Tempo em Algueirão Mem Martins

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Grognation x Sam The Kid // Body [video]



[Poligrafo] Entrevista de André Ventura

Execerto da entrevista do deputado André Ventura ao site 


Nasceu em Sintra há 36 anos, certo?
Sim, em Mem Martins.
Como foi a sua infância?
Foi numa zona a que devo a maior parte das coisas que sou hoje porque foi lá que conheci a desigualdade de que tanto falo, em que alguns têm tudo e outros não têm nada. Foi em Mem Martins que comecei a sentir a questão das minorias e a questão do Estado que esquece algumas zonas do país. Os subúrbios são muito esquecidos. Quando falo destas situações, as pessoas sentem que estou a ser autêntico.
Como foi a sua infância? Brincava na rua?
Sim, andava de bicicleta, o meu pai andava no negócio das bicicletas. Eu queria ser ciclista, era a minha grande paixão.
O seu ídolo era Lance Armstrong?
Sim. O dia em que ele reconheceu que se dopou foi uma das últimas situações em que chorei. Eu ia de bicicleta para todo o lado. A bicicleta fazia-me sentir como se tivesse de superar sempre mais obstáculos. Achava que tornar aquilo profissional era conseguir ser alguém numa terra onde as pessoas sentiam que era difícil sair dali, passar um certo escalão social. Eu queria muito.
Chegou mesmo a pensar ser profissional?
Sim. Tinha aquela bicicletas de alumínio para fazer provas. Cheguei a participar em provas locais.
E o talento, era algum?
Não, não era, mas nós apercebemo-nos, por exemplo, que, ao contrário do futebol, de que  eu sempre gostei mas não fui convocado uma única vez... cheguei a it treinar ao Sintrense e ao Arsenal 72, que é um clube pequenino ali em Mem Martins, e nos treinos o treinador ia escolhendo os que queria que ficassem. Eu ficava para o fim, uma coisa terrível. E mesmo quando depois fiquei, nunca fui convocado. Não fiz um jogo.
Quis ser ciclista, mas também quis ser padre. Como é que a fé aparece na sua vida?
Não fui batizado em criança. Os meus pais acharam que eu devia ter liberdade de escolha religiosa. Nunca fui religioso até aos 13,14 anos. Foi já quando estava numa fase mais adiantada que me tornei religioso. Mas tornei-me muito religioso.
Porquê?
Hoje tento olhar para trás e também não consigo explicar muito bem. Mas isto é autêntico: eu fui à igreja por minha iniciativa. Queria saber porque sentia este apelo dentro de mim. Fui à Igreja do Algueirão, uma igreja com muita gente, muito complicada nas dinâmicas internas pelo tipo de pessoas que a frequenta. Depois baptizei-me, crismei-me e, como estava muito imbuído de fé, fui para o seminário.

[Eclesia] Catequese em casa: A reinvenção da vivência da Páscoa em tempos de isolamento [video]


Lisboa, 15 abr 2020 (Ecclesia) – Rita Santos, catequista da paróquia da paróquia do Algueirão, no Patriarcado de Lisboa, disse que, neste tempo de isolamento social, é necessário “reinventar a vivência do tempo de Páscoa”.
“Este ano foi uma reinvenção, estamos habituados a ir às celebrações, este ano foi estranho e com alguma tristeza e dor, confinados em casa, mas fazemos este esforço”, referiu, no programa Ecclesia, transmitido hoje na RTP2.
A entrevistada recorda que os catequistas têm feito um esforço para acompanhar os catequizandos e famílias, propondo celebrações em família e mantendo a ligação.
“Não podemos deixar passar em claro, muitas famílias fizeram um cantinho de oração, com a cruz, uma Imagem de Nossa Senhora, a Bíblia para criar ambientação para rezar em casa”, conta.
Rita Santos faz ainda um paralelismo entre a ansiedade que os apóstolos sentiram na época pascal e o isolamento social devido à pandemia de Covid-19.
“Os apóstolos tiveram medo e agora nesta fase nós também esse sentimento de medo, ansiedade de querer uma resposta rápida de Jesus é como estarmos agora nessa espera”, aponta.

Apesar da Ressurreição “ser difícil de perceber ao olho humano” a catequista aponta que se sabe que aconteceu e acaba por ser “o sentido de ter fé e acreditar” e alimentar essa esperança.
“O desafio maior em confinamento é transmitir esta alegria que Jesus ressuscitou e que preenche o nosso coração, nos torna pessoas melhores, e aqui fica o desafio dos catequistas terem gestos de aconchego às crianças e que as crianças liguem aos catequistas e partilhem as suas coisas”, deseja.
Rita Santos referia ainda que nesta Páscoa houve muitas manifestações nas redes sociais mas sentiu “falta da família e do abraço na sua paróquia”.
“Na família estivemos em videochamada para partilhar esta alegria, nunca houve tantos grupos como agora e assim conseguimos ter levado a todos; na minha paroquia fez falta o abraço no domingo de Páscoa”, afirmou. 

sábado, 11 de abril de 2020