Tempo em Algueirão Mem Martins
segunda-feira, 20 de julho de 2015
domingo, 19 de julho de 2015
* OpiniãoAMM: Mem Martins, a terra dos ventos cruzados
Texto Ana Ferreira
(locutora de rádio)
Mem Martins, a terra do vento. Mem Martins, a terra dos buracos. Mem
Martins, a terra dos betos. Mem Martins, a terra dos cafés porta-sim porta-sim.
Mem Martins foi onde cresci e vivi durante 39 anos, a minha idade
actual. Já lhe chamaram muitos nomes, desde aos já acima referidos a ‘simpática
terriola dos subúrbios’, ‘a terra dos saloios urbanos’, sei lá já quantos foram
esses nomes. Uns odeiam, outros amam. Eu acho que deviam todos amar...no final
de contas é apenas mais um pedacinho de terra deste nosso lindíssimo Portugal.
E se está feio ou sem graça (sabemos bem que algumas zonas com especial
destaque às mais antigas padecem deste mal que parece ter-se tornado moda:
deixar morrer ao abandono o que já não é novo) foi porque assim o permitiram. E
se a tendência é para se manter assim mesmo, feio e sem graça, então que duas
conclusões se tirem: ou se trata do laisse-faire bem característico da nossa
crise de valores crónica ou simplesmente falta de gosto. Pessoalmente, e por
muito impossível possa parecer essa junção, acho que é a mesmo a conta
matemática que acerta no resultado!
Sou do tempo em que ao pé da minha casa (a dos meus pais para ser mais
correcta) avistava o ainda símbolo azul da marca Citroen, tinha uns baloiços em
frente a essas instalações, penso que colocados pelo ilustríssimo dono da empresa.
Parece-me bem esta imagem. Também sou do tempo em que existiam dois postos de
abastecimento no largo da estação, um mesmo em frente a antiga passagem de
peões e carros que atravessava a linha do comboio, outra mesmo em frente ao
actual 'minipreço'. Isto já não me parece nada bem. E devia ter razão...os postos
de abastecimento foram eliminados dessas zonas. Por uns tempos, pensei que
finalmente se instaurava algum juízo ainda que lentamente.
Mas também sou tempo
em que em vez de um valente parque desportivo ou de lazer com a qualidade que
merecemos e que tanta falta faz aos moradores desta terra, se construiu um outro complexo comercial, aquele em frente ao Lidl mesmo na entrada principal da
terra como quem vem de Lisboa. Mas que grande cartão de visita desenharam ali!
Isto...também não me parece nada bem. Mas isto...é Mem Martins! Terra do
Concelho de Sintra, um concelho com a tal crónica e severa crise de valores.
Epicentro - Sismo de Sintra 19Jul2015
Na imagem abaixo, a localização do epicentro do sismo de 19Julho2015 - junto ao palácio de Monserrate
epicentro »» Termo que designa, em geologia, o ponto da superfície terrestre onde se registra a intensidade máxima de um movimento sísmico. Em geral situado sobre o hipocentro, ponto subterrâneo em que se origina o foco do sismo.
O sismo de magnitude 3,2 registado às 00h26 da última madrugada (23h26 UTC) teve epicentro junto ao Parque e Palácio de Monserrate, em Sintra, e foi seguido por duas réplicas junto ao Cabo da Roca, 9 minutos depois, às 00h35, e em Albarraque, às 2h40, revelam os novos dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). fonte:'Tudo sobre Sintra'
Localização do epicentro do sismo sentido pela população
epicentro »» Termo que designa, em geologia, o ponto da superfície terrestre onde se registra a intensidade máxima de um movimento sísmico. Em geral situado sobre o hipocentro, ponto subterrâneo em que se origina o foco do sismo.
O sismo de magnitude 3,2 registado às 00h26 da última madrugada (23h26 UTC) teve epicentro junto ao Parque e Palácio de Monserrate, em Sintra, e foi seguido por duas réplicas junto ao Cabo da Roca, 9 minutos depois, às 00h35, e em Albarraque, às 2h40, revelam os novos dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). fonte:'Tudo sobre Sintra'
Localização do epicentro do sismo sentido pela população
Escala de Mercalli Modificada (1956)
Graus de intensidade e respetiva descrição:
I - Impercetível
Não sentido. Efeitos marginais e de longo período no caso de grandes sismos.
II - Muito fraco
Sentido pelas pessoas em repouso nos andares elevados de edifícios ou favoravelmente colocadas.
III - Fraco
Sentido dentro de casa. Os objetos pendentes baloiçam. A vibração é semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados. É possível estimar a duração mas não pode ser reconhecido com um sismo.
IV - Moderado
Os objetos suspensos baloiçam. A vibração é semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados ou à sensação de pancada duma bola pesada nas paredes. Carros estacionados balançam. Janelas, portas e loiças tremem. Os vidros e loiças chocam ou tilintam. Na parte superior deste grau as paredes e as estruturas de madeira rangem.
V - Forte
Sentido fora de casa; pode ser avaliada a direção do movimento; as pessoas são acordadas; os líquidos oscilam e alguns extravasam; pequenos objetos em equilíbrio instável deslocam-se ou são derrubados. As portas oscilam, fecham-se ou abrem-se. Os estores e os quadros movem-se. Os pêndulos dos relógios param ou iniciam ou alteram o seu estado de oscilação.
VI - Bastante forte
Sentido por todos. Muitos assustam-se e correm para a rua. As pessoas sentem a falta de segurança. Os pratos, as louças, os vidros das janelas, os copos, partem-se. Objetos ornamentais, livros, etc., caem das prateleiras. Os quadros caem das paredes. As mobílias movem-se ou tombam. Os estuques fracos e alvenarias do tipo D fendem. Pequenos sinos tocam (igrejas e escolas). As árvores e arbustos são visivelmente agitados ou ouve-se o respetivo ruído.
VII - Muito forte
É difícil permanecer de pé. É notado pelos condutores de automóveis. Os objetos pendurados tremem. As mobílias partem. Verificam-se danos nas alvenarias tipo D, incluindo fraturas. As chaminés fracas partem ao nível das coberturas. Queda de reboco, tijolos soltos, pedras, telhas, cornijas, parapeitos soltos e ornamentos arquitetónicos. Algumas fraturas nas alvenarias C. Ondas nos tanques. Água turva com lodo. Pequenos desmoronamentos e abatimentos ao longo das margens de areia e de cascalho. Os grandes sinos tocam. Os diques de betão armado para irrigação são danificados.
VIII - Ruinoso
Afeta a condução dos automóveis. Danos nas alvenarias C com colapso parcial. Alguns danos na alvenaria B e nenhuns na A. Quedas de estuque e de algumas paredes de alvenaria. Torção e queda de chaminés, monumentos, torres e reservatórios elevados. As estruturas movem-se sobre as fundações, se não estão ligadas inferiormente. Os painéis soltos no enchimento das paredes são projetados. As estacarias enfraquecidas partem. Mudanças nos fluxos ou nas temperaturas das fontes e dos poços. Fraturas no chão húmido e nas vertentes escarpadas.
IX - Desastroso
Pânico geral. Alvenaria D destruída; alvenaria C grandemente danificada, às vezes com completo colapso; as alvenarias B seriamente danificadas. Danos gerais nas fundações. As estruturas, quando não ligadas, deslocam-se das fundações. As estruturas são fortemente abanadas. Fraturas importantes no solo. Nos terrenos de aluvião dão-se ejeções de areia e lama; formam-se nascentes e crateras arenosas.
X - Destruidor
A maioria das alvenarias e das estruturas são destruídas com as suas fundações. Algumas estruturas de madeira bem construídas e pontes são destruídas. Danos sérios em barragens, diques e aterros. Grandes desmoronamentos de terrenos. As águas são arremessadas contra as muralhas que marginam os canais, rios, lagos, etc.; lodos são dispostos horizontalmente ao longo de praias e margens pouco inclinadas. Vias-férreas levemente deformadas.
XI - Catastrófico
Vias-férreas grandemente deformadas. Canalizações subterrâneas completamente avariadas.
XII - Danos quase totais
Grandes massas rochosas deslocadas. Conformação topográfica distorcida. Objetos atirados ao ar.
[DN] Sismo de 3,2 com epicentro próximo de Sintra foi sentido pela população
Eram 00:26 quando foi sentido um sismo de 3,2 na escala de Richter a sudoeste de Sintra, informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Não há registo de quaisquer danos.
O IPMA adianta que o sismo deu-se a uma profundidade de 14 quilómetros na latitude de 38,76 e longitude de -9,46, que fica no Parque Natural de Sintra-Cascais, junto à N247, a meia distância entre o Cabo da Roca e a Aldeia do Juzo.
O local do epicentro
Fotografia © Google Maps
"Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima III/IV (escala de Mercalli modificada) nos concelhos de Sintra e Cascais", refere um comunicado no site do IPMA.
Este sismo, acrescenta o IPMA, foi sentido pela população. Uma informação que se pode comprovar através das mensagens colocadas nas redes sociais.
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Rede TalkX - “Participar em Rede” e “Participação Online” - 21 e 28 Jul
É importante que neste espaço de todos, a Rede de Participação Juvenil de Sintra http://rpjsintra.dinamo.pt/ index.php/rede; se criem momentos para nos questionarmos, interrogarmos e com opiniões diversas nos possamos transformar, evoluir.
Assim surge a ideia para um momento de encontros, as Rede TalkX, onde existirão conversas ao final do dia (dia *21 e 28 de Julho*) onde receberemos convidados que connosco partilharão as suas experiências, e num ambiente mais informal poderemos trocar ideias e conhecer outras práticas.
Sempre com o foco na participação juvenil e na realidade Sintrense. Será também oportunidade para conhecer melhor a Rede de Participação Juvenil de Sintra e o que tem sido o seu caminho.
No dia 21 de Julho, teremos como tema “Participar em Rede”, temos como convidada a Rede Educação para a Cidadania Global. Iremos falar do que fazem, o que tem planeado num futuro próximo, qual a sua história, de como se formam Redes, entre outras questões.
No dia 28 de Julho teremos como tema a “Participação Online”, e para tal contamos com a colaboração de Hugo Nicolau, administrador de páginas e blogs que promovem estes espaço para a participação no concelho. Nomeadamente o blog Algueirão Mem Martins (que conta com mais de 1 milhão de visualizações), e a página de facebook Algueirão Mem Martins.
As REDE TalkX começam já na terça pelas *19h* – e até às 20h30, no *Sabot Bar*, em *Sintra* (Rua Alfredo Costa nr.º 74) - mesmo junto à estação, e a ENTRADA É LIVRE.
Das ideias à acção, vai um passo,
e ele é teu!
A Rede de Participação Juvenil de Sintra entrou numa nova fase em Fevereiro de 2014, com o apoio do Programa Cidadania Ativa - um instrumento de apoio às ONG, financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants, com a Noruega, Islândia e Liechtenstein como estados doadores) e gerido em Portugal pela Fundação Calouste Gulbenkian. É um projecto promovido pela Dínamo, em parceria com a Freguesia de Agualva e Mira Sintra e a Memória Apurada.
quinta-feira, 16 de julho de 2015
2ª Edição 'Mem Martins Fora D`Horas' - 25Jul2015
***** Vamos para a rua *****
No próximo dia 25 de Julho, os comerciantes de Mem Martins vão levar a cabo a segunda edição de “Mem Martins Fora D`Horas”.Depois do sucesso alcançado em 2014, o comércio de Mem Martins vai voltar a abrir portas durante a noite.
No próximo dia 25, venha fazer compras
no comércio tradicional até às 23 horas.
Para além de grandes descontos, os comerciantes preparam para si muitas outras surpresas e animação.
no comércio tradicional até às 23 horas.
quarta-feira, 15 de julho de 2015
Sessão Pública do Programa Estratégico de Reabilitação Urbana da ARU de Mem Martins
Irá realizar-se no próximo dia 21 de julho pelas 19h00, no auditório da Casa da Juventude na Tapada das Mercês, uma sessão pública onde será discutido o Programa Estratégico de Reabilitação Urbana da ARU de Mem Martins e Rio de Mouro.
terça-feira, 14 de julho de 2015
Comissão de Trabalhadores da MESSA
Texto
extraído da Dissertação de Mestrado em História dos
Séculos XIX e XX (Secção do Século XX) (AGOSTO, 2008) de Miguel Ángel Pérez Suárez
Orientador: Professor Catedrático Fernando Rosas da ‘Faculdade de
Ciências Sociais e Humanas’ da ‘Universidade Nova de Lisboa’
CONTRA A EXPLORAÇÃO CAPITALISTA COMISSÕES DE TRABALHADORES E LUTA OPERÁRIANA REVOLUÇÃO PORTUGUESA (1974-1975) [clica para aceder ao trabalho completo]
III.6. Messa
(Mem Martins, Sintra)
Começaremos
por falar na luta da Messa, uma empresa de fabricação de máquinas de escrever
sediada em Mem Martins com cerca de 1700 trabalhadores, maioritariamente
mulheres. A empresa vai viver um conflito de trabalho prolongado, conjugado com
a própria crise da companhia que se prolonga até, e ultrapassa, o encerramento
das instalações. As formas de luta e as reivindicações radicais destes
trabalhadores vão chamar a atenção dos meios de comunicação social e dão o mote
para as primeiras reflexões da sociologia sobre a onda de greves de Maio-Junho
de 1974.
A 9 de Maio os
trabalhadores apresentam o seu caderno reivindicativo: 40 horas, 6000$ de
salário mínimo, publicidade de vencimentos, abolição do prémio, um mês de
férias com subsídio, 13º e 14º mês, proibição de despedimentos sem justa causa
e saneamento. Esta última questão, alicerçada em acusações de assédio sexual às
trabalhadoras por parte das chefias. Os trabalhadores vão exigir:
a) Eliminar do
seio da empresa todos os ditadores que sempre cercearam as aspirações do
trabalhador, na sua evolução profissional, impuseram castigos injustos, disseram
palavras menos correctas de chefes para subordinados ou viceversa, protegeram
os bufos, albergaram no seu seio os engraxadores que normalmente são os menos
competentes, prejudicando tanto a Entidade Patronal como o trabalhador, a fim
de manterem o seu reinado.
A 16 de Maio
começa a greve com ocupação das instalações que se vai manter até 28 de Maio.
No dia 19 vai ser publicado o primeiro número do Jornal do Trabalhador da
Messa. Na edição do dia 22 encontramos uma declaração de princípios e
versos (Quadras do povo e Poema a futura Messa) que reflectem o
nível de consciência dos trabalhadores. Reproduzimos apenas parcialmente estes
textos:
(…) Estamos
plenamente convictos que só haverá autêntica liberdade entre os Homens, quando
o cancro da ganância, da inveja, da vigarice, do conceito de superioridade,
haja desaparecido da face da Terra.
A nossa luta
só tem verdadeiro significado se tiver como objectivo máximo a Emancipação dos
POVOS TRABALHADORES de todo o mundo!
Os poemas
seguem o mesmo tom e justificam alguns pedidos concretos de saneamento:
Quadras do povo
I
Quem produz toda a riqueza
Que pertence aos usurários?
Serão estes com certeza?
Ou somos nós, os operários?!!
(…)
Poema a futura Messa
(…)
V
Um senhor de simpatia
Como era o Rui de Matos
Dos aumentos não sabia
E dele ficamos fartos.
VI
O Águas nos iludia
Para a gente trabalhar
Mas nem a bata vestia
Com medo de a sujar
VII
Carolina, chegou a hora
Do teu tacho se quebrar
Queremos que vás embora
Para o fascismo acabar
VIII
Em frente, MESSA
Adiante povo unido
Proletariado em luta
Razão do dever cumprido
A greve vai
prolongar-se até 28 de Maio, quando é assinado o CCT do sector metalúrgico. Na
Messa os trabalhadores criticam a aceitação pelo sindicato de um salário mínimo
de 4500$ e rejeitam o contrato. Quando em Setembro de 1975 a fábrica volta a
ser ocupada, o motivo será um plano de viabilização proposto pela entidade
patronal. Na Messa a crise tinha chegado para ficar.
Abaixo, a localização de todas as empresas referenciadas nesta Dissertação de Mestrado
Abaixo, a localização de todas as empresas referenciadas nesta Dissertação de Mestrado
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