque aonde eu gostaria de ir, os espaços estão muito bem concebidos, só não está colocado no sítio certo".

"Faz 21 anos desde que moro aqui e neste momento a minha vontade é ir-me embora", conclui.

"É de lamentar que um terreno que esteve abandonado durante 50 anos, onde havia cobras e entulho, e que hoje está como está, seja mal visto aos olhos de uma ou duas pessoas"

Questionado sobre as queixas dos moradores, João Teixeira, porta-voz do Feijão Verde Natura Fun Park, confirmou que a empresa está "a par, porque os moradores já fizeram chegar ao município essas queixas e o município fê-las chegar a nós".

Na conversa, tida poucos dias antes da nota da autarquia enviada ao SAPO24, onde dava conta do encerramento do parque por falta de licenciamento, João Teixeira deixava clara a posição da empresa sobre esta matéria: "O Feijão Verde teve o cuidado de chamar as entidades competentes para verificarem as condições sanitárias do parque e dos animais, tivemos inclusivamente o cuidado de chamar a câmara, o canil municipal, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e também a Direção Regional de Agricultura e Pecuária, que estiveram no parque há cerca de um mês e meio. Desta visita conjunta resultou um premiar da nossa atuação, deram-nos os parabéns pelo espaço, pelos habitats conseguidos, pela forma como os animais estão livremente instalados e como estão tratados".

Questionado sobre os maus cheiros disse que é " um absurdo, um disparate total", deixando a nota de que uma visita ao espaço chegaria para o comprovar. Sobre o lixo, garantiu apenas que não fazem uso dos caixotes do bairro.

Já o estacionamento "é efetivamente um problema" que, assegura, "está em fase de resolução, com a construção de uma baía de estacionamento".

Mas este "é um problema para mais uns dias, porque o parque no final do mês [de agosto] encerra". O encerramento no inverno é comum a outros parques com animais, mas neste caso "vamos alterar o modelo de exploração e de gestão do parque", que está "em fase de transição de proprietários". Questionado sobre o futuro da unidade, disse que o processo está em curso e que, portanto, não podia revelar mais detalhes.

Face às queixas dos moradores, o porta-voz fez questão de salientar as mais-valias do Feijão Verde Natura Fun Park Sintra: "no sítio onde está o parque estavam projetados 80 blocos habitacionais que teriam um impacto dez vezes superior àquele que o parque tem". Além disso, diz, "o parque tem tido um papel importante na promoção da defesa do meio ambiente e dos habitats de alguns animais", através de iniciativas de sensibilização e promoção ambiental desenvolvidas junto de escolas.

Depois, aponta o dedo aos moradores. Refere que as queixas são essencialmente de dois moradores, ambos com interesse no terreno, "porque há vizinhos que apreciam a nossa presença". "É de lamentar que um terreno que esteve abandonado durante 50 anos, onde havia cobras e entulho, e que hoje está como está, seja mal visto aos olhos de uma ou duas pessoas. Não estamos a falar de uma comissão de moradores", reitera. Ao que o SAPO24 apurou, há pelo menos sete moradores que contestam a localização do parque.

O site o grupo Feijão Verde dá agora nota, após o encerramento ao público no sábado passado, que as visitas ao Feijão Verde Natura Fun Park Sintra apenas podem ser realizadas "mediante marcação prévia".

domingo, 31 de julho de 2022

Novo edifício municipal em Mem Martins

A Câmara Municipal de Sintra apresentou o projecto para o novo edifício municipal da Messa, num investimento de mais de 10 milhões de euros e com prazo de conclusão previsto para o início de 2025.


O edifício existente no antigo complexo da Fábrica da Messa, numa zona central de Mem-Martins e confinante com actual o Centro de Saúde, está inserido num lote de 1,6 hectares e com área de construção aproximada de 5000m2, dividida em 3 pisos que poderá acolher 600 trabalhadores e possui, entre outras valências áreas pensadas para atendimento ao público, refeitório, arquivo, salas de formação, áreas de lazer e salas de reunião.

A transformação deste espaço é pensada para um universo municipal vasto, com mais de 4000 trabalhadores. A pandemia veio ajudar a repensar as necessidades dos espaços de trabalho e a explorar novas metodologias de trabalho. Este projecto contempla uma série de valências e necessidades com que nos deparámos nos últimos dois anos, com o teletrabalho e as plataformas de trabalho colaborativo”, justificou Basílio Horta, presidente da autarquia.

De forma a albergar o programa estabelecido, é proposto a ampliação do actual edifício, agora em estado devoluto, em 4500m2. A abordagem arquitectónica teve em conta a envolvente edificada e as funcionalidades pensadas para o edifício. Este novo edifício municipal foi pensado para facilitar o trabalho colaborativo (cowork) entre equipas e serviços, salas tecnologicamente dotadas de equipamentos facilitadores da comunicação e interacção entre serviços, facilitando reformulação de procedimentos, no sentido da sua simplificação, agilização e celeridade em resposta ao cidadão.

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Esfiharia "Bella Mano"

 Na R. República Popular de Moçambique 7A, Mem Martins https://www.facebook.com/bellamanoesfiharia


"Exclusivo": Urbanização em Sintra está ilegal há mais de 20 anos | Jornal das 8 | TVI Player

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"Exclusivo": Urbanização em Sintra está ilegal há mais de 20 anos | Jornal das 8 | TVI Player: No exclusivo desta quarta-feira olhamos para um problema que se arrasta há mais de duas décadas em Sintra. Uma urbanização com centenas de apartamentos, construída nos anos noventa, e que ainda hoje não tem todos os documentos legais necessários. O caso arrasta-se nos tribunais e já levou à falência alguns dos promotores originais do projeto.



sábado, 23 de julho de 2022

Presidência Aberta em Algueirão Mem Martins (jul2022)

As requalificações dos espaços públicos da nossa freguesia foram o principal foco de trabalho na visita dos serviços da câmara municipal de Sintra à freguesia. Ao longo da manhã foram vistos, divulgados e discutidos os projetos propostos para o enriquecimento cultural e habitacional em Algueirão-Mem Martins.

A Quinta da Marquesa, na Tapada da Mercês, é um dos maiores projetos habitacionais no concelho de Sintra. A importância do ambiente e sustentabilidade, do urbanismo e mobilidade intensificam o projeto na valorização da urbanização. O espaço verde e a linha de água natural farão deste, um projeto onde os principais objetivos serão a qualidade de vida e a valorização do meio ambiente.
O Parque Josefa d’Óbidos foi outro dos temas abordados, assumindo-se a necessidade de uma intervenção que trará aos moradores da Tapada das Mercês um espaço com aproximadamente 5000 m² dedicados ao lazer e ao desporto infantil e juvenil. Para além dos atuais equipamentos, é intenção da autarquia construir com um novo parque infantil com aproximadamente 550 m², a requalificação do skate park já existente e a criação de um espaço de street work out com cerca de 800 m² envolvidos com espaços verdes e caminhos de aproximadamente 1900 m².
Já a requalificação do Parque Urbano de Ouressa tem como principal objetivo a segmentação de idades por espaços dedicados ao desporto e lazer. Neste local está contemplada a separação do Street Work Out do Parque Infantil, criando duas zonas totalmente autónomas e distintas. Para além disso, será construído um skate park e um dog park.

Por fim, visitou-se a estação da CP de Algueirão-Mem Martins e abordou-se a necessidade de requalificação da mesma e da sua zona envolvente. No projeto apresentado pelas Infraestruturas de Portugal (IP), foi possível vislumbrar uma reformulação de todo o espaço da estação, com especial atenção pela segurança, acessibilidade e qualidade na utilização de transportes públicos da freguesia de Algueirão- Mem Martins. Para além disso, também a Câmara Municipal de Sintra, apresentou um projeto de requalificação de toda a área envolvente, nomeadamente na zona do Algueirão, com a criação de bolsas de estacionamento.

quarta-feira, 13 de julho de 2022

[NIT] O novo desafio da Grande Lisboa já foi superado: comer 7 hambúrgueres em 6 minutos

 Sete tentaram e falharam. Além da carne é preciso comer todos os acompanhamentos: o pão brioche, os ovos, o bacon, entre outros.



Faltavam dois segundos para o cronómetro chegar aos seis minutos. Antes da contagem terminar, Mutante, como é conhecido, conseguiu superar o desafio enfarta brutos do novo DSBurger: comer uma torre com seis hambúrgueres. “Veio com um amigo, mas só ele é que conseguir acabar tudo dentro do tempo”, explica à NiT Fernando dos Santos, 30 anos, o responsável pela nova hamburgueria de Mem Martins.

“Já seguia este tipo de desafios que se fazem no estrangeiro. Quando decidi abrir um restaurante, pensei logo em ter algo do género.” Apesar de ser fã destes challenges, tentou superar o que idealizou para o DSBurger, mas não conseguiu.

O restaurante foi inaugurado em março. Nestes dois meses após a abertura já foram sete os corajosos que pediram o desafio Hambúrguer 360. Só um ficou apto a entrar na espécie de quadro de honra que ainda está a ser construído.

Além de sete hambúrgueres com 100 gramas cada um, para vencer o desafio tem de comer tudo o que os acompanha. O pão brioche, dois ovos, uma salsicha toscana, sete fatias de queijo cheddar, sete tiras de bacon, milho, cebola, ervilhas e cogumelos.

Quem conseguir comer tudo isto nos seis minutos não paga os 25€ que custa esta sugestão. Também é possível encomendar esta torre para casa através das plataformas de delivery da Glovo e da Uber Eats. Ainda assim, terá sempre de o pagar, mesmo que desafie alguns dos seus amigos em casa. A oferta só é válida se a proposta for comida no restaurante — e apenas se o conseguir fazer dentro do tempo estipulado, claro.

Fernando já pensa em criar um novo desafio. Deverá estar disponível dentro de algumas semanas. Certo é também que se irá expandir até à Margem Sul. “Não será um restaurante, mas sim um espaço de street food. A oferta será idêntica à de Mem Martins.”

Este é o primeiro restaurante que abre. Há um ano inaugurou um talho próprio — o Talho DS — na Amadora, depois de vários anos a trabalhar como cortador de carnes noutros espaços do género. Pode não ser uma questão que surja imediatamente, mas quiser saber o porquê do DS, a resposta é simples: vem do dos Santos no nome de Fernando.

Toda a carne que serve no restaurante vem do talho do qual é proprietário. Os hambúrgueres de 130 gramas não preparados apenas com carne do acém. Já os de 100 gramas juntam carne de vaca e de porco.

Tirando o desafio, pode passar pelo espaço e fazer uma refeição com um tamanho mais normal. As sugestões incluem, por exemplo, o Toscano Burger, com salsicha toscana, queijo, milho e alface (8€), o Big DS Burger, com ovo, bacon, queijo, cebola frita e molho barbecue (7€), ou o Morto de Fome, com dois hambúrgueres, ovo, ananás, queijo e tomate (8€).

No menu encontra ainda alguns petiscos, como os bites de frango (3,50€), as bolinhas de alheira (4€), aros de cebola (5€), pica-pau (7€), prego no pão (3,50€) ou a morcela assada (5€). “Vamos também criar pratos do dia e até propostas de pequeno almoço. Daqui a umas semanas vamos passar a servir a partir das oito da manhã”, revela Fernando dos Santos.

Apesar desta alteração de horário e de mais opções na carta, o desafio ficará restrito aos hambúrgueres.

https://www.nit.pt/comida/o-novo-desafio-da-grande-lisboa-ja-foi-superado-comer-7-hamburgueres-em-6-minutos