Abriu hoje, dia 2 de Março de 2015 o novo posto dos CTT na loja RIMA no Floresta Center. Agora as pessoas que moram na Tapada da Mercês já têm os CTT ao pé de casa.
Tempo em Algueirão Mem Martins
segunda-feira, 2 de março de 2015
O Crime do Casal de Vale de Milho no Algueirão
Foi há 210 anos...
Texto do livro "Descobrir Algueirão-Mem Martins", de Dulce Pinto
Casal do Vale de Milho - Algueirão |
Documentos
avulso relatam-nos episódios, de maior ou menor importância histórica passados
na freguesia.
É
o caso de uma nota referente à hecatombe acontecida na noite de 2 de Março de
1805, no Casal de Vale de Milho, não longe do Algueirão.
Foram mortas cinco pessoas, conforme o afirma a lápide que relembra o crime, com as suas cinco cruzes esculpidas no Altar.
Foram mortas cinco pessoas, conforme o afirma a lápide que relembra o crime, com as suas cinco cruzes esculpidas no Altar.
lápide desaparecida |
O
escândalo provocado pelo crime, levou Pina Manique, por ordem do Príncipe Regente D.João, futuro D.João VI, a atribuir uma avultada recompensa a quem
denunciasse os criminosos. Mas ninguém mereceu o prémio. Os mortos jazem na
Igreja de São Pedro de Penaferrim.
Dom João VI e Dona Carlota |
Embora
a causa do crime se mantenha ignorada, reza a tradição que os assassinatos se
deveram ao desejo de esconder os amores pecaminosos de D. Carlota Joaquina, mulher do príncipe D.João.
Sousa
Viterbo afirma até que os criminosos haviam partido de Mem Martins, do vizinho
Casal de Ouressa, e acrescenta terem sido estes os últimos condenados a serem
expostos no Pelourinho de Sintra.
Texto do livro "Descobrir Algueirão-Mem Martins", de Dulce Pinto
domingo, 1 de março de 2015
* OpiniãoAMM: Porque não penso sair de Mem-Martins
(Jornalista e autor literário)
Nunca
ponderei em sair de Algueirão-Mem-Martins. Em jeito de gracejo, os meus amigos
que em Mem-Martins não habitam, troçam comigo pelo meu bairrismo exacerbado.
Provavelmente
sê-lo-á, não sei, mas sinto que é esta a terra a que pertenço e que, de algum
modo, também um pouco dela me pertence. Embora a vida profissional não me
permita fazê-lo tão amiúde como gostaria, regularmente não digo não a um passeio
pela terra onde habito desde que me conheço como gente. Gosto da sensação única
de cumprimentar com um olhar cúmplice pessoas cujo rosto conheço de toda a vida,
mas que nunca me foram formalmente apresentadas. Desfruto da sensação de passear
pelas ruas onde dei os primeiros passos nos tempos de meninice e de me
aperceber das coisas que mudaram ou simplesmente daquelas que, por uma razão ou
outra, teimam em não mudar.
Aprecio o característico cheiro a “comboio” que provém da velhinha estação de caminho-de-ferro ou o inigualável aroma de pão acabado de fazer que emana da decana padaria Primavera. O jornal parece ter mais cor quando comprado na papelaria Afonso V, onde durante anos a fio aguardei ansioso pela chegada dos novos manuais escolares. Sempre que a carteira o permite, registo os meus boletins nos jogos da sorte e azar no café do Zé do Nicho, outro dos locais emblemáticos que fazem parte do meu imaginário e onde há décadas a minha há muito falecida avó me ensinou a registar a primeira aposta nos embrionários meses de vida do então imberbe totoloto. Uma época, agora longínqua, em que se aguardava colado ao ecrã e em tom esperançoso o veredicto soberano de uma tômbola que então me parecia ter tanto de injusta como de mágica.
Religiosamente,
continuo a orgulhar-me de nunca faltar às festas da Nossa Sra da Natividade.
Não o faço por especiais razões de fé, embora não seja desprovido da mesma.
Faço-o pela oportunidade de celebrar a nossa vila, vivenciando de perto um dos expoentes
máximos da vida em comunidade da mesma, e também, confesso, porque durante o
ano nenhuma outra fartura ou algodão doce me adocica tanto o palato como as que
ali compro. Sempre apreciei e continuo a apreciar os salutares momentos de introspecção
que continuo a ter no parque infantil da minha rua, local responsável por tantos
momentos de lazer e simultaneamente de justificados raspanetes da minha mãe.
Se
os episódios memoráveis aí vividos ficaram algures perdidos no tempo, os amigos
que aí fiz, esses, felizmente ficaram para a vida. Por vezes gente de fora,
pertinentemente, questiona-me se em Algueirão-Mem-Martins não me incomodam
questões como a insegurança crescente, o estacionamento cada vez mais escasso
ou os centros comerciais que pululam como cogumelos e asfixiam o comércio
local.
domingo, 22 de fevereiro de 2015
Historia do Cinema em Mem Martins
Prédio Condé
|
Em Mem Martins, os primeiros filmes foram projectados na parede exterior do 'Prédio Condé', no largo da Estação.
Estrada de Mem Martins nº254 |
Em 1940 foi inaugurado o 'Cine Mem Martins', na Estrada de Mem Martins nº254.
Em Setembro de 1947 foi inaugurado o 'Cine-Teatro Chaby', com 850 lugares e 7 espaçosos camarins em dois pisos
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
[Jornal da Região] Nova Igreja de Mem Martins
clica no link abaixo, para ler a noticia completa (pag3)
na edição nº18 do Jornal da Região
domingo, 15 de fevereiro de 2015
* OpiniãoAMM: Que futuro para AMM?
Texto Nuno Maior
(administrador do grupo facebook 'Por um Algueirão Mem Martins Melhor')
Muito se tem falado aqui no passado, nas recordações de infância que Algueirão Mem Martins (AMM) desperta em quem por cá passou ou, foi ficando… e que sorrisos isso me trouxe a recordar a minha própria infância. (Obrigado!)
No
entanto, gostaria de partilhar um outro olhar, um olhar de presente para que
possamos refletir no futuro, no nosso, e de AMM.
O que “é” AMM?
AMM
é uma “cidade” dormitório. A maior parte dos seus moradores trabalham fora da
zona, saem cedo de casa para defrontar o IC19, ou usarem os transportes
públicos até ao seu destino.
Isto
implica uma população que chega também tarde a casa, que não tem tempo para se
dedicar a outras atividades, sejam tarefas domésticas, ou lazer, como ir ao
ginásio, ou simplesmente disfrutar da família, descansar, ler, ou participar
ativamente na sociedade, através de associações de moradores, fazendo
voluntariado por exemplo…
Com
este “corre-corre” de um lado para o outro quem tem tempo….para… ir passear? E…
ir passear onde?
Quem
tem tempo para ir a oficina do Sr. “Joaquim” para dar “um jeito” no carro?
Quem
tem tempo para participar ativamente na “Sociedade”?
Isto
remete-me inequivocamente para o nosso presente, para uma vida levada a correr,
citadina e que quem mora nos “subúrbios” entende “bem”.
Uma
vida “desligada” do resto da comunidade envolvente, uma vida sem convívio com
o(s) seu(s) vizinho(s). Matou-se o conceito de Bairro!
Com
o narrado acima pretendo fazer uma relação. E essa relação é a proliferação das
ditas grandes superfícies, das grandes cadeias de oficinas, e de outro tipo de
serviços que estando deslocalizada fora das localidades (Porquê?) e com outro
tipo de horários mais abrangentes que (co)respondem a este estilo de vida do
“corre-corre”… Mas.. A que preço?
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