A Ermida de São Romão ergue-se sobre uma elevação, ou plataforma, artificial, no interior da qual se registam importantes vestígios arqueológicos romanos e pré-históricos.
No seu todo, trata-se, sem qualquer dúvida, do principal conjunto histórico-monumental da Freguesia de Algueirão - Mem Martins e, no seu género, de um dos mais significativos do Concelho de Sintra.
Os vestígios pré-históricos ali existentes são ainda mal conhecidos, apesar de objecto de um estudo prévio e respectiva publicação; não é de excluir, contudo, a sua directa relação com os vestígios arqueológicos da Pedreira da Cavaleira, descobertos em 1975, atribuíveis ao Calcolítico Inicial que corresponderiam, muito provavelmente, a um povoado, entretanto desaparecido, devido à laboração da pedreira.
A época romana, à qual pode eventualmente pertencer a referida plataforma artificial e de muitas estruturas que nela permanecem, evidencia-se através de um grupo bastante representativo de inscrições datáveis do século I e II d.C., retiradas das ruínas da ermida em 1956. Trata-se de um túmulo cupiforme (do latim cupa = barrica; em forma de barrica) completo com a seguinte inscrição: Aqui jaz Marco Estácio Máximo, da tribo Galérica, filho de Marco (M.A.S.M.O. XC), que integrava seguramente uma necrópole incinerária romana nas proximidades, dado existirem outros vestígios recolhidos em Lourel; e de uma área consagrada aos Deuses Manes (M.A.S.M.O. XCII), encontrada a meio da alvenaria que compunha o altar da Ermida.