Segundo o ministro
Adalberto Campos Fernandes, o Hospital de Cascais "está num regime de
parceria público-privada (PPP), sobre a qual o Governo terá de tomar uma
posição até ao final do corrente ano" e, nessa altura, serão divulgadas
"quais são as ideias" para o novo contrato.
Questionado sobre a
possibilidade de alargar as especialidades que atualmente o Hospital de Cascais
presta a algumas freguesias de Sintra, na área materno-infantil, o ministro da
Saúde respondeu apenas "eventualmente".
O governante falava após
uma reunião com o presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta (PS), para
avaliar a falta de uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) no
Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) e a construção de quatro novos centros
de saúde no município.
"Os problemas não
se resolvem todos nem só de uma vez e só com uma única solução", frisou
Adalberto Campos Fernandes, salientando que, no Amadora-Sintra, "passou a
ter um espaço próprio, isolado e diferenciado para o atendimento dos doentes
não urgentes".
O ministro reconheceu
que o hospital que serve Amadora e Sintra "foi dimensionado para 300 mil habitantes e está a servir
600 mil".
"Nós temos de
encontrar novas respostas, [que] estamos a fazer numa parceria muito estreita
com a Câmara municipal, com as autarquias, porque é
preciso trazer o Serviço Nacional de Saúde para junto das pessoas",
frisou.
VMER no Amadora-Sintra
em março
O presidente da Câmara
de Sintra explicou que a visita do ministro permitiu analisar
"necessidades prementes e urgentes" que precisam de correção
imediata, como a falta de uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER)
no Amadora-Sintra.
"O senhor ministro
compreendeu que não se podia aceitar que, num concelho que tem 420 mil utentes
de saúde, não fosse disponibilizado no seu hospital um veículo desta natureza,
que fosse necessário vir de Lisboa, do São Francisco Xavier, ou de Cascais, em
casos urgentes", notou Basílio Horta, acrescentando que a VMER entra ao
serviço a 1 de março.
Além da transformação do
Serviço de Urgência Básica (SUB) de Algueirão-Mem Martins "numa verdadeira
urgência", através do aumento de meios humanos e de diagnóstico, o autarca
apontou a necessidade de avançar com a construção de novos centros de saúde já
contratualizados com o anterior Governo.
Segundo Basílio Horta, a
autarquia compreende que não possam ser construídas as quatro unidades "de
uma vez só", mas preferia que fossem iniciadas as obras em Queluz, que já
possui projeto de especialidades e inclui uma unidade de pedopsiquiatria.
"No momento em que a primeira pedra for lançada em Queluz, a Câmara
sozinha pagará integralmente o centro de saúde de Sintra, que são 870 mil euros",
adiantou o autarca.
O ministro da Saúde
visitou ainda, durante a manhã, o centro de saúde de Agualva e a extensão de
saúde de Queluz, ambas a funcionarem em deficientes condições em prédios de
habitação, para milhares de utentes.
Entretanto, os deputados
do PS eleitos pelo distrito de Lisboa na Assembleia da República questionaram,
a 21 de janeiro, o ministro da Saúde sobre quando será concretizado o
contrato-programa com o Governo para a construção de quatro novos centros de
saúde em Algueirão-Mem Martins (na antiga fábrica da Messa), Queluz (antiga
escola básica D. Fernando II), Almargem do Bispo e Agualva.
Os deputados socialistas
querem saber se "existe algum facto relevante que seja obstáculo à
concretização do estabelecido" e como se podem "minimizar as
dificuldades de acesso aos cuidados de saúde pela população" de Sintra.
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