Tempo em Algueirão Mem Martins

domingo, 15 de fevereiro de 2015

* OpiniãoAMM: Que futuro para AMM?

Texto Nuno Maior
(administrador do grupo facebook 'Por um Algueirão Mem Martins Melhor')


Muito se tem falado aqui no passado, nas recordações de infância que Algueirão Mem Martins (AMM) desperta em quem por cá passou ou, foi ficando… e que sorrisos isso me trouxe a recordar a minha própria infância. (Obrigado!)


No entanto, gostaria de partilhar um outro olhar, um olhar de presente para que possamos refletir no futuro, no nosso, e de AMM.

O que “é” AMM?
AMM é uma “cidade” dormitório. A maior parte dos seus moradores trabalham fora da zona, saem cedo de casa para defrontar o IC19, ou usarem os transportes públicos até ao seu destino.

Isto implica uma população que chega também tarde a casa, que não tem tempo para se dedicar a outras atividades, sejam tarefas domésticas, ou lazer, como ir ao ginásio, ou simplesmente disfrutar da família, descansar, ler, ou participar ativamente na sociedade, através de associações de moradores, fazendo voluntariado por exemplo…

Com este “corre-corre” de um lado para o outro quem tem tempo….para… ir passear? E… ir passear onde?

Quem tem tempo para ir à mercearia do bairro fazer as suas compras, ou beber aquela cerveja (prometida há quanto tempo?) com o seu vizinho (que até o desenrascou daquela vez…)
Quem tem tempo para ir a oficina do Sr. “Joaquim” para dar “um jeito” no carro?
Quem tem tempo para participar ativamente na “Sociedade”?

Isto remete-me inequivocamente para o nosso presente, para uma vida levada a correr, citadina e que quem mora nos “subúrbios” entende “bem”.
Uma vida “desligada” do resto da comunidade envolvente, uma vida sem convívio com o(s) seu(s) vizinho(s). Matou-se o conceito de Bairro!


Com o narrado acima pretendo fazer uma relação. E essa relação é a proliferação das ditas grandes superfícies, das grandes cadeias de oficinas, e de outro tipo de serviços que estando deslocalizada fora das localidades (Porquê?) e com outro tipo de horários mais abrangentes que (co)respondem a este estilo de vida do “corre-corre”… Mas.. A que preço?

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