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sábado, 28 de janeiro de 2017

[MaisFutebol] «Gerrard de Mem Martins» regressa à Amoreira ainda mais dragão

Danilo Pereira, que acaba de renovar contrato pelo FC Porto, formou-se no Estoril-Praia. Sábado, ele vai voltar à casa da sua equipa na juventude, onde deixou boas recordações


Se o dragão tem uma espinha dorsal o comendador Danilo é um dos seus elos mais proeminentes. Na segunda época de azul e branco, o médio de 25 anos campeão da Europa por Portugal é um elemento imprescindível do onze de Nuno Espírito Santo, tal como havia sido com Lopetegui e Peseiro, e, tanto pelo empenho como pela qualidade, tornou-se num dos jogadores mais apreciados pelos adeptos portistas.

Danilo corre, Danilo corta, progride, passa e até marca. Não é portanto uma surpresa que Danilo renove contrato com o FC Porto. Estendeu o vínculo por mais três épocas, até 2022, tendo a cláusula de rescisão aumentado – 50 por cento – para os 60 milhões. E veio a público mostrar «orgulho» pelo acordo, que vê como «um título» que ninguém lhe tira.

Uma jogada de antecipação da SAD portista, já que o atleta contratado por 2,8 milhões (por 80 por cento do passe) ao Marítimo no verão de 2015 valorizou muito e tem tudo para multiplicar substancialmente esse investimento.

A notícia da renovação surgiu em vésperas da historicamente complicada deslocação do FC Porto ao reduto do Estoril (sábado, 18h15), um dos jogos grandes da 19.ª jornada da Liga.

Na época passada, em casa do Estoril, num jogo em que marcou na reviravolta do FC Porto (1-3)

Um jogo especial para Danilo. Na época passada, também no último sábado de janeiro (dia 30, desta vez é a 28), no primeiro jogo da Liga fora de José Peseiro como técnico do FC Porto, ele marcou o golo que cumpriu a reviravolta no marcador num jogo que terminou 1-3. Mas mais do que essa boa memória recente, Danilo guarda outras mais longínquas da Amoreira, onde fez uma parte importante da sua formação entre 2006 e 2008.

Líder em campo desde a juventude

Herlander Tomé, avançado do Sacavenense, foi seu companheiro de equipa nas peladas do bairro, no início da carreira, no Arsenal 72, de Mem Martins, reencontrando-o nos juvenis do Estoril-Praia, e ao Maisfutebol salienta as qualidades do amigo:

«Fora de campo, ele era um rapaz divertido e humilde. Dentro dele, era um líder. Jogava muito e acabava por resolver os jogos, com um passe, com um golo… Agora joga na posição “6”, mas na altura jogava mais à frente, a “8”, e até trocava comigo como extremo. Era ágil, rápido, sequinho, tinha um remate incrível. Tecnicamente era melhor do que todos os outros. Como jogador, já não enganava ninguém.»

Herlander faz outra revelação curiosa: «O ídolo do Danilo era o Steven Gerrard. Ele admirava-o muito, talvez influenciado até pela posição no campo.»

As memórias são confirmadas quase palavra por palavra ao Maisfutebol por Victor Barruncho, que nos últimos 14 anos foi técnico dos juvenis do Estoril-Praia. Pelas suas mãos passaram atletas como Tiago Ilori, Domingos Duarte ou Sami. Nenhum, porém, com a projeção e qualidade de Danilo Pereira.

«Ele era mesmo um líder e os outros miúdos viam-no assim. Era reservado, muito educado. Não era maldoso e jogava o jogo pelo jogo. Ouvia e gostava de aprender e de trabalhar. O resto saltava logo à vista: um físico que o destacava de todos os outros e extraordinária técnica, o que o levava a jogar mais avançado no terreno do que atualmente», explica ao Maisfutebol o treinador que orientou Danilo duas épocas na equipa de juvenis, antes de o Benfica o contratar.

Tozé Cerdeira, agora treinador de guarda-redes da Académica, fazia também parte da equipa técnica do Estoril quando Danilo lá jogava. E lembra-se bem do virtuosismo do médio de origem guineense: «Ele já fazia a diferença pela estatura e pela maturidade. Via-se logo que havia ali jogador. Era um miúdo introvertido, que não falava muito, mas de uma grande determinação. E com a bola nos pés… Lembro-me de um treino em que ele pegou na bola numa área e fintou toda a gente até à área contrária. Ficávamos maravilhados a vê-lo.»
Danilo em ação na final do Mundial de sub-20, frente ao Brasil, em 2011

Danilo em ação na final do Mundial de sub-20, frente ao Brasil, em 2011
Danilo saiu para o Benfica, mas depois dos juniores acabou por ser sucessivamente cedido: Aris Salónica, Parma, Roda – na seleção de sub-20 foi uma das figuras da equipa finalista do Mundial de 2011. Chegou ao Marítimo em 2013/14.

Tantos anos depois, ele não quebrou a ligação com o Estoril. Victor Barruncho recorda como reencontrou o seu ex-pupilo, já sénior no clube insular, numa deslocação da equipa de juniores estorilista à Madeira para jogar a segunda fase do campeonato nacional.

«Enviei-lhe um sms e passado pouco tempo ele apareceu no hotel. Conversou com os nossos jovens, jantou connosco… Mostrou toda a disponibilidade. Ele cativa qualquer pessoa», frisa Barruncho para quem Herlander, Danilo e Luís Mendes eram «os três da vida airada» quando jogavam no Estoril. «Aliás, o Herlander veio do Sp. Lourel por influência do Danilo, que era amigo dele e já o conhecia do Arsenal 72.»

Amigos na escola, em campo e pela vida fora

Herlander salienta a amizade entre ambos, que começou na infância.

Danilo nasceu na Guiné Bissau a 9 de Setembro de 1991 e veio para Portugal com seis anos. A mãe havia imigrado quatro anos antes para estudar enfermagem – hoje trabalha no Hospital Amadora-Sintra.

Em 2014/15, última época ao serviço do Marítimo, antes de se transferir para o FC Porto
Herlander nasceu em Angola e também veio muito jovem para Portugal. Ambos se tornaram vizinhos em Algueirão, onde os familiares de ambos vivem ainda hoje.

«Começámos a jogar na rua, estudámos juntos na Escola Mestre Domingos Saraiva, em Mem Martins, chumbámos juntos também (risos). Mas, atenção, ele não era de faltar à escola por causa do futebol…»

Os laços de amizade mantêm-se fortes até hoje. «Tenho quase todas as camisolas dele. Ofereceu-me, por exemplo, a do jogo em que se estreou a marcar pela Seleção Nacional. Tenho muitas do FC Porto também, o que calha bem até porque sou portista. Mantivemos sempre contacto desde crianças. Aliás, sábado, em princípio vou ver o jogo ao Estoril e espero no final falar com ele. Quando ele joga aqui perto, tento sempre ir ao jogo. Tenho também ido ao Porto ver os jogos da Liga dos Campeões a convite dele», resume Herlander, que divide o tempo entre o trabalho numa cadeia de fast-food e os treinos e jogos no Sacavenense. «A época está a correr bem. Já marquei sete golos.»

A jogar no Campeonato de Portugal, aos 25 anos Herlander ainda espera um futuro no futebol. Ao lado do amigo de sempre? Isso seria ouro sobre azul, confessa: «É pá, seria um sonho voltar a jogar com o meu menino.»

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Equipa sub14 Feminina GDEMAM (Algueirão) na Fase Final Distrital Lisboa [video]

"ESTAMOS EM CONTAGEM DECRESCENTE PARA A FINAL FOUR SUB14F!! Estas fantásticas atletas apelam e desafiam todos os amigos, apoiantes e sócios GDEMAM a marcarem presença nos próximos dias 27, 28 e 29, no Pavilhão Bairro Padre Cruz, no apoio a toda a equipa!! Contamos com TODOS!! Precisamos de TODOS!!

E quais as expectativas do nosso treinador Gonçalo Veloso para a Final4??
A presença do GDEMAM na fase final distrital, representa o regresso aos pontos altos da Associação de um dos melhores clube de formação em Lisboa na vertente do feminino. Para as atletas é o resultado de 18 meses de trabalho tendo em vista este objectivo que todos sonhávamos alcançar. Será mais uma excelente oportunidade de desenvolvimento para todos do qual esperamos adquirir o máximo de aprendizagens possíveis para continuarmos a ser cada vez melhores a cada dia que passa.As expectativas são as de competir ao mais alto nível com as melhores equipas de Lisboa. Olhamos com optimismo e motivação a oportunidade de jogar contra os actuais Campeão e Vice Campeão de Lisboa no escalão de Sub-14 Femininos, mas também contra um dos clubes que mais têm crescido nos últimos anos que será o anfitrião desta Fase Final, o Carnide Clube.
Desejo que seja mais uma oportunidade de dar visibilidade ao Basquetebol, que todos fiquemos a ganhar se conseguirmos motivar mais jovens a vir experimentar esta modalidade fantástica.Que todas as equipas consigam colocar em campo os seus modelos de jogo, que hajam muitas dificuldades para todas as equipas, que os jogos sejam ricos em momentos bons de basquetebol, que os treinadores, árbitros, enc.educação e apoiantes de todos os clubes ajudem a que tudo seja melhor ainda, mas sem nunca esquecer, que as grandes intervenientes são as atletas e são elas que nos vão deslumbrar durante três dias!
Gonçalo Veloso, treinador da nossa equipa sub14 feminina
Porque JUNTOS SOMOS GDEMAM, em EQUIPA na FASE FINAL!!"


Equipa sub19F GDEMAM (Algueirão) na Fase Final Distrital Lisboa (Apuramento Provas Nacionais)

Nos próximos dias 20, 21 e 22 de janeiro, no Pavilhão Carlos Alberto Carvalho, na SIMECQ, a nossa equipa feminina de sub19 entra em campo na disputa de um lugar nas Provas Nacionais!! O primeiro jogo é já nesta sexta-feira, dia 20, pelas 22h00, frente à equipa do Estoril Basket!! O APOIO DE TODOS É ESSENCIAL!!
Convidamos e apelamos à massiva participação de toda a nossa massa associativa (atletas, treinadores, seccionistas, pais e amigos) no apoio às nossas miúdas e a toda a equipa!!
Porque JUNTOS somos GDEMAM, JUNTOS SOMOS ALGUEIRÃO!! Rumo às Provas Nacionais!!

domingo, 25 de dezembro de 2016

MMSC na Taça de Portugal - época 1990/1991

No dia 14 de Outubro de 1990, o 'Mem Martins Sport Clube' participou na 'Taça de Portugal' de futebol da época 1990/1991, sendo eliminado no Algarve pelo 'Imortal de Albufeira' 

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Gala de Boxe em Sacotes


Gala de Boxe, sexta-feira, dia 25 de novembro, pelas 21h00, na Escola de Boxe João Faleiro, em Sacotes.
[Rua da Beijoquinha, número 47, Sacotes]

sábado, 22 de outubro de 2016

[Mais Futebol] Pedro Ró-Ró: do Benfica à seleção do Qatar em 10 anos

Entrevista-Maisfutebol com o defesa de 26 anos, nascido em Mem Martins e desde 2010 no Médio Oriente, a pensar no Mundial. «É uma história incrível, não é?»
Português da Linha de Sintra joga na seleção do Qatar e é colega do cérebro catalão no Al Sadd. Por Pedro Jorge da Cunha       18 out, 10:24 
http://www.maisfutebol.iol.pt/entrevista/pedro-correia/pedro-ro-ro-do-benfica-a-selecao-do-qatar-em-10-anos


Xavi Hernandez. O maestro do maravilhoso Barcelona de Pep Guardiola e da seleção de Espanha está no Qatar, em final de carreira. Aos 36 anos, o catalão é colega de equipa de Pedro Correia, defesa português que encontrou no Médio Oriente um excelente caminho para elevar a dimensão da carreira.
Em entrevista ao Maisfutebol, Pedro Ró-Ró fala da relação especial com Xavi e da ligação forte a Jesualdo Ferreira, compatriota e treinador deste Al Sadd.A conversa é cheia de curiosidades e chega ao ponto de Pedro recordar as refeições que fez sem colher nem garfo. Sim, no Qatar é perfeitamente normal comer com as mãos. Um hábito salutar, enraizado na cultura do país que receberá o Campeonato do Mundo de 2022.
Mem Martins SC: Ró-Ró é o 3º em baixo a contar da esquerda
(foto enviada por Luís M. Loureiro, o 1º da esquerda, em cima)
A conversa é cheia de curiosidades e chega ao ponto de Pedro recordar as refeições que fez sem colher nem garfo. Sim, no Qatar é perfeitamente normal comer com as mãos. Um hábito salutar, enraizado na cultura do país que receberá o Campeonato do Mundo de 2022.

Ró-Ró, 26 anos, começou a jogar nas escolinhas do Mem Martins SC, treinado por Luís Miguel Loureiro. Avançado de origem, inspirou-se na dupla ROnaldo-ROmário para criar e eternizar a alcunha.


Uma carreira rara e bonita, até Doha.
PARTE I: do Benfica à seleção do Qatar em dez anos

MF – No Al Sadd há um colega famoso. O que tem aprendido com o Xavi?
PC – O Xavi é o Xavi (risos). É um privilégio estar com ele todos os dias. No meu primeiro dia no Al Sadd, ao entrar no balneário, o primeiro abraço que recebi foi do Xavi. Levantou-se e veio ter comigo, a desejar-me boa sorte e que podia contar com ele. Como é que um jogador que já ganhou tudo consegue ter esta humildade? É um monstro sagrado do futebol. 

MF – O Xavi já tem 36 anos. Ainda é competitivo em campo?
PC – É um profissional irrepreensível. Corre com bola e sem bola, adora comunicar e ajudar todos os colegas no posicionamento. Jogar com ele no mesmo clube é uma lição diária de futebol. A forma como ele passa a bola… é a perfeição dentro de um relvado. Falamos muito no balneário sobre o Real Madrid e o Barcelona (risos). 
MF – O Pedro é adepto do Real Madrid? 
PC – Eu só sou adepto do meu Benfica, mas simpatizo com o Real Madrid. Por isso estamos sempre a brincar e em picardias. O Xavi a defender o Barcelona e eu o Real. 
MF – O professor Jesualdo junta-se a essas brincadeiras? 
PC – A estas não, mas é um homem que gosta de brincar. Aprendi imenso com ele no último ano. Evoluí muito em todos os aspetos: posicionamento, concentração, abordagem aos lances. O professor investe muito tempo nos treinos a corrigir esses detalhes.
Pedro 'Ró-Ró' atrás do capitão Xavi numa foto do Al Sadd
MF – Há tempo para estarem juntos fora dos treinos e jogos? PC – Eu sou uma pessoa reservada e passo os meus tempos livres mais em casa, com a família. Nas raras vezes que saio é para jantar fora. Normalmente em restaurantes de hotéis. Também já fui ao Dubai e a Abu Dhabi passear, é uma zona com uma extraordinária oferta. 
MF – Integrou-se facilmente no país? A maioria dos habitantes é muçulmana. 
PC – Há coisas muito diferentes, mas dou o exemplo da minha namorada. Anda completamente à vontade comigo, não usa burka nem anda tapada. O ambiente é pacato, de grande respeito. O mais estranho é ter de comer com as mãos em alguns jantares (risos). Eles não usam garfo, nem colher. Uma vez fui jantar fora e tive de comer carneiro e arroz com as mãos. Também não é possível beber bebidas alcoólicas, a não ser dentro dos hotéis internacionais. 
MF – E já consegue falar Árabe? 
PC – Comunico essencialmente em Inglês, mas já consigo dizer várias palavras em Árabe. Aliás, sou amigo de vários qataris e estou bem integrado socialmente. O meu contrato vai até 2020 e não me passa pela cabeça sair daqui nesta altura. Tenho saudades de Portugal, mas estive um mês e meio em casa no verão e voltarei no Natal. 
MF – Como se descreve enquanto atleta? Em Portugal poucos o conhecem. 
PC – Sim, eu sei, ainda não tinha dado entrevistas sequer. Sou um jogador humilde, lutador, capaz de jogar como defesa central ou lateral direito.
Um golo extraordinário de Pedro Ró-Ró na liga do Qatar:
MF – Tem o Xavi como colega de equipa. Com ele é fácil ganhar jogos na liga do Qatar?
PC – O ano passado fomos terceiros, por isso não (risos). A liga tem um nível muito razoável e excelentes estádios. É verdade que as bancadas só enchem nos jogos grandes, mas o povo está também a aprender a relacionar-se com o futebol. Esta época temos duas vitórias em dois jogos. Vamos atrás do título. 

MF – Jogou cinco anos no Benfica. Em que circunstâncias saiu do clube? 
PC – Fui do Mem Martins para lá e fiquei cinco anos. Saí porque era muito pequeno. Foi isso que me disseram quando decidiram emprestar-me. Primeiro ao Estrela da Amadora e depois ao Estoril. Diziam que eu não tinha corpo para ser defesa. Eu peço desculpa pela imodéstia, mas sempre fui um dos melhores da equipa nos anos em que lá estive.  
MF – Ao sair do Benfica sentiu que o sonho de ser profissional ficava mais longe? 
PC – Sim, mas eu gosto de desafios e aventuras. Aos 16 anos decidi sair de casa. Um colega meu falou-me da possibilidade de jogar nos juniores do Sp. Farense, no Algarve. Foi no Farense que me estreei no futebol sénior. De lá saí para o Aljustrelense, no Campeonato de Portugal, e de lá para o Qatar.
Doha, capital do Qatar, 32 graus centígrados a acompanhar o crepúsculo. Pedro Correia, Ró-Ró, já não estranha o calor. A temperatura do deserto urbano deixou de lhe ser insuportável, mesmo que no verão os termómetros atinjam os 45 graus.
«Agora até está fresquinho», brinca o internacional qatari, nado e criado em Mem Martins, no bairro do Casal de São José.

Sim, Pedro Correia representa a seleção do Qatar há três meses. Tem 26 anos, já soma nove internacionalizações e sonha com as presenças nos próximos Mundiais: 2018 e 2022, este a realizar precisamente no país asiático.

Uma história absolutamente rara, explicada na primeira pessoa ao Maisfutebol por um atleta com um passado rico nas escolas de formação do Benfica – cinco temporadas – e que partilha o balneário com o eterno Xavi Hernandez no Al Sadd.
Clube, de resto, treinado por Jesualdo Ferreira.



«Aprendi a amar as pessoas do Qatar»
De um bairro dos subúrbios de Sintra à ostentação da Tower Zone em Doha. Transformação completa na vida de Pedro, desde sempre Ró-Ró para os amigos.
Como relatar este percurso tão improvável? Bem, saltemos para 2010 e para o dia em que um empresário o levou de Aljustrel para o Al Ahli.
«Fiz três jogos no Aljustrelense, estava muito bem. Na altura, o Pedro Russiano [atual adjunto de Álvaro Magalhães no Gil Vicente] jogava no Bahrain e indicou o meu nome a um empresário. Fui fazer testes ao Al Ahli, mas só podiam ficar com um estrangeiro e havia dezenas de candidatos. Correu-me tudo bem e fiquei».

Seis anos depois, Pedro Correia continua no Qatar e tem «mais quatro anos de contrato pela frente». «Jogo no Al Sadd e, entretanto, naturalizei-me e represento o país. Posso garantir que não é por dinheiro. Aprendi a amar estas pessoas, sempre gentis, e tenho a motivação de estar em Campeonatos do Mundo».

O Qatar, explica o defesa lateral/central, está num período de «completa transformação». Social, económica e desportiva.

«O povo está eufórico com a realização do Mundial2022, há imensas obras por todo o lado e o investimento é brutal. O nosso estádio, por exemplo, é o único do mundo com ar condicionado. É, aliás, impossível jogar futebol sem ser nessas condições».
A naturalização foi célere. Pedro cumpriu o requisito mais apertado (cinco anos de residência no país) e foi desafiado pelos responsáveis da federação.
«Eu sou português, serei sempre, mas aprendi a ser qatari também. Dialoguei com a minha família, com o meu empresário e todos disseram que eu devia aceitar o desafio. Já tenho muitos amigos árabes e a minha vida continuará a passar por cá».
Em 2022, Ró-Ró quer que o Qatar organiza o «melhor Mundial de sempre». «E eu quero estar lá, claro (risos). Tive de sair do clube do meu coração, o Benfica, aos 16 anos. Uma década depois tornei-me jogador da seleção do Qatar. Incrível, não é?».

«Estamos na luta pela presença no Mundial da Rússia»
«Paraíso de tranquilidade», «povo respeitador», «riqueza infinita». Pedro Correia utiliza estas expressões quando instado pelo Maisfutebol a falar sobre o Qatar, um Estado acusado vezes sem conta de graves problemas internos, nomeadamente na forma como tem gerido a mão de obra responsável pela construção dos novos estádios.
«Escravatura? Sinceramente nunca me apercebi de nada. Apenas confirmo que estão a transfigurar vários pontos do país. Estradas, linhas de Metro, prédios…»
O principal problema, insiste, está relacionado com as condições atmosféricas, embora o comité organizador do Mundial esteja empenhado em atenuar os ditames da Natureza.
«Tudo está a ser tratado. Eles vão climatizar os estádios, jogadores e adeptos terão excelentes condições. No Qatar é assim, as coisas acontecem. De outra forma, seria fisicamente impossível haver jogos durante o dia».
Pedro Correia (à direita) com a camisola do Al Sadd
Na sua seleção, Pedro Ró-Ró Correia é treinado pelo experiente Jorge Fossati, uruguaio de 63 anos. O Qatar nunca esteve em nenhum Campeonato do Mundo, embora apresente resultados interessantes nas provas do continente asiático.
Pedro assegura que Fossati está a construir «uma seleção de qualidade» e capaz de estar já no próximo Mundial.

«Há mais atletas naturalizados [Rodrigo Tabata, do Brasil, e Sebastián Soria, do Uruguai] e o nível do país aumentou muito com a aposta em treinadores competentes nos escalões de formação. Vencemos a Síria no último jogo de qualificação e estamos na luta».

No Grupo A de qualificação asiática, o Qatar soma três pontos e segue atrás de Irão, Uzbequistão e Coreia do Sul. Os dois primeiros passam à próxima fase, o terceiro terá de jogar um play-off.

[sintranoticias] Pavilhão Desportivo na Tapada das Mercês vai ser recuperado

O auto de consignação para a empreitada de recuperação da cobertura do Pavilhão Desportivo da Escola Maria Alberta Menéres, na freguesia de Algueirão Mem Martins, no concelho de Sintra vai ser assinado hoje, às 15 horas, pela Câmara de Sintra.

A cerimónia de assinatura decorre na Escola Maria Alberta Menéres, que se situa na Rua Padre Alberto Neto, Tapada das Mercês.
http://sintranoticias.pt/2016/10/17/cobertura-pavilhao-desportivo-na-tapada-das-merces-vai-recuperado/

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

sábado, 9 de julho de 2016

[O Jogo] De Algueirão a Paris são 12 anos de distância



Em 2004, William e Danilo estavam em Algueirão, no concelho de Sintra, mas jogavam em clubes diferentes
Danilo e William Carvalho tinham 12 anos e estavam, em 2004, a jogar na mesma freguesia do concelho de Sintra, enquanto Renato Sanches era tão criança que ainda nem estava federado

O mote para este trabalho foi dado ontem por João Mário. Em conferência de Imprensa, o médio do Sporting lembrava-se que em 2004 estava na cidade do Porto a ver a final do Campeonato da Europa, mas não tinha a certeza onde jogava nessa época. “Competia no Sporting, se não me engano”. E não se enganou mesmo. Nessa altura estava em Alvalade, nas escolinhas. A dúvida até tem razão de ser, porque na temporada anterior jogava no mesmo escalão, mas no rival FC Porto. “Na altura eu era muito novo para pensar jogar na Seleção”, justificou o agora finalista Europeu.
O exemplo de João Mário foi um bom pretexto para procurar e analisar todos os 23 jogadores convocados por Fernando Santos. Num grupo tão diversificado, mas ao mesmo tempo constituído por vários jovens, basta ver o quadro que publicamos nesta página e salta logo à vista o caso de Renato Sanches. O menino que tantas dúvidas criou por causa da idade era tão criança que nem jogava futebol. Compreende-se. Tinha apenas seis anos e, no máximo, jogava na rua com os amigos. Os primeiros pontapés como federado foram dados apenas em 2006/07, nas escolinhas do Águias da Musgueira, onde esteve dois anos antes de se transferir para o Benfica.
Apenas quatro anos mais velho do que Renato Sanches, Raphael Guerreiro e André Gomes também têm percursos curiosos. O lateralesquerdo jogava em França, onde fez toda a carreira – assinou agora pelo Borússia Dortmund –, e em 2004 estava no Caen, depois de ter passado por clubes de menor dimensão como o Blanc-Mesnil e o Clairefontaine. Já o médio português que se transferiu do Benfica para o Valência, estava em 2004 nas escolinhas do FC Porto. Dispensado dos dragões no último ano de iniciados, mudouse para o Pasteleira e depois ainda esteve duas temporadas no Boavista.
Mais velhos e muito mais experientes, Ricardo Carvalho e Cristiano Ronaldo sabem bem o estavam a fazer no dia da final do Campeonato da Europa, pois são os únicos dos 23 jogadores convocados por Fernando Santos que estiveram na final de Lisboa, contra a Grécia, e mantiveram-se ao mais alto nível nestes últimos 12 anos. Já a vida de Pepe deu uma reviravolta enorme. O defesa-cen- tral do Real Madrid cumpria a terceira e última temporada no Marítimo, seguindo depois para o FC Porto, onde esteve três épocas. Deu depois um salto de gigante e conquistou vários troféus pelos merengues, com especial destaque para duas Ligas dos Campeões.
E se Pepe deu passos de gigante, o mesmo aconteceu com Danilo e William Carvalho. Os dois jogavam, em 2003/04, em clubes de menor dimensão, com a particularidade dos dois médios coincidirem na idade e na vila onde jogavam. Os dois estavam em Algueirão, no concelho de Sintra, mas enquanto o médio do FC Porto representava o Arsenal 72, o jogador do Sporting estava no Algueirão, passando ainda pelo Mira Sintra antes da mudança para Alvalade, em 2005/06.
Ricardo Carvalho e Ronaldo são os únicos resistentes da equipa que disputou e perdeu contra a Grécia a final do Europeu de 2004 em Lisboa

sábado, 25 de junho de 2016

Danilo e William

Na selecção Portuguesa presente no Euro 2016 em França, encontram-se 2 jogadores que começaram as suas carreiras futebolísticas em clubes de vila de Algueirão Mem Martins:





quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Mem Martins recebe campeonato de Mini-Trampolim

No próximo dia 16 de janeiro, sábado, realiza-se o Campeonato Distrital de Duplo Mini-trampolim e Tumbling no pavilhão desportivo da Escola Ferreira de Castro em Mem Martins.

Nesta competição vão estar presentes 14 clubes e cerca de 350 ginastas, dos quais 58 representarão a APSC Gimnoanima Associação Desportiva de Sintra.

Entre os clubes participantes vai estar o GMNA – Gimnoanima, o Sport Lisboa e Benfica e o Sporting Clube de Portugal.

O evento tem início programado para as 08h00 e termina por volta das 19h30.



IX Grande Prémio de Atletismo de Algueirão-Mem Martins

GIMNOANIMA – EVENTOS DESPORTIVOS com a Junta de Freguesia de Algueirão Mem Martins e a colaboração técnica da XISTARCA, levam a efeito no próximo dia 21 de Fevereiro de 2016, uma corrida pedestre com a designação IX Grande Prémio de Atletismo de Algueirão-Mem Martins, na extensão de 10km, onde poderão participar atletas federados, ou não, sem distinção de sexo ou nacionalidade, depois de devidamente inscritos. Os atletas inscritos na FPA só poderão correr pelos clubes pelos quais se encontrem federados.
Corrida 10km – 10h00
Caminhada 5km – 10h10

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Reabertura da Piscina do Complexo Desportivo Municipal de Ouressa











A Piscina do Complexo Desportivo Municipal de Ouressa reabriu hoje, após intervenção estrutural profunda a que foi sujeita nos últimos meses.
Para além dos trabalhos de requalificação da infraestrutura a autarquia procedeu também à aquisição de material didático e de mobiliário para os balneários, secretaria e receção, pretendendo desta forma tornar a instalação mais moderna e funcional.
As inscrições para a presente época desportiva podem ser feitas na secretaria da Piscina do Complexo Desportivo Municipal de Ouressa, entre as 7H15 e as 22H45, de 2ª a 6ª feira, e das 8H00 às 15H00, ao sábado.
Para informações adicionais ligue: 219 225 200
Complexo Desportivo Municipal de Ouressa
N38°47’55.0”, W9°21’12.7"


http://www.cm-sintra.pt/reabertura-da-piscina-do-complexo-desportivo-municipal-de-ouressa

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Algueirão - Campeonato de Bikini Fitness e Men's Physique

Campeonato de Bikini Fitness e Men's Physique que se vai realizar a 18 de Outubro de 2015 no Progresso Clube.

Este é o primeiro campeonato destas categorias na zona de Sintra, mais propriamente na freguesia de Algueirão Mem-Martins.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Antigas futeboladas em Mem Martins

Noutros tempos, a chegada do verão era umas das alegrias dos jovens, fim das aulas e brincar na rua com os amigos... 

entre os rapazes o futebol era um dos passatempos favoritos... as ervas crescidas (cheias de pulgas e com cheiro de xixi de gato) nos terrenos vazios rapidamente desapareciam, com todos a correr atrás da bola... 


...se existissem obras por perto, era fantástico, nada melhor para roubar umas madeiras para fazer as balizas... 

os jogos? muda aos 10, acaba aos 20???


e onde se jogava? em Mem Martins existiam vários espaços, e estes eram onde eu jogava...

Quintalão (pessoal do bairro das Eiras)
Rua José Sampayo e Castro

Pinhal/Ti Manel (pessoal do bairro de São Carlos)
Rua Vasco Santana
(a bola às vezes ia para dentro do Lar)

Gaveto (onde se encontram construídas as moradias)
Rua dos Casais
(as vezes a bola ia para o rio) 

as nossas equipas, por vezes, deslocavam-se ao 'estrangeiro', para jogar em Sacotes, Vale de Porcas.... :)

mais tarde começaram a surgir os rinques, numa primeira fase sem balizas (urbanização do Pinhal) onde se jogava junto do pessoal das BMX's, e depois já com balizas na Quinta do Recanto (lá se marcava com o TiPedro)...
urb. Pinhal
Quinta do Recanto
SAUDADES deste jogos 'naturais' entre o pessoal das ruas, dos bairros!!!  Que bom lembrar as antigas futeboladas em Mem Martins...

e Onde é que tu jogavas???