"É estranho", segundo os Bombeiros, a origem do fogo que anteontem à noite deflagou no Cinema Chaby, no Algueirão, como noticiámos e que a Policia Judiciária foi chamada a investigar.
O incêndio começou no sector esquerdo da plateia, destruindo esta zona, bom como todo o balcão, segundo disse o segundo-comandante dos Bombeiros do Algueirão.
Francisco Rosado dos Santos considerou que a origem do fogo - cujo primeiro alarme foi dado por populares cerca das 20h35 de 4ªfeira. - é "estranho", já que a sala estava fechada e de encontrava no lado esquerdo da plateia um "monte de cadeiras" que não pertenciam ao local.
"O fogo poderia ter atingido proporções muito mais graves - porque os assentos das cadeiras continham muita espuma - se não fosse os bombeiros terem chegado ao local rapidamente", acrescentou.
Entretanto, a Policia Judiciária deslocou-se ao local, por ter sido levantada a suspeita de fogo posto.
O Cinema Chaby, com cerca de três décadas de existencia e já desativado, situa-se no centro do Algueirãoe pertence, segundo o mesmo responsável dos Bombeiros, à Lusomundo, uma das grandes empresas portuguesas na área da distribuição cinematofráfica.
Francisco Rosado dos Santos, acompanhado de um perito da Judiciária em incêndios, voltou ao local, que esteve isolado por efetivos da GNR. Do Combate ao fogo, em que estiveram envolvidos , além dos bombeiros locais, os de Sintra, São Pedro de Sintra, Cacém, Colares e Almoçageme, totalizando cerca de 200 homens e 20 viaturas, resultaram quatro intoxicados e um ferido ligeiro, o sub-chefe Eugenio Melo, da Corporação do Algueirão.
O incêndio foi detectado pouco depois das 20h30 de 4ªfeira, e a pronta intervenção dos Bombeiros , que em poucos minutos estavam no local, deveu-se ao facto de ter sido mesmo um elemento da corporação, que se encontrava numa ambulância no centro da vila, a aperceber-se da existência de fumo no edifício.
Uma hora mais tarde, o combate às chamas foi dado por terminado, e às 22h o fogo era considerado extinto.
Projeto para edificar um Centro Comercial
Fonte dos Bombeiros revelou, por outro lado, a existência de planos para construção, naquele local. O projecto - edifício com 7 pisos, cinema, garagem e armazém - não mereceu a aprovação da corporação por falta de condições de segurança, o que levou a Câmara de Sintra a reprovar igualmente a construção.