Tempo em Algueirão Mem Martins

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

[Rimas e Batidas] Tristany: “Eu parto do princípio de que a minha música é um pouco apátrida”

Agora é a valer: Tristany regressa à promoção do seu álbum de estreia com a versão ao vivo para o tema “Mô Kassula”.

O artista multidisciplinar de Mem Martins deu a conhecer a veia que o liga à música com os Monte Real, tendo lançado o seu primeiro EP em 2015 — no grupo assinava enquanto Tristany Time Old. A orientação para o hip hop de cariz mais tradicional manteve-se até “Noites de Mem Martins”, o maior êxito da crew, que serviu como hino para uma nova geração de adolescentes que crescia naquela vila de Sintra, à margem do que as tendências ditavam.
Depois de ter largado Time Old e ter passado pelo projecto Oficina Portátil de Artes, orientada por Francisco Rebelo, João Tristany despiu-se de rótulos e focou-se em criar um novo género de música urbana, que classifica como “apátrida” e que é definida dentro do seu circulo de amigos como “sintranagem”. Por lá, os ensinamentos do hip hop não foram esquecidos mas a sua força nota-se especialmente nas palavras, veiculadas com a dor do fado na voz e embaladas em ritmos mornos vindos de África, que se destacam entre a mescla de esquemas que aplica às suas composições, que podem ir de um jazz-rock mais stoner ao trap num piscar de olhos.
Meia Riba Kalxa, o seu álbum de estreia, começou a ser antecipado em 2018 com o videoclipe/documentário “Rapepaz”, um retrato poético sobre a realidade da Linha de Sintra. “Mô Kassula” e “O Meninu Ke Brinkava Com Bunekas” surgiram logo depois e confirmaram Tristany enquanto um dos mais promissores artistas para o ano que então se avizinhava. Os três repentinos lançamentos criaram um certo culto à sua volta e nem Sam The Kid deixou de dar o shout-out ao rapaz que estava a moldar a sonoridade de Mem Martins num dos episódios de Três Pancadas. 2019 ainda arrancou com um descontraído “PeSkaDoR di fUbA 2 … (partimento de Leve)”, mas o silêncio reinou nos meses que se seguiram.
Desta vez já não se trata de um ensaio. Meia Riba Kalxa está mesmo a caminho, vai contar com Chullage entre a lista de créditos e engloba os três temas já servidos em vídeo anteriormente. “Mô Kassula”, uma homenagem ao saudoso amigo Marco Boto, foi agora alvo de uma recriação ao vivo, num cenário imaginado por Tristany e Diogo Carvalho, recuperando várias peças e manifestações de arte com assinatura do próprio músico. Suzana e Ari acompanham-no nesta aventura, que serve também como um ensaio para aquilo que poderá ser uma live performance de Tristany quando for a altura certa para apresentar em palco o tão aguardado disco.

Novo espaço da 'Farmácia Vitória'

Farmácia Vitória abre o seu novo espaço na próxima seg-feira dia 27 de Janeiro.

O novo endereço é Rua Manuel Guimarães 2B(Urbanização Cabeço da Fonte, em frente às bombas da Galp)

Horário das 9:00 às 20:00 de segunda a sábado.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

[Observador] Editora Europa-América entra em insolvência

A histórica editora portuguesa, fundada em 1945, apresentou esta semana um pedido de insolvência no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa-Oeste, em Sintra, noticiou o Expresso.

A Publicações Europa-América, uma das mais antigas editoras portuguesas, apresentação na quinta-feira um pedido de insolvência no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa-Oeste, em Sintra, noticiou o Expresso. A empresa há muito que enfrenta uma difícil situação financeira.
De acordo com o semanário, a lista de credores é composta por mais de 50 nomes, onde se incluem outras editoras, como a Gradiva, o banco Santander e o Instituto da Segurança Social, que tem o nome da editora na lista de devedores desde 2017. A família Lyon de Castro, fundadora e dona da empresa, surge também entre aquelas a quem a Europa-América deve dinheiro.
Há pelo menos cinco anos que a editora acumula prejuízos, segundo informações recolhidas pelo Expresso, não sendo capaz de gerar receitas suficientes para cobrir os gastos.
As dificuldades do mercado editorial português são conhecidas mas, apesar de existir a perceção de que o número de vendas tem vindo a diminuir, não existem dados recentes relativamente à situação atual. Algumas das editoras independentes mais antigas que enfrentaram dificuldades financeiras e que estiveram em vias de fechar, acabaram por ser incorporadas dentro de um grande grupo editorial. Foi isso que aconteceu, por exemplo, com a Assírio & Alvim, hoje parte do Grupo Porto Editora, e com a Caminho, da Leya.
Fundada em 1954, a Europa-América com sede na Rua Francisco Lyon de Castro, em Mem Martins, publicou mais de 51 milhões de livros, de 1.900 autores nacionais e estrangeiros, refere o seu site. Além da sede em Mem Martins, a Europa-América tem também uma delegação no Porto, na Rua 31 de Janeiro.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

[TSF] Tapada das Mercês, uma escola para dezenas de nacionalidades

Nesta altura serão mais de 30 mil os imigrantes legalizados no concelho de Sintra.
No concelho de Sintra a média é de 38 nacionalidades por estabelecimento de ensino. Fica na Tapada das Mercês uma dessas escolas. Os alunos tratam-se por "black" e "yellow", a brincar com quem discrimina, mas é politicamente correto. 
"Nos centros de saúde do concelho de Sintra, todos os dias há 10 novas inscrições", conta o vereador Eduardo Quinta Nova. Estas inscrições são apenas de imigrantes recém chegados que, mesmo sem toda a papelada legal, sabem que podem ter acesso a cuidados de saúde.
Nesta altura, de acordo com os números da autarquia, serão mais de 30 mil os imigrantes legalizados e quase outros tantos os que estão à espera de concluir o processo. O concelho diz-se de braços abertos para receber mais mão-de-obra, sobretudo para os setores da agricultura e dos serviços.

A integração de tanta gente tão diferente é o grande desafio, mas há quem tenha aprendido a fazê-lo. A escola da Tapada das Mercês, por exemplo, começou esse caminho há mais de 20 anos.