Foi no final do verão de 1988 que deflagrou em São Carlos, um perigoso incêndio industrial em Mem Martins.
Tudo começou no armazéns da "Printer Portuguesa" e rapidamente propagou-se para as instalações da "Duraplás". Tratava-se de armazéns construídos em chapa, com uma grande quantidade de produtos inflamáveis, que deram origem a violentas explosões. O incêndio atingiu proporções incrivelmente alarmante.
A "Printer Portuguesa" é uma gráfica, que actualmente está instalada no Alto Forte, e a "Duraplás" era uma empresa de plásticos industriais (fabricava, por exemplo, quiosques de venda de jornais)
As explosões eram visíveis e audíveis a grande distância. Estiveram presentes 31 corporações de bombeiros com 506 homens, e 127 viaturas. Lembro-me que na altura, se dizia, que vieram carros de bombeiros do aeroporto de Lisboa para combater este incêndio.
A Cruz Vermelha montou um hospital de campanha no exterior da "Printer Portuguesa" tendo assistido 75 elementos, dos quais 10 seguiram para a SAP de Mem Martins (na Av.Chaby Pinheiro), 23 para o Hospital de Sintra (no centro da vila) e 6 para o Hospital de São José, em Lisboa.
No dia seguinte, os estores das vivendas em frente ao local do incêndio estavam derretidos. Na altura, foi bastante falada à má abordagem por parte dos bombeiros, a falta de preparação e o desconhecimento das matérias primas armazenadas. Estou certo, que hoje tudo seria encarado de outra forma, mas naquele dia de 1988, poderia ter ocorrido uma grande catástrofe.
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vista aérea do local do incêndio, na Rua Dr Sousa Martins, em São Carlos |