Tempo em Algueirão Mem Martins

terça-feira, 20 de outubro de 2020

[TSF] A pandemia "pôs fim" ao Progresso

Tinha 78 anos, era uma das coletividades mais ativas do concelho de Sintra, mas o Progresso Clube foi obrigado a fechar por causa da crise. Na rua, ficam histórias para contar e gente que se viu, de repente, sem a "segunda casa".



https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/a-pandemia-pos-fim-ao-progresso-12938453.html

Desde os dias quentes de julho, que o silêncio tomou conta da praceta do Progresso Clube, em Algueirão - Mem Martins. O burburinho constante das conversas à porta do clube, o "entra e sai" de gente todas as idades, foi substituído apenas pelo som do vento, de um ou outro carro que passa, de um ou outro cão que ladra, ao longe.

A "nova sede", inaugurada em 1992, edifício de vários andares, com inúmeras modalidades desportivas e incontáveis iniciativas culturais, é agora um edifício vazio de pessoas, sem vida. "Conforme decisão da Assembleia Geral Extraordinária de 6 de julho de 2020, o Progresso Clube encontra-se encerrado". O letreiro na porta é claro. Chegou o fim.



"Uma dor muito grande, quando fechou"
Ao final de uma tarde ventosa de outono, é aqui que nos encontramos com Irene Ferreira. Foi neste edifício que começou a dar aulas de ginástica com 23 anos. Já lá vão 37. Veio de Santarém à procura de emprego. Consegui-o no Progresso e por ali ficou até ao último instante. Foi "uma dor muito grande", o encerramento.

Nas quase 4 décadas que se seguiram a esse dia de 1983, em que recebeu os primeiros alunos, Irene Ferreira deu aulas a miúdos e a graúdos de todas as idades, fez amigos para toda a vida e criou uma carreira de sucesso.

Lembra, por exemplo, as diversas idas à Gymnastrada, talvez o maior evento mundial de ginástica, em conjunto com outros clubes da zona de Sintra. "Fomos à Suécia, à Suiça, à Áustria, à Holanda". Eventos que também serviam para estreitar laços, que ainda hoje continuam apertados.


"Preencher o coração"

Por baixo da máscara, adivinha-se-lhe o sorriso, ao falar, com carinho, da sua aluna mais velha. A Dona Manuela tem 75 anos e começou a ir às aulas de Irene ainda no "velho" Progresso, já lá vão mais de 30 anos. Hoje é uma "referência": "é ela que faz o bolo de maçã, os pastéis de bacalhau.... é uma forma de a manter aqui." Mas ainda faz todos os exercícios. "Mais devagar, mas faz tudo", garante.

Como Manuela, eram muitos os idosos de Mem Martins e do Algueirão que tinham no Progresso Clube uma verdadeira família, uma forma de enganar a solidão. Um simples bolo de aniversário pode fazer a diferença. "Parece que não é importante, mas, para quem não tem este tipo de apoio em casa, preenchia o coração".
Foi assim durante 78 anos. Até que a pandemia agravou dificuldades que vinham de trás. Sem uma nova direção, os sócios aprovaram o encerramento em pleno verão quente de 2020. Uma decisão que parece não ter volta a dar.
A TSF contactou a direção demissionária do clube e também a Junta de Freguesia de Algueirão - Mem Martins, para tentar perceber se existem planos para uma eventual reabertura do Progresso Clube, mas ninguém esteve disponível para falar sobre o assunto.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

[TV Record] Na Tapada das Mercês, criança cai do 9º andar


Um menino de seis anos morreu depois de cair da varanda do nono andar na Tapada das Mercês em Sintra. Três crianças estavam sozinhas em casa.

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quarta-feira, 16 de setembro de 2020

COOKIE JANE // Trudumtumtum

“Eu sou uma pessoa que observa muito. Enquanto crescia, muitas vezes fui obrigada a não me defender e a ficar calada, e isso me ajudou a observar mais e calar. Desde que entrei nesta indústria musical observei várias coisas. No que toca a ser uma mulher black existe muito colorismo. Muito preconceito com dark skin women, e isso é triste. Muitos dos homens que me fazem esse preconceito também são blacks. Acontece muito. Também acontece homens darem a dica nas mulheres, ‘ah, tu queres subir? Ok, vamos nos envolver. Se tu me deres a tua pipoca, eu te meto no topo’. Isso também acontece muito. É triste. E eu não preciso de dar o meu corpo para subir. Se for para subir, eu vou subir sozinha, mas não vou dar o meu corpo para me meteres no topo. Não preciso da tua ajuda. E já houve pessoas lá de cima a fazerem isso”, conta em franca e desarmante conversa com o Rimas e Batidas a rapper nascida na Tapada das Mercês e criada na linha de Sintra. “É difícil entrar na indústria musical, há muitas pessoas que dizem que te vão ajudar, mas depois não vão fazê-lo. As pessoas têm que ser persistentes. Eu tive que meter na minha cabeça que não podia contar com todo o mundo, mas também não podia desistir. Se é aquilo que eu quero, tenho que ser persistente e ir à luta.”


Fotografia: Agnes
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quarta-feira, 26 de agosto de 2020

[Correio Manhã] Médica morre afogada em Alvor


A mulher de 68 anos que morreu domingo após ter sido retirada em paragem cardiorrespiratória do mar, na praia de Alvor, Portimão, era Maria José Reis, médica de família do Centro de Saúde de Algueirão Mem-Martins, Sintra, recentemente reformada.

De acordo com os seus antigos utentes, que lamentaram a morte nas redes sociais, a mulher encontrava-se de visita a uma filha.

O alerta foi às 13h50. Maria José Reis ainda foi assistida por nadadores-salvadores, Polícia Marítima, militares, bombeiros e INEM, mas morreu à chegada ao hospital.