Tempo em Algueirão Mem Martins

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

"Café Baribomba" inaugurado em 1941, na 'Av.Chaby Pinheiro'

Noutros tempos (1941), a abertura de lojas no centro de Mem Martins eram noticias de jornal, e motivo de orgulho para a população. 

Na esquina da "Estrada de Mem Martins" com a "Avenida Chaby Pinheiro", foi inaugurado em 1941 o "Café Baribomba", e foi sem dúvida um espaço importante para o desenvolvimento da localidade. Foi ponto de encontro da população, e dos tradicionais veraneantes que vinham passar as suas férias de Verão, em Algueirão Mem Martins, aproveitando o conforto da aldeia e o ar da serra. 


Mais tarde, no mesmo espaço abriu um dos melhores restaurantes de Mem Martins, o "Restaurante Chaby", que era sem dúvida um restaurante de qualidade e referência no concelho de Sintra.

Noticia do "Jornal de Sintra" em 1941

"No passado domingo inaugurou-se nesta localidade um novo estabelecimento, propriedade do Sr.João Cunha.

É o "Café Baribomba" instalado em belo edifício fronteiro ao Cine-Mem Martins. 

O primeiro dia de existência do novo estabelecimento decorreu num ambiente de franca alegria; mesas cheias, cálices que se enchem de "Porto" e se despejam quase sem dar por isso, tão animada está a conversa! Aqui joga se "dominó"; ali, são as pedras do "gamão" que são manejadas com destresa. No conhecido "négus" disputa-se rija partida, ao som duma "rumba" transmita pela Emissora Nacional.

Não chegamos a saber quais os que ganham ou os que perdem, segundo parece, tanto uns como outros sabem tão bem ganhar como perder. É tudo boa gente; são todos amigos!... (...)

Notámos com curiosidades e satisfação que entre a numerosa clientela encontrava-se alguns veraneantes de 1940 que nos fizeram recordar os belos dias que passaram em Algueirão Mem Martins no ultimo verão. E para nós bastante lisonjeiro e agradável a sua presença na nossa terra no dia em que ela dá mais um passo em frente no caminho que a conduzirá ao progresso a que tem absoluto direito e para a qual continuará trabalhando. (...)

No novo estabelecimento, além da secção de pastelaria e jogos, encontra-se belíssimo café vendido à chávena, feito em moderníssima máquina, e a peso; vinhos generosos e de mesa, licores, águas minerais e de mesa, etc.

Outro melhoramento é a bomba abastecedora de gasolina que aqui se encontra, e bastante falta fazia. Ao Sr. João Cunha apresentamos os nossos parabéns e os nossos desejos de prosperidade"

Actuação do rapper 'Bispo' no 'Hard Club' no Porto [video]

Actuação do rapper 'Bispo' no passado dia 12 de dezembro no 'Hard Club' no Porto.





Na cidade invicta gritou-se:
"Querem saber de mim, Algueirão Mem Martins,
K
S Family, Tou aqui, 
Mentalidade Free...

Querem saber de mim, 
Algueirão Mem Martins, KS Family, Tou aqui, Mentalidade Free...
Querem saber de ti, Algueirão Mem Martins, LS Family, 2725, cinco shisho,
Pára e pensa, Marca a diferença...Capta não é coincidência, Passo a passo compensa,
Faço o que faço com cabeça, Fiel a cada princípio, 
RAP não é violência, Papel e caneta é vicío,
Não é sacrifício, É amor pa je, PNTP Bispo RAP, Palavras pa quê, Quem tem olhos vê
Um sonho uma estrada, Cada dia uma batalha, nada é fácil bruta caminhada
Mas tou firmeza com certeza, Comigo tenho a rapaziada tenho a rapaziada 
A vida dá tanta chapada, Tens que ter pedalada, Muita cilindrada 
Mano escada a escada, E tanta coisa aqui se faz na calada, Mas rapaz não se passa nada


2725 Querem saber de mim
2725 Mentalidade Free
2725 Algueirão Mem Martins
2725 Um brinde à minha raiz










Av. Chaby Pinheiro - Sinaletica de estacionamento

Na Av. Chaby Pinheiro em Mem Martins existe um sinal que eu não percebo... não faz sentido, ninguém o respeita e as autoridades nunca o devem ter visto...
Porque é que é proibido parar e estacionar ali???

domingo, 27 de dezembro de 2015

Ocupação do espaço público

Lanço 1 desafio: fazer uma viagem nas ruas da vila, com '1 carrinho de bebé' ou uma 'cadeira de rodas', e regista todas as dificuldades... ufffff!!!!
(fui só ao ginásio...)

(fui só beber 1 café...)



sábado, 26 de dezembro de 2015

[Publico] O abate das moradias no Algueirão

Como avalias a evolução dos tempos no Algueirão??

Texto do Jornal Publico no dia 27dez2000


As velhas moradias do Algueirão estão a desaparecer para dar lugar a prédios de habitação. Os licenciamentos dos novos prédios, para além de descaracterizarem uma das poucas zonas homogéneas do concelho, têm uma discutível base legal. A câmara de Sintra garante, porém, que, naquela zona, "não há construções que derespeitem o Plano Director Municipal".`


A zona antiga do Algueirão, contígua à estação de caminho-de-ferro, no concelho de Sintra, está a assistir a uma profunda e progressiva descaracterização, motivada pela substituição de muitas moradias de meados do século por prédios de habitação colectiva de quatro e cinco pisos. 


O processo foi iniciado há mais de uma década, com a edificação de alguns prédios avulsos, designadamente nas esquinas das ruas principais, mas tem vindo a acentuar-se fortemente nos últimos meses. Muitos dos imóveis actualmente em execução desrespeitam a letra do Plano Director Municipal, enquanto outros ignoram aquilo que já estava anteriormente preceituado na lei. Basta sair do comboio e mergulhar no antigo bairro de moradias que se desenvolve à esquerda da Estrada do Algueirão. 



Projectado pelo arquitecto Groer, que fez o plano da vila de Sintra, o aglomerado mantém alguma da sua harmonia original, encontrando-se ainda alguma ruas ocupadas exclusivamente, pelo menos de um dos lados, com as vivendas de um piso e os respectivos quintais. O desenho urbano assenta em ruas paralelas e relativamente estreitas, que formam uma quadrícula com as suas transversais, e em pequenas pracetas, que se têm tornado mais exíguas à medida que se vêem transformadas em parques de estacionamento.Muitas das moradias datam dos anos 30 e 40 e ostentam painéis de azulejos com dizeres como "Abençoai Senhor o nosso lar", ou com os nomes das suas proprietárias. A maior parte subsiste em bom estado de conservação, com quintais e jardins cuidados, embora não sejam raras as situações de degradação e abandono.Os prédios de quatro e mais pisos alinham-se nas fronteiras do bairro, desafiadoramente, com o outro lado da rua ainda ocupado por resistentes que se mantêm de pedra e cal nas velhas casas que, aparentemente, todos querem ver por terra. Noutros casos infiltraram-se já no coração do bairro e vão, paulatinamente, avançando pelas suas artérias, procurando inverter a tipologia dominante, aquela que os regulamentos dizem que tem de ser respeitada, aquela que serve de guia ao que aí vem.

O conjunto, como que uma ilha minada pela subida das águas que já irromperam no seu seio, está rodeado de enormes urbanizações desordenadas, cada vez mais próximas, cada vez mais dentro do antigo refúgio de quem não queria viver em Lisboa e não tinha meios para ir para Sintra. A invasão é tão óbvia que, nalgumas ruas, já começa a aproximar-se de uma situação de preponderância da habitação colectiva, favorecendo os apetites de quem quer fazer prédios no lugar de vivendas e permitindo ultrapassar um empecilho legal que, há muitos anos, preconiza a defesa do ambiente urbano.Tome-se, por exemplo, a Rua Engenheiro Júlio Gomes da Silva, no troço entre a Rua de Santo Estevão e a Estrada do Algueirão. No gaveto do lado da Rua de Santo Estevão foram erguidos há perto de uma década quatro prédios de quatro pisos, dois a dar para a Gomes da Silva e dois para a de Santa Catarina. A existência destes edifícios serviu de pretexto à recente aprovação de dois novos prédios com as mesmas características, contíguos aos anteriores, situados de costas um para o outro. O da Gomes da Silva, actualmente em fase de acabamento, tem alvará de construção emitido em 10 de Fevereiro deste ano. O da Rua de Santa Catarina, praticamente pronto a habitar, não tem visível qualquer identificação do processo de licenciamento e do respectivo alvará, contrariando assim o que diz lei, tal como acontece na grande maioria das obras em curso na zona.A aprovação dos projectos destes dois prédios, ambos erguidos onde antes havia moradias, teve como pressuposto o facto de já haver, ao lado, prédios de quatro pisos. A legislação que existia antes da entrada em vigor do Plano Director Municipal de Sintra (PDM), em Outubro do ano passado, já dispunha, contudo, que as câmaras podiam indeferir os pedidos de licenciamento de obras que afectassem manifestamente "a estética das povoações, a sua adequada inserção no ambiente urbano ou a beleza das paisagens, designadamente em resultado da desconformidade com as cérceas dominantes, a volumetria das edificações (...)" 

Acrescentava o decreto 250/94 que o licenciamento podia ser indeferido se a obra projectada constituísse, "comprovadamente, uma sobrecarga incomportável para as infra-estruturas existentes".As velhas ruas do Algueirão e as respectivas redes de água e esgotos, para já não falar no estacionamento, estão há muito a rebentar pelas costuras. Mas nem a sobrecarga das infra-estruturas nem a desconformidade com as cérceas e volumetrias dominantes foram suficientes para barrar o caminho à subversão urbanística da zona.Agora que já há mais um prédio em cada uma daquelas ruas mais difícil se torna argumentar com a respectiva envolvente. Na Gomes da Silva, onde ainda há um mês estava uma outra moradia, a que tinha o número 20, até já se encontra um terrapleno, sinal de que um novo edifício vem a caminho.Isto apesar de o troço em questão continuar a ter apenas três prédios de habitação colectiva de quatro pisos - um deles em acabamentos -, contra quatro moradias unifamiliares, sem contar com a que foi demolida há algumas semanas.Mas o que se diz dos dois prédios em fase de acabamento nas ruas de Santa Catarina e Gomes da Silva pode dizer-se, pelo menos, do número 10 da Rua de Santo Estevão, onde existia uma moradia e agora existem as fundações inundadas de um imóvel de quatro pisos; ou dos números 4 e 6 da mesma rua, onde as moradias ainda lá estão mas já foi aprovada construção de mais um prédio; ou do número 5 da Rua da Ribeira, onde ainda se vê o muro e a entrada da antiga vivenda que cedeu o lugar a um prédio de quatro pisos actualmente em construção; ou ainda do cruzamento da Estrada do Algueirão coma Rua do Forno, onde uma grande moradia, com quintal, figueiras e poço, foi abaixo para ver surgir um prédio que já leva a estrutura no quarto piso.