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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

[Correio da Manhã] Risco de ruína ameaça prédio em Mem Martins


Moradores vivem com o coração nas mãos com problemas de infiltrações e buracos nas paredes.

Quartos onde a água escorre dos tectos, varandas levadas pelo vento, buracos nas paredes e o perigo iminente do reboco da fachada se estatelar no chão. É esta a realidade dos moradores de um prédio no Casal de São José, em Mem Martins, concelho de Sintra. O imóvel é de propriedade mista (a autarquia de Sintra detém dez frações, num total de 22, enquanto as restantes pertencem a privados) e não há meio das obras avançarem.


Rui Batista, de 71 anos, morador na cave, é obrigado a usar a casa de banho com um chapéu de chuva, pois a água que escorre pela conduta de ar cai-lhe em cima. Para remediar a situação, fez um tecto falso com um plástico que faz escorrer a água das chuvas para a banheira, o que não resolve os problemas de humidade nem afasta o perigo de um curto-circuito. Uns andares acima, é Luísa Francisco que se queixa: "Nunca uso o exaustor porque está tudo cheio de água por dentro e tenho medo que haja um problema. Basta passar a mão pela parede para ficar molhada", relata.



Mas é no último andar que a degradação é mais visível. Na casa de Serafim Santos Matos nem a tinta de isolamento de piscinas que aplicou resolve a inundação sempre que chove.

As paredes estão pretas da humidade e vão cedendo: "Do lado do terraço, temos um buraco, mas tapei a maior parte por causa do meu neto, que metia lá a cabeça."

Em outubro, a Câmara de Sintra procedeu ao pagamento do valor que lhe era devido para a realização das obras de reabilitação, num total de 4120 euros, explica a autarquia ao CM. A empresa de condomínios que gere as restantes frações, Semear Números, frisa que o condomínio já aprovou as obras, mas só a partir de março, quando o tempo melhorar, e se houver dinheiro.

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