Tempo em Algueirão Mem Martins

terça-feira, 5 de março de 2019

Uma Festa em Mem Martins

Noticia de Jornal de 09 de Outubro de 1929
Uma festa em Mem Martins

Realizou-se, como noticiamos, uma interessante festa de confraternização da colónia veraneante para despedida da época, tendo-se reunido num animadissimo baile, as principais famílias que aqui se encontram a passar o verão. A festa, que teve um cunho acentuadamente elegante, e à qual vieram assistir alguns rapazes de Lisboa, para esse fim convidados, efectuou-se num vasto recinto cedido pelo proprietário pelo Pinhal dos Fanares, sr.coronel Namorado de Aguiar, tendo-se dançado com alegria e entusiasmo, durante toda a tarde e grande parte da noite.

Com a entrada de Outubro começaram a retirar algumas famílias, sendo certo que muitas outras se conservam ainda durante o corrente mês, dada a amenidade do clima que nesta localidade se desfruta, mesmo de inverno.

Teem vindo a Mem Martins vários capitalistas escolher terrenos para construção, o que prevê que dentro de poucos anos, esta terra experimentará um grande desenvolvimento, perfeitamente justificável, porquanto ela se presta, admiravelmente, para uma estância de repouso e cura.



segunda-feira, 4 de março de 2019

[TVI] Cena da novela 'A Teia' filmada no Algueirão [video]

No episódio do passado domingo da novela 'A Teia', transmitida na TVI, a cena inicial do episódio foi filmado num prédio de habitação situado no 'Bairro da Coopalme', no Algueirão.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Proprietário da 'Quinta de Fanares' em Mem Martins

Victor Carlos Sassetti nasceu em Sintra, no dia 20 de Outubro de 1851. Ao longo da sua vida, “foi proprietário e capitalista homem de grande atividade e muito inteligente, trabalhador prestimoso e de afabilidade que encantava, Victor Sassetti foi um caráter extremamente bondoso e de tal pureza, que a todos inspirava respeito e simpatias” (in Diário de Notícias, 07 de Dezembro de 1915, p. 2).
Nascido e criado em Sintra, foi também aí que explorou o Hotel Victor que herdou dos seus pais, Carlos (1815-1858) e Henriqueta Frederica Sassetti, recebendo ainda como herança a propriedade da Quinta de Fanares, situada em Mem Martins e famosa pela produção de manteiga, que aliás, abastecia os hotéis da família.
Contudo, foi a exploração do Braganza Hotel, em Lisboa, que fez dele um destacado empresário junto dos seus congéneres. A escritura para exploração do Braganza Hotel aconteceu no dia 10 de Novembro de 1876 e esteve sobre a sua gestão até final de Dezembro de 1911. Foi um dos hotéis mais procurados da capital, e para isso contribuiu uma decoração que lhe deu uma nova alma. As pessoas que frequentaram esta unidade hoteleira foram as mais ilustres, desde aristocratas, políticos, diplomatas a artistas de ópera, etc.… Rapidamente Victor Carlos Sassetti criou fama e, sobretudo, uma considerável fortuna. Carlos Sassetti, pai de Victor Sassetti, fundou o hotel Victor em Sintra no ano de 1850. Até cerca de 1890, a vila de Sintra era um dos locais de eleição da aristocracia para passar o período de verão. Até essa data foram muitas as personalidades, sobretudo ligadas às artes e letras, que passaram pelo famoso hotel Victor, tais como, Ramalho Ortigão ou o escritor Alberto Pimentel que ali escreveu a obra Noites de Sintra. O hotel foi eternizado na obra literária de Eça de Queirós como um notável lugar.
O sonho de Victor Sassetti, de construir um chalé em plena serra de Sintra, começou a tomar forma a partir de 1885. O ponto de partida foi a aquisição de alguns terrenos em plena serra, entre o Castelo dos Mouros e a vila de Sintra. Como homem discreto que era, Sassetti encomendou uma obra igualmente discreta, dissimulada por entre os penhascos, ou seja, que não desse nas vistas, por um lado, mas que simultaneamente aproveitasse todas as vistas possíveis de tão privilegiado lugar. 1890 foi o ano da encomenda. O arquiteto escolhido foi Luigi Manini (1848-1936) que estava agora a dar os primeiros passos na sua nova profissão executando o projeto arquitetónico exterior do Hotel do Buçaco e os frescos para o vizinho chalé Biester. Contudo, Manini, já tinha dado grandes provas da sua competência como cenógrafo no Teatro Nacional de São Carlos e no Teatro Nacional de D. Maria II, para além de ter, entre 1887 e 1888, trabalhado no projeto de decoração do Braganza Hotel, em Lisboa. A grande amizade entre o arquiteto e Victor Sassetti teve aqui o seu início e prolongar-se-ia pelo resto da vida.
A nova morada de Sassetti, inserida de uma forma quase perfeita na paisagem da serra de Sintra, iniciou a sua construção em 1890 e ficou terminada quatro anos mais tarde. A escritura data de 16 de Abril de 1894. Poucos anos mais tarde, Manini alterou o projeto na sequência de um pedido do proprietário para ampliar o espaço habitável. Inspirado no estilo florentino quatrocentista, destaca-se pela originalidade da estrutura decorativa e pela analogia ao estilo rústico. A partir de um torreão central, com três registos, estendem-se diferentes volumetrias desniveladas e construídas em pedra. Das fachadas, rasgam-se janelas de sabor arabizante, em certos casos maineladas, emolduradas por arcos de tijolos, aproximando-se assim das míticas origens árabes da vila de Sintra e harmonizando o complexo conjunto de volumetrias. Os balcões permitem ao observador desfrutar de alargados panoramas sobre a planície saloia, o mar e vários palácios, para além da vista da própria serra de Sintra, por si só, de excecional beleza. O trabalho de Manini não incidiu apenas no projeto e realização da estrutura edificada, mas também na planificação e realização do jardim envolvente, que o obrigou a sintetizar devido ao espaço exíguo disponível. Ainda assim conseguiu criar diversos ambientes como regatos, cascatas, fios de água e pequenos lagos que se articulam num terreno desnivelado e propõem um ambiente magnífico ao observador que se vê envolvido numa componente vegetal estrategicamente elaborada para criar um cenário privilegiado.
Manini preocupou-se em criar um espaço intimista, onde a família que o habitaria se sentisse confortável. Ao contrário dos restantes palácios que encontramos na serra, este fica longe da estrada, tornando-o mais isolado e privado. Victor Carlos Sassetti morreu em Lisboa, no dia 6 de Dezembro de 1915, na sequência da epidemia de gripe que assolou a Europa durante a 1.ª Grande Guerra Mundial.

Debate ” A SAÚDE EM SINTRA E EM PORTUGAL ”


sábado, 23 de fevereiro de 2019

Música 'Igreja Azul' [video]

Esta música é uma parceria da ‘Pagina Vozes ao Acaso’ e do ‘Blog Algueirão Mem Martins’ e foi baseada numa longa lista de opiniões, criticas, sugestões, que foram registadas nas redes sociais sobre a nova igreja de Mem Martins.

Esta obra era um desejo muito antigo dos habitantes e naturais católicos de Mem Martins mas… 



Põe um terço no bolso perto dos tim-tins
Apanha o autocarro para Mem Martins
Um Bloco de Betão pintado de azul
Sonhei com uma canção do pequeno Saul
Cantava e dançava, praticava windsurf
Venham ver a atração, é 1 Igreja Smurf

Ohhhhh nãooooo
Uma Igreja Azul
Uma Igreja Azul
Uma Igreja Azul
Uma Igreja Azuuuulllll
É muita Cooollllll

Tem Torres em redor, vão-se ouvir os sinos
Entre Lisboa e Sintra vão ser só peregrinos
Muita gente vai casar, muito baptizado
Num Bunker de Betão que está mal enquadrado
É mesmo ali ao lado dos amigos Bombeiros
É nesta Igreja que vão casar os solteiros

Ohhhhh nãooooo
Uma Igreja Azul
Uma Igreja Azul
Uma Igreja Azul
Uma Igreja Azuuuulllll
É muita Cooollllll

Ohhh Sr prior, reze um Avé Maria
Um cego encontrou-a mesmo sem o cão-guia
Muita gente vem de todo o lado
Ver o azul cueca que foi ali pintado
Talvez um dia isto seja normal
Uma Igreja Azul em Portugal

Ohhhhh nãooooo
Uma Igreja Azul
Uma Igreja Azul
Uma Igreja Azul
Uma Igreja Azuuuulllll
É muita Cooollllll