A Escola Piloto, agora designada por EB1 nº 2 de Mem Martins, foi 
inaugurada em 1966. Construída na altura pelo M.O.P. (Ministério das 
Obras Públicas) com o intuito de criar um projecto piloto de que a 
construção nada tinha com as escolas do Estado Novo mas estruturas com 
nova imagem. 
Esse projecto piloto tinha como finalidade que os alunos 
que frequentassem a 1ª classe, apesar de mudar de sala de aulas à medida
 que transitavam de ano, a professora acompanhava os mesmos até à 4ª 
classe e assim sucessivamente...
A
 Escola Piloto, tem vindo, com o passar dos anos, a sofrer alterações 
estruturais bem como melhoramentos de equipamento. No entanto a 
estrutura base bem como a sua imagem primária tem se mantido. Mas eis a 
história ...
História da E.B.1 n.º2 de Mem Martins
No
 ano de 1960 é criada a OCDE (Organização de Cooperação e 
Desenvolvimento Económicos) de que faz parte o CERI (Centro para a 
Investigação e Inovação no Ensino) que considerava que o desenvolvimento
 do sistema educativo era determinante no desenvolvimento económico e o 
DEEB (Desenvolvimento e Economia em Construções Educacionais) que 
apoiava as construções escolares. 
O ministro da Educação da altura, 
Leite Pinto, solicitou à OCDE um estudo internacional sobre as 
necessidades educativas em Portugal e daí resultou o Projecto Regional 
do Mediterrâneo que incluiu, além de Portugal, a Espanha e a Grécia e 
ainda a Itália, a Turquia e a Jugoslávia. Em Portugal, para passar a 
escolaridade obrigatória de 4 para 6 anos, mesmo passando as classes 
para regime duplo ou desdobramento (ou só de manhã ou só de tarde), era 
necessário construir mais de 2000 salas de aula, num país em 
desenvolvimento.
Em
 1963 foi criado o Grupo de Trabalho sobre Construções Escolares, 
constituído por técnicos (alguns dos quais com experiência de 
construções escolares na União Internacional de Arquitectos) do 
Ministério da Educação Nacional e do Ministério das Obras Públicas, que 
em 1965 elaborou as Normas para a Construção de Edifícios para o Ensino 
Primário Elementar, que não chegaram a entrar em vigor.
Na
 sequência e em aplicação dos estudos realizados no âmbito do Ministério
 das Obras Públicas, em colaboração com o Ministério da Educação 
Nacional e ao abrigo de acordo celebrado com a O.C.D.E., em 31 de 
Dezembro de 1963, foi-se construindo, com o apoio da Câmara Municipal de
 Sintra, em Mem Martins, um edifício destinado a ser escola-piloto do 
ensino primário, tendo--se tornado modelo nas futuras construções de 
escolas primárias.
O
 conceito de escolas ideais nesta altura era um conceito de “escolas de 
área aberta”. A Escola Piloto de Mem Martins, que não sendo de planta 
aberta, demonstrava aproximações a esse conceito e era o que de mais 
inovador existia em Portugal.
A
 escola de área aberta tinha sido projectada partindo do pressuposto de 
não haver espaços individuais para a turma. O que permitia elaborar um 
programa distinto, juntar o programa educativo com as preferências dos 
alunos. 
O
 edifício ficou concluído em 1966. Por despacho ministerial de 3 de 
Agosto de 1967, foi oficialmente criada a Escola Piloto, actual E.B.1 
nº2 de Mem Martins, sob a orientação do arquitecto inglês Guy Oddie.
Uma
 escola que se pretendia em tudo inovadora, não só no espaço físico, mas
 também nos recursos utilizados e orientações no campo da pedagogia.
Em
 Portugal, vigorava ainda a separação de sexos no ensino primário. Na 
construção de Mem Martins, foi necessário construir quatro salas (duas 
de cada sexo) com recreios cobertos também separados. O pátio a sala 
polivalente e a biblioteca eram comuns. 
O
 ano lectivo de 1967-1968, marcou o arranque da escola que funcionou 
como escola-piloto, um local onde se realizaram experiências pedagógicas
 inéditas em Portugal, até ao ano de 1974. Após esta data, passou a 
integrar a rede normal, passando a denominar-se E.B.1 nº2 de Mem 
Martins, no entanto ainda hoje é conhecida pelo seu nome Original 
“Escola Piloto”.
Com
 o 25 de Abril, a situação mudou e os professores andavam de escola em 
escola, o que dificultava a adaptação a um modelo pedagógico diferente.
À
 medida que a população cresceu, havia menos espaço para os alunos. E 
assim o modelo tradicional das escolas reconquistou o terreno que antes 
lhe pertencia, até pelas alterações do modelo de ensino que actualmente 
se baseia numa escola básica com nove anos de escolaridade obrigatória. 
Várias situações no ensino alteraram-se e o edifício não resistiu às 
mudanças.
A
 necessidade de crescimento da escola, para poder responder ao crescente
 número de alunos, fruto do aumento de densidade populacional que esta 
localidade sofreu, a escola necessitou de criar dois novos anexos.
No
 ano lectivo de 2004-2005 foi criado o Agrupamento Vertical de Escolas 
Maria Alberta Menéres. A Escola passou a estar agregada à escola do 2º e
 3º ciclos com o mesmo nome.