Tempo em Algueirão Mem Martins

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domingo, 9 de setembro de 2018

Cavalhadas em 2018 [video]

Este ano, no decorrer das Festas de Nossa Sra da Natividade em Mem Martins, realizou-se uma recriação das antigas Cavalhadas. Foi bom relembrar...











quinta-feira, 16 de agosto de 2018

[JFAMM] Ermida das Mercês


A origem do nome “Mercês” nas localidades Mercês e Tapada das Mercês está diretamente ligado a esta Ermida. Sebastião José de Carvalho e Melo, popularmente conhecido por Conde de Oeiras e Marquês de Pombal, e sua família eram grandes devotos da Senhora das Mercês e foram todos batizados na Paróquia das Mercês em Lisboa. Como eram proprietários de terras no Algueirão tinham uma capela com altar – a atual Ermida da Tapada das Mercês.

A procissão popular à Senhora das Mercês remonta ao século XVIII estimulada pela família de Marquês de Pombal para rentabilizar o espaço. Apesar da tradição local indicar que a Feira das Mercês é bastante anterior ao século XVIII, as primeiras citações documentais à Feira e Procissão da Senhora das Mercês reportam apenas à segunda metade do século XVIII, quando em 1780, a Rainha D. Maria I autorizou os moradores circundantes à Ermida de Nossa.Senhora das Mercês a comemorarem a Feira das Mercês no terceiro e quarto Domingos de Outubro.



terça-feira, 17 de julho de 2018

História de Mem Martins

No limiar dos anos trinta, Mem Martins era, tal como as localidades circunvizinhas, uma pequena aldeia onde viviam e laboravam os seus habitantes, cerca de 20 famílias, dedicando-se ao amanho das terras, pobres de fecundidade e ainda a duas actividades industriais – passe o pretensiosismo do termo – à exploração do mármore e ao fabrico de queijadas.

No mármore havia só um industrial, o Zé d’Outeiro, de seu nome José Pedro de Outeiro, que explorava a sua pedreira de mármore preto, único no País e talvez no mundo, pena sendo que as características desta pedra a tornassem, com o evoluir do comércio, bastante onerosa, estando actualmente estagnada a sua exploração.

Sendo Mem Martins um localidade servida de fácil transporte para Lisboa – o “pouca terra” levava hora e picos com direito a chamusco! – dotado de boas águas e óptimos ares indicados para a cura de vários males, incluindo o “mal d’amor”,  começou a ser frequentada por veraneantes, os quais, senão todos a grande maioria, graças aos predicados atrás referidos , por cá se foram radicando.

Entre outras as famílias: Fontes, Roy, Alvarez, Mourinho, Anjos Teixeira, Caminha, Guilhermina Silva, Álvaro de Sousa, Cortês, Salvação Barreto, Namorado de Aguiar, Sasseti, Queirós de Barros, Henrique Pereira, Tomaz de Lima, João Silva Marques, etc., etc …
Em meados de 1930 e depois da experiência da construção da Escola Guerra Junqueiro, construída só com a carolice e bairrismo do povo de Mem Martins, em colaboração com alguns dos citados veraneantes, aproveitando o entusiasmo do êxito alcançado, a mesma gente de bem meteu mãos à obra e arcou com a responsabilidade de levar por diante a construção de uma Capela, coisa rara nas redondezas, já que a mais próxima era a Igreja Matriz de S. Pedro de Penaferrim.

Formada a Comissão aos vinte dias do mês de Agosto de mil novecentos e trinta – chamada COMISSÃO DE MELHORAMENTOS DE MEM MARTINS – encabeçada por esse bairrista nato que se chamou Artur Soares Ribeiro o qual foi também o impulsionador da construção da Escola, esta Comissão era composta, além do atrás já mencionado, pelos Senhores:
        - Dr. Joaquim Moreira Fontes
        - António Lopes Alvarez
        - Henrique Conceição Pereira
e pelas Senhoras:
        - D.ª Antónia Gomes da Costa Fontes
        - M.me Marie Claire Roy
        - D.ª Maria de Deus Lopes.
Esta Comissão foi mais tarde, conforme deliberação tomada por unanimidade – Acta n.º 3 de 4 de Novembro de 1930 - , reforçada com a adesão dos Senhores:
        - José Vicente
        - Manuel João Morais
        - Joaquim Henriques
        - José Pedro d’ Outeiro
        - Manuel Hilário
        - António Dionísio e
        - Vicente Regalo.
Para a construção da dita Capela foi adquirido um terreno desanexado do baldio então chamado “Rocio da Fonte”, à Câmara Municipal de Sintra, em hasta pública efectuada nos Paços do Concelho em 23 de Outubro de 1930, pelos Srs. Artur Soares Ribeiro e Henrique Pereira, por Esc. 288$00, incluindo as despesas da sisa e da escritura!

Posteriormente, os citados adquirentes, membros da Comissão, ofereceram a esta o terreno arrematado – Acta n.º 2 de 23 de Outubro de 1930.

Baseado no projecto do Arquitecto Félix Alves Pereira e sob a responsabilidade de José Máximo dos Reis iniciaram-se as obras com o lançamento da primeira pedra, cerimónia que teve lugar no dia 29 de Março de 1931.

Festa rija, prelúdio do que mais tarde viria a ser a nossa festa, com divertimentos e “atracções”, estas e aqueles orientados para atrair as “massas”, tão necessárias ao arranque do empreendimento.

Deram solenidade ao acto, com a sua presença, além de todos os elementos da Comissão, os senhores: Abílio Cardoso em representação da CM Sintra, Padre Carlos Azevedo, Escultor Anjos Teixeira, Dr. Guilherme Pinheiro, Jorge Soares, etc., tendo até sido filmado o acontecimento.

Deste filme nada se sabe; perdeu-se-lhe o rasto. Sabe-se sim, e apenas, o que ficou registado no livro de contas da Comissão: “Verba 32 – Filmagem do lançamento da primeira pedra – 73$80”.

Não teriam decorrido as obras no ritmo desejado, não devendo ser estranho a tal morosidade a falta daquilo que faz andar as obras: - o capital.
No entanto, pedincha daqui, ajuda dali, cravanço dacolá, alicerçados na boa vontade da população que, muito embora não tivesse posses para grandes ajudas financeiras, correspondia com dádivas substanciais no sector da mão-de-obra, esses HOMENS vêem a obra concluída em 1933.

Rainha D.Amélia
Citar nomes de pessoas que colaboram com a Comissão, além de fastidioso seria desaconselhável, porque se correria o risco de qualquer omissão, há no entanto que referir o nome de Sua Majestade a Rainha Dona Amélia que, do exílio, enviou o seu donativo destinado à compra da imagem de Nossa Senhora da Natividade, a Padroeira escolhida, provando com essa sua atitude filantrópica o quanto gostava de Portugal e dos Portugueses.
Também pela obra que legou à Capela merece referência o nome de Alfredo Carreiras. Foi ele, escriturário de profissão, marceneiro/entalhador por sacerdócio, que durante anos ocupou todos os seus tempos livres na feitura dos andores destinados às imagens existentes na Capela. Fazia-os ao ritmo de um por ano.
Ali se podem apreciar os andores destinados a Sto. António, Sta. Teresinha, Rainha Sta. Isabel e Sagrado Coração de Jesus, cada um com motivos alegóricos à imagem a que se destina.

Autênticas obras de arte, pena sendo que, por razões desconhecidas, tenha deixado o mundo dos vivos sem ter conseguido o seu sonho: Dotar a Capela com tantos andores quantos as imagens que tradicionalmente desfilam na procissão.
No verão daquele ano, com o pretexto de assinalar o acontecimento, organizam-se as Festas em honra da Padroeira, nos dias 3 e 8 Setembro, as quais tiveram a presença de destacadas entidades civis e religiosas.

Dentre outras, o Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Sintra, Major Craveiro Lopes – mais tarde Presidente da Republica – e Sua Eminência o Cardeal Patriarca de Lisboa D. Manuel Gonçalves Cerejeira.
Muito público e segundo o “DIÁRIO DE NOTICIAS” de 4 de Setembro: “ … assistiram às cerimónias pessoas em evidência na colónia de verão de Mem Martins e Sintra, com os Srs. Afonso Dornelos, Dr. Tomas Gambôa, Coronel Correia dos Santos, senhoras e entidades oficiais”.
A atestar pelas individualidades presentes, fácil será deduzir que a Festa foi um êxito quer no aspecto social, cívico e religioso, quer também no financeiro pois, segundo consta do Balancete de 30 de Novembro de 1933, o saldo positivo foi de Esc. 665$10 a favor da Comissão e Esc. 221$70 a favor do Hospital.

Não foi por acaso que as Festas de Mem Martins tiveram continuidade e chegaram aos nossos dias. Estava na mente dos organizadores que assim fosse pois as notícias inseridas no “DIÁRIO DE NOTICIAS” de 17 de Agosto de 1933 e no “SECULO” de 20 de Agosto de 1933 o deixavam antever.
Rezam assim:
 Esta Festa é o início duma romaria anual, que este ano deve ser muito concorrida, devido à forma como está organizada, havendo já muitos lugares marcados para barracas de negócio e divertimento”.
A vontade dos homens foi cumprida, as Festas, passado por algumas vicissitudes, chegaram aos nossos dias prosseguirão pelos tempos fora, graças à vontade de outros HOMENS.
Os despretensiosos apontamentos que aqui ficam têm como objectivo:
Registar sucintamente, para a posteridade, como, quando põe quem foi erigida a Capela de Mem Martins, bem como tradição das FESTAS EM HONRA DE NOSSA SENHORA DA NATIVIDADE.

Prestar uma singela homenagem às pessoas que, com grande entusiasmo, enorme esforço e inabalável persistência, levaram a efeito aquela iniciativa, demonstrando o seu amor à sua terra natal ou onde se radicaram até aos últimos anos da sua vida.

E, finalmente, incentivar as gerações actuais, no sentido de manterem as tradições dos seus antepassados, procurando suplantá-los no amor e dedicação ao progresso da sua Terra.
MEM MARTINS, Setembro de 1982

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Incêndio na Escola Secundária de Mem Martins

Foto antiga (escola da rodoviária)
Foi no dia 15 junho de 1991 que durante a madrugada, deflagrou um incêndio na Escola Secundária de Mem Martins, mais concretamente no Pavilhão Central, onde se localizam os Serviços Administrativos, Sala dos Professores, Papelaria, Conselho Directivo, etc.
 











Apesar de já terem passado vários anos, e de eu ser uma criança nessa altura, se bem me lembro (mas não tenho a certeza desta informação), tratou-se de fogo posto, com intuito de destruir informação que se encontrava naquele pavilhão.

Certamente, muita gente mais velha do que eu, se vai relembrar deste acontecimento, e estará muito mais bem informado do que eu.



O Dia 15 de Junho de 1991 ficará gravado na história desta escola, que apesar de estar situada na freguesia de Rio de Mouro, é a Escola Secundária de Mem Martins.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

[antes/depois] Estrada de Mem Martins

Na 'Estrada de Mem Martins' quase a chegar à estação da CP podemos comparar as diferenças...

»»» Antes

»»» Agora [2018] 

quarta-feira, 28 de março de 2018

[RTP Memória] 'Casa de Artistas' - 'As miúdas de Mem Martins'


Esta semana na 'RTP Memória', no programa ''Casa de Artistas' apresentado por Serenella Andrade, podemos assistir à atuação de Magda Carvalho e Vanessa Silva, 'As miúdas de Mem Martins'



domingo, 18 de março de 2018

1986 em Algueirão Mem Martins [video]

Esta semana começou uma nova série nacional na RTP, da autoria de Nuno Markl, 1986.
A história passa-se quando se disputava a segunda volta das eleições presidenciais, entre Freitas do Amaral e Mário Soares, e os lemas se dividiam entre "P´rá Frente Portugal de Freitas" e "Soares é fixe". Numa época onde se alugavam VHS no clube de video e se compravam Singles e/ou LP de musica...

... e em Algueirão Mem Martins, neste ano, junto à estação da CP em Mem Martins, era visível a luta eleitoral, e ao fundo, um cartaz publicitário ao 'Centro Comercial Bela Vista', que foi inaugurado em 1980, 2 anos depois do 'Drugs'. O "Galaxia" seria inaugurado em Dezembro de 1982.


Em 1986 foram inauguradas as instalações dos CTT na Rua da Azenha, encerrando assim as estações do Algueirão e da Estrada de Mem Martins. Neste ano foi também inaugurada a piscina coberta do Colégio Afonso V, e começou a publicação do "Boletim 921"

domingo, 28 de janeiro de 2018

Apeadeiro do Algueirão


Uma foto antiga e uma memoria para muitos, do antigo apeadeiro de Algueirão....
... mas o que é que mudou???

sábado, 13 de janeiro de 2018

Old - Procissão de nossa Senhora da Natividade

Será que conseguem identificar o local onde passava a Procissão de nossa Senhora da Natividade na foto abaixo?
...algures por Mem Martins...

sábado, 6 de janeiro de 2018

Estação de CP de Algueirão Mem Martins

Os anos passaram ... descobrem muitas diferenças???
... isso, o comboio... 
bem-vindos à estação da CP de Algueirão Mem Martins

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Autocarros do 'Colégio Afonso V'

Ainda te lembras quando circulavam pela vila de Algueirão Mem Martins os autocarros do 'Colégio Afonso V' no transporte dos seus alunos???





domingo, 27 de agosto de 2017

Larmanjat - Requiem


Sem causar grande espanto na opinião pública, e apenas 2 anos após a sua inauguração, o Diário Ilustrado de 08/04/1875 publicava: «a partir de hoje o Larmanjat suspende provisoriamente as carreiras de passageiros, mantendo-se contudo as de mercadorias» 



Mas o mais curioso é que no mesmo número desse jornal, como aliás em alguns outros, a ‘Lisbon Steam Tranway Company’ publicou um anúncio onde se lia: «a contar do dia 8 do corrente em diante será interrompido o serviço de passageiros do Larmanjat». Poucos dias depois, a 16 de Abril podia ler-se no Jornal do Comércio «MORREU O LARMANJAT – a empresa da linha férrea do systema denominado Larmanjat foi entre nós uma tentativa malograda. Mais de mil contos de reis estão hoje completamente aniquilados nos trabalhos e no material dessa linha, irrevogavelmente condenados pelas incontestáveis demonstrações da experiência. Lamentamos a perda de um capital considerável; e pesa-nos que se frustrassem os esforços empregados em benefício da viação entre Lisboa e Sintra»

Como fecho da “estória” transcreve-se uma poesia, aliás de fraco valor poético, da autoria de Luis de Araújo publicada no Diário de Noticias:

Necrológio do Larmanjat
pobre, pobre Larmanjat
não descarrilas já!
de ti hoje resta apenas
umas barracas pequenas
uns poços de d’agua salobra
tabuas que arrancam rapazes
mil raills aos ‘zigue-zagues’
similhando enorme cobra!
há uma circunvalação
um enorme barracão
que se chamava estação
machinas e vagons velhos
pregos idem de sobejo
enorme material
augura um triste final.



Texto de Zé de Fanares e Hugo Nicolau

sábado, 26 de agosto de 2017

Larmanjat “a noticia”

O acontecimento da chegada do Larmanjat a Sintra foi, como não podia deixar de ser, “a notícia”. Saloios e alfacinhas, pobres e ricos, novos e velhos e principalmente gente letrada, incluindo a classe política, não falavam de outra coisa. Em Mem Martins, muitos gabavam-se de ter assistido à sua primeira passagem, na Estrada Real.


Os jornais da époc
a não ficaram indiferentes. Transcreve-se a notícia publicada no diário ilustrado do dia 3 de Julho de 1873: «Ás 9horas da manhã de hontem, 2 de Julho, partiu da estação provisória das portas do Rego um comboyo, levando muitos dignitários e os representantes da imprensa de Lisboa. A locomotiva era o nº7 e puxava quatro carruagens.

O trajecto entre as estações de Lisboa e Cintra fez-se regularissimamente em duas horas menos cinco minutos. Houve três paragens de alguns minutos em Bemfica; no Cacem e em Reinholas, consumindo-se entre todas não mais talvez de um quarto de hora, e metendo a machina água, nas duas últimas (…)


Na estrada, à saída de Lisboa, muito povo presenceava este acontecimento notável, que representa mais um passo no caminho do progresso d’este paiz. Em todo o caminho havia muito quem o saudasse. E na Villa Estephania, estavam junto da estação, adornada com flôres e bandeiras, muitas damas e muitos cavalheiros; a charanga de lanceiros que tocava o hymno de el-rei o sr.D.Luiz I; e uma força de infanteria 5.

Era geral a alegria que se manifestava no semblante de todos. Subiram ao ar muitos foguetes. A impresa de Lisboa prestou a devida homenagem a este melhoramento que vae collocar, para assim dizermos, o paraíso de Byron ás portas da capital do reino
»


Texto de Zé de Fanares e Hugo Nicolau.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Festas de Mem Martins em 1983

As Festas de Nossa Senhora da Natividade em Mem Martins tiveram inicio em 1933, e no ano que festejaram os 50 anos festejaram-se de 3 a 11 de setembro e tiveram a presença de 'Tonicha' e dos 'C.T.T.'


quinta-feira, 15 de junho de 2017

Noutros tempos da Juromenha

Noutros tempos, quando frequentar a escola Visconde Juromenha também significava uma viagem até à floresta…

… os alunos mais ousados e mais arriscados, quando tinham tempos livres, saiam da escola para ir até à ‘Fonte do Pinhal do Escoto’, ou até mais longe, para o lago da ‘Quinta do Molhão Pão’…
Quem se lembra???