Tempo em Algueirão Mem Martins

domingo, 19 de abril de 2020

Feira das Mercês

A Feira das Mercês é a maior e mais característica feira da região saloia. O recinto onde ainda hoje se realiza localiza-se na Quinta das Mercês (ou da Marquesa), na zona norte da Tapada das Mercês. Integram o conjunto classificado a Capela de Nossa Senhora das Mercês, um cruzeiro, um edifício de caraterísticas pombalinas e ainda o célebre Muro do Derrete ou do namoro.

No interior da capela, situada fora do recinto da feira, encontra-se a imagem de Nossa Senhora das Mercês, muito venerada na freguesia de Rio de Mouro e que, no período em que decorre a feira é levada em procissão. O exterior do templo de linhas sóbrias, ostenta na fachada principal um portal encimado por frontão quebrado sobre o qual se abre um janelão de perfil retangular. Duas janelas quadrangulares de cada lado do portal e uma torre sineira localizada do lado direito, completam o traçado do alçado principal do edifício. No interior da capela, subsistem ainda alguns azulejos e um altar-mor em mármore com embrechados de motivos florais estilizados distribuídos por dois painéis, onde sobressaem as figurações do sol e da lua.

Segundo a tradição, é nos bancos conversadeiras do muro do Derrete que as "moças casadoiras" se deveriam sentar com os seus pretendentes. Este muro que corresponde certamente à cerca da antiga propriedade, apresenta ainda hoje dois antigos portões ladeados por pilastras rusticadas. De notar que estas entradas se situam em limites opostos do perímetro cercado, mas no mesmo alinhamento.

O cruzeiro, por seu lado, localiza-se no recinto da feira, apresentando uma cruz de pedra assente numa base quadrangular sobre três degraus igualmente em pedra.

Pelas caraterísticas gerais do conjunto que acabámos de descrever, considera-se que o mesmo deverá datar do século XVII, tendo sido posteriormente alvo de alterações.

História
Segundo a tradição, a Feira das Mercês seria herdeira de um antigo mercado árabe de transação de escravos. De facto, não é possível conhecer com exatidão as suas origens, sendo que a primeira referência se reporta à segunda metade do século XVIII (Memórias Paroquiais de 1758), onde surge descrita uma feira livre na povoação de Meleças, feira esta que já na altura se realizava nos últimos dois domingos do mês de outubro. Curiosamente neste documento não é referida a existência da capela.


Em 1771 a feira foi transferida para Oeiras por iniciativa do Rei D. José I mas, pouco depois, por ordem da Rainha D. Maria I, volta ao lugar original. De notar que o Marquês de Pombal, fiel devoto de Nossa Senhora das Mercês, para além de proprietário de uma importante quinta em Oeiras era também senhor dos terrenos onde se realizava a feira e implantava a capela das Mercês (Oliveira, Rui - Sinopse Histórica da Feira das Mercês. In http://www.alagamares.com/sinopse-historica-da-feira-das-merces-por-rui-oliveira).
Importa referir que a Feira das Mercês teve grande influência na economia de Rio de Mouro que, até à primeira metade do século XX, era uma freguesia essencialmente rural, com as suas quintas, hortas e criação de gado. Presentemente, a Feira das Mercês, perdeu grande parte das suas caraterísticas como feira saloia de venda de produtos agrícolas, gado e produção de louças artesanais, transformando-se num espaço onde se comercializam produtos sem ligação à região e um local de divertimento. Apesar disso ainda é possível encontrar as célebres maçãs de Colares, as afamadas peras pardas do litoral sintrense, as fogaças de erva-doce, o leitão assado de Negrais e a carne de porco frita "à moda das Mercês", servida em frigideiras de barro, assim como a água-pé, produzida pelos viticultores da região.

Maria Ramalho/DGPC/2015. Colaboração da C. M. Sintra.

http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/9967800

sábado, 18 de abril de 2020

[Negócios] Pingo Doce adquire estabelecimento comercial à Polisuper

Em dezembro de 2005, foi noticia...

O supermercado Pingo Doce, detido pelo Grupo Jerónimo Martins, notificou a Autoridade de Concorrência sobre a aquisição de um estabelecimento comercial em Mem Martins à sociedade Polisuper – Produtos Alimentares.
Numa nota publicada na imprensa, a Autoridade de Concorrência avança que recebeu no dia 25 de Novembro uma notificação prévia de uma operação de concentração de empresas que «consiste na aquisição, pela Pingo Doce – Distribuição Alimentar através de trespasse, de um conjunto de activos – um estabelecimento comercial localizado em Mem Martins, no concelho de Sintra, detidos pela sociedade Polisuper – Produtos Alimentares».
A mesma fonte avança ainda que a Polisuper é uma sociedade de «cariz familiar que desenvolve actividade no retalho alimentar operando seis estabelecimentos de média e pequena dimensão, localizados nos concelhos de Oeiras, Cascais e Sintra».

[Sintra Noticias] Basílio Horta “trava” encerramento de SUB em Mem Martins e critica “baixa política”

"O Serviço de Urgência Básica (SUB) de Mem Martins está em funcionamento e vai continuar a garantir o atendimento a todos que necessitem deste equipamento de Saúde", assegura Basílio Horta, depois de ser avançado o seu "encerramento provisório" pela necessidade de reforço das equipas médicas e enfermagem no Hospital Amadora-Sintra.


“O Serviço de Urgência Básica (SUB) de Mem Martins está em funcionamento e vai continuar a garantir o atendimento a todos que necessitem deste equipamento de Saúde”, assegura Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra, dando conta de “uma conversa com o secretário de Estado da Saúde [António Sales]” onde foi assumido esse compromisso.
O SINTRA NOTÍCIAS sabe, junto de fonte oficial, que a possibilidade de encerramento deste equipamento foi travada pelo presidente da Câmara Municipal de Sintra. O presidente da junta de freguesia de Algueirão-Mem Martins, Valter Januário, também foi surpreendido pelo anúncio, tendo manifestado preocupação perante essa possibilidade.
Depois de receber informação oficial das autoridades de saúde, a junta de freguesia de Algueirão-Mem Martins chegou mesmo divulgar o encerramento da SUB, mas um contacto telefónico entre Basílio Horta e António Sales travou o processo. Basílio Horta e Valter Januário falaram por video conferência, tendo consensualizado a necessidade de manter o equipamento de saúde aberto.
Tinha sido hoje anunciado que o Serviço de Urgência Básica (SUB) em Mem Martins, iria “encerrar temporariamente” e que toda a equipa médica e de enfermagem, seria transferida para reforço do Hospital Amadora-Sintra, no combate à pandemia originada pelo coronavírus.
“Quem tenta, permanentemente, fazer baixa política com questões de saúde pública teve mais uma desilusão”, desabafa Basílio Horta, numa curta mensagem no facebook, assegurando que “em Sintra vamos continuar unidos, sem explorar o medo, sem ceder na responsabilidade, com seriedade, racionalidade e sem demagogias”.
A SUB de Mem Martins é composta por 12 médicos e 17 enfermeiros, mas também por uma equipa vasta de auxiliares médicos, pessoal administrativo e de segurança, efetivo que “vai continuar a garantir o atendimento a todos que necessitem deste equipamento de saúde”, assegura Basílio Horta.

Ermida de São Romão

A Ermida de São Romão ergue-se sobre uma elevação, ou plataforma, artificial, no interior da qual se registam importantes vestígios arqueológicos romanos e pré-históricos.

No seu todo, trata-se, sem qualquer dúvida, do principal conjunto histórico-monumental da Freguesia de Algueirão - Mem Martins e, no seu género, de um dos mais significativos do Concelho de Sintra.
Os vestígios pré-históricos ali existentes são ainda mal conhecidos, apesar de objecto de um estudo prévio e respectiva publicação; não é de excluir, contudo, a sua directa relação com os vestígios arqueológicos da Pedreira da Cavaleira, descobertos em 1975, atribuíveis ao Calcolítico Inicial que corresponderiam, muito provavelmente, a um povoado, entretanto desaparecido, devido à laboração da pedreira.

A época romana, à qual pode eventualmente pertencer  a referida plataforma artificial e de muitas estruturas que nela permanecem, evidencia-se através de um grupo bastante representativo de inscrições datáveis do século I e II d.C., retiradas das ruínas da ermida em 1956. Trata-se de um túmulo cupiforme (do latim cupa = barrica; em forma de barrica) completo com a seguinte inscrição: Aqui jaz Marco Estácio Máximo, da tribo Galérica, filho de Marco (M.A.S.M.O. XC), que integrava seguramente uma necrópole incinerária romana nas proximidades, dado existirem outros vestígios recolhidos em Lourel; e de uma área consagrada aos Deuses Manes (M.A.S.M.O. XCII), encontrada a meio da alvenaria que compunha o altar da Ermida.

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Gabino Ferreira [video]

[Correio de Sintra] Serviço de Urgência Básica de Mem Martins encerra temporariamente

O Serviço de Urgência Básica de Mem Martins encerra hoje. Segundo fonte oficial, nas últimas semanas, o Serviço de Urgência Básica teve uma redução de Utentes de cerca de 70%. Uma vez que o Hospital Amadora Sintra se encontra neste momento a precisar de reforço devido à Covid 19, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo decidiu mobilizar as equipas da Sub, compostas por 12 médicos e 17 enfermeiros, para o Hospital Amadora-Sintra no sentido de reforçar o atendimento.