Tempo em Algueirão Mem Martins

quarta-feira, 10 de junho de 2020

[JFAMM] Demolição Mercado Fanares

Prosseguem a bom ritmo as obras que irão requalificar a zona onde estava localizado o antigo Mercado de Fanares, em Mem Martins. Este que, disse o presidente Válter Januário, será o ponto de partida para um projeto de requalificação urbana onde será criada uma nova centralidade e novos percursos pedonais.


A requalificação do espaço está inserida num projeto da Área de Reabilitação Urbana (ARU). Aqui haverá um espaço completamente diferente do que estavamos habituados a ver. Uma praça pública que une a Praceta de Damão à Praceta de Goa por pavimento único, com uso misto na Rua de Panjim, onde serão criadas zonas de lazer e de cultura.

“Será um espaço de lazer e de fruição para a população, com uma praça central, zonas de estadia onde as pessoas possam estar. Uma nova centralidade à freguesia. Vamos ter mais um espaço para atividades lúdicas, culturais, desportivas e recreativas que nos faz falta na freguesia”, referiu o presidente ao visitar o espaço antes da sua demolição.

Um espaço com história para muitos, mas que devido à extrema degradação, ao longo do tempo, impediu a sua reabilitação. Agora, o antigo Mercado de Fanares dará lugar a uma nova vida para Mem Martins, numa centralidade que irá incluir percursos pedonais entre o novo estacionamento da Praceta Nau de São Rafael e a estação de comboio da CP de Algueirão-Mem Martins, com cerca de 450 metros de extensão e, ainda, a ligação ao Parque Linear da Ribeira da Laje, aberto ao público em 2019, e que permitiu a ligação entre Mem Martins e Rio de Mouro, numa área total de intervenção de 13,5 hectares.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

[sintranoticias] “O dinheiro é escasso, mas tem de ser gerido da melhor forma”

Valter Januário, presidente da Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins, em entrevista ao Sintra Notícias e ao Jornal Correio de Sintra, faz um ponto de situação do estado da freguesia mais populosa do país. “Uma responsabilidade assumida, com empenho e dedicação, todos os dias”.


Algueirão Mem Martins, tem em marcha um conjunto de obras, “há muito reclamadas e desejadas” pela população daquela que é a mais populosa freguesia do país, com mais de 66.250 habitantes, de acordo com os dados do censos de 2011.
“Uma responsabilidade assumida, com empenho e dedicação permanente, todos os dias”, refere Valter Januário presidente da Junta de Freguesia de Algueirão Mem Martins, que aceitou o desafio do Sintra Notícias e do Jornal Correio de Sintra, para uma visita guiada por algumas das obras, que considera “importantes pela qualidade de vida que vai proporcionar à população” e que estão a decorrer na freguesia.
A construção do novo Centro de Saúde na Messa em Mem Martins a demolição do velho e degradado Mercado de Fanares, ou mesmo as obras de requalificação, já em fase de conclusão, do Largo das Mercês, espaço que integra o corredor verde pela Ribeira da Lage, são obras que considera “importantes” para a freguesia.
“O dinheiro é sempre escasso, mas tem de ser gerido da melhor forma”, sublinha Valter Januário, eleito pelo PS, destacando o “bom relacionamento institucional” com a Câmara de Sintra, “que nos tem ajudado a concretizar estas obras”, fazendo também referência à “equipa empenhada” que dispõe no executivo que preside.
“Há repavimentações em muitas das ruas na freguesia”, prossegue o presidente da Junta de Freguesia, dando como exemplo a renovada Rua Dr. João Barros, que vai ter novos e mais espaços de estacionamento bem como melhorias de circulação ao longo de toda a via que liga Mem Martins às Mercês.
Na Rua do Coudel também estão a terminar as obras para a colocação de novas condutas de águas pluviais, “mais largas para travar inundações”.
Na calha está ainda a requalificação da zona de Mem Martins Poente, já com um projeto para a zona, que passa pela instalação de vários equipamentos de lazer.
De momento a maior preocupação de Valter Januário “passa pelo estado em que se encontram muitos dos espaços verdes” na freguesia por “falta de cumprimento da empresa responsável pela sua manutenção”, lamenta o autarca, mostrando-se também “sensível com questões sociais”, que surgiram recentemente, durante o período de confinamento no contexto da pandemia Cocid-19: “uma situação nova que ninguém esperava. Tivemos que canalizar toda a nossa atenção para esta questão”.
Preocupações e anseios do autarca, em destaque na edição desta semana do Jornal Correio de Sintra, nas bancas nas próximas horas, com desenvolvimento também no SINTRA NOTÍCIAS.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

[Jornal I] Pré-escolar. Um regresso cheio de ‘abraços apertadinhos’

As regras da DGS cumprem-se à risca, mas os afetos não podem ser afastados. A felicidade de um abraço marcou o regresso à escola das crianças entre os três e os seis anos. Ainda assim, nem todos fizeram os testes de despiste, ao contrário do que aconteceu no regresso às creches.


Há gestos que não mudam e afetos que não desapareceram em pouco mais de dois meses de confinamento. A pandemia pede afastamento, mas as crianças querem abraços. E ontem foram mesmo os mais novos a ganhar a luta do distanciamento – o regresso do ensino pré-escolar ficou marcado pelo abraço à educadora, à auxiliar e ao amigo que não viam desde março. “Isso foi inevitável, claro que deram logo um abraço a cada uma”, confessou Sofia Pires, educadora de infância na Casa Sarah Beirão, no concelho de Oliveira do Hospital.
O cenário multiplicou-se pelo resto do país e ninguém negou colo ou abraço às crianças. “Nós percebemos e respeitamos todas as orientações da DGS, mas temos de respeitar também as crianças, não podemos dizer que não pode abraçar o colega, não podemos limitar a criança”, reforçou Carla Pinto Silva, da creche Sempre em Flor, em Mem Martins. Nem todos regressaram à escola, alguns ainda ficaram em casa com os pais e a maioria dos estabelecimentos de ensino pré-escolar tiveram uma taxa de ocupação que não foi além dos 50%. Na Casa do Cuco, no Porto, o “abraço apertadinho” também marcou o regresso das atividades letivas. “Aconteceu e tem de acontecer”, admitiu ao i Sandra Guimarães, diretora pedagógica do colégio.
E desengane-se quem pensa que os mais novos não percebem que é preciso seguir regras e que a saúde está em risco se essas mesmas regras não forem cumpridas. “A Leonor estava a contar há pouco que tinha de ralhar com a mãe, porque a mãe tocou numa campainha que não era para tocar”, disse Sofia Pires, acrescentando que as crianças do pré-escolar “adaptam-se muito bem e aceitam as novas regras com normalidade”.
Enquanto a educadora contava a história, Sara, antes de arrumar um puzzle com o qual tinha brincado, pediu que fosse desinfetado para o poder colocar no armário. É só o primeiro dia, mas aquela não era a primeira vez que Sara pedia para alguém desinfetar um objeto que tivesse utilizado. E, durante a manhã, não foi preciso repetir mais do que duas vezes as regras para que todos entendessem. “Andámos lá fora e explicámos quais eram os percursos limpos – o sítio por onde os pais passam são higienizados e os miúdos só podem passar depois, porque só podem passar em percursos limpos. E eles perceberam logo. A realidade já os preparou – sobretudo aos mais velhos, os mais novos vão por arrasto –, porque eles são bombardeados com muita informação”, acrescentou Sofia Pires.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

[rimas e batidas] “Neblina” é o primeiro avanço da colectânea de feelings de Trista [video]

Agora é a vez de Trista: no final da semana passada, o rapper do colectivo Instinto 26 lançou “Neblina”, o primeiro de uma série de três singles a solo. O tema conta com a produção de Fumaxa e instrumentação adicional de Monksmith e Ariel. O videoclipe ficou a cargo do habitual colaborador Diogo Carvalho.

O selo Instinto 26 tem vindo a ficar à sombra do crescimento exponencial de Julinho KSD, rapper que é autor de vários dos mais recentes hits a surgir no panorama do hip hop português, como “Sentimento Safari”, “Hoji N’Ka Ta Rola” ou “Mama Ta Xinti”, e que no ano passado assinou um contrato com a Sony Music Entertainment Portugal e garantiu igual tratamento para os seus colegas de grupo. Em Outubro de 2019, o Rimas e Batidas entrevistou a crew que voltou a pôr Mem Martins no mapa e destacava o talento de todos os seus quatro elementos que, mesmo com um repertório em nome próprio quase inexistente, iam dando provas do seu potencial ao lado da nova estrela do Casal de São José.
Ainda sem um projecto editado, foi através de singles que Julinho e os Instinto agarraram para si mesmos grande parte da atenção dentro do mercado musical e, aos números que vão amealhando nas plataformas digitais, somaram também inúmeros quilómetros de estrada percorridos para se apresentarem ao vivo em festivais e salas de espectáculo de Norte a Sul do país. Popularidade de egos à parte, a união é o segredo para estes jovens que são uma autêntica força da natureza.
“Temos lidado tranquilamente [com o sucesso]”, começou por explicar Trista ao ReB, ele que já havia mostrado uma certidão de skill dentro de uma sonoridade mais drill em “Concorrência”. “Todos sabemos o que valemos e o que podemos dar. Cada um tem a sua identidade e essa identidade junta-se quando cantamos juntos, é isso o que me faz sentir que o nosso grupo é diferente.”

Diferentes mas iguais aos demais no que toca aos efeitos do COVID-19 no circuito das artes. Com o isolamento social forçado, os Instinto 26 tiveram de colocar uma pausa nos seus espectáculos ao vivo mas trouxe até ao grupo uma nova injecção de foco e dedicação: “Esta pausa foi má, monetariamente [falando], mas fez bem no ponto-de-vista do reencontro e daquilo que queremos para o nosso movimento.”
Pouco mais de um ano desde “Concorrência”, Trista está de volta aos temas a solo e aproveita a paragem dos concertos para vincar o seu nome no movimento hip hop com uma pequena série de três lançamentos: “Neblina” é a primeira amostra e o episódio do meio de uma narrativa que envolve o nascimento e o desenvolvimento de um romance e termina com uma detenção por parte das forças de segurança. Uma colectânea de feelings, descreve-nos Trista, resultado das descobertas que tem coleccionado em estúdio com os colegas.
Quem surge ao seu lado neste novo avanço é Fumaxa, experiente DJ e produtor também de Mem Martins, que acompanha os Instinto 26 na estrada. Tudo aponta para que o homem que se notabilizou ao lado de nomes como Bispo ou Chyna seja também uma espécie de beatmaker in-house do colectivo, ele que lidera a equipa de produção Dirty Doc e tem o seu nome cravado nos créditos de “Conclusão” e “Mama Ta Xinti”, as duas faixas que marcam um ponto de viragem no método de trabalho dos Instinto, cujas vozes agora se fazem ouvir sobre batidas nacionais e originais.
Trista remata a conversa com o ReB sublinhando o orgulho que é poder trabalhar de perto com um nome que já tanto fez pelo hip hop nacional e, especificamente, pelo movimento da área postal 2725:
“É bom trabalhar e aprender coisas novas com gente que está cá há mais tempo do que nós. É uma experiência que me dá orgulho, pois quando era mais novo já conhecia o trabalho e admirava os projectos ele. Agora, poder partilhar estes momentos só me dá orgulho de toda esta caminhada.”

terça-feira, 26 de maio de 2020

[JFAMM] Demolição do Mercado de Fanares

Começou hoje, dia 25 de maio, a demolição do edifício do antigo mercado de Fanares. O objetivo é fazer deste espaço, um ponto central totalmente requalificado, com novas áreas e novos percursos pedonais.


A demolição do antigo mercado de Fanares irá realizar-se durante três meses e é um investimento da autarquia em valorizar os espaços exteriores, como confirmou o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta: “Marca o início do projeto que valorização urbana de toda a envolvente, um investimento de cerca de 1,8 milhões de euros”.

O projeto de requalificação é uma intervenção conjunta entre a Câmara Municipal de Sintra e os SMAS de Sintra, unindo a valorização urbana à remodelação das redes de esgotos e abastecimento doméstico de água.

Este projeto, inserido na estratégia da Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Mem Martins/Rio de Mouro, prevê a criação de uma praça pública que une a Praceta de Damão, intimamente ligada ao mercado, à Praceta de Goa por pavimento único, com uso misto na Rua de Panjim.

O projeto irá permitir a criação de novos espaços de estadia, com esplanadas e reforço de árvores e espaços verdes e prevê ainda a ligação ao Parque Linear da Ribeira da Laje, aberto ao público em 2019, e que permitiu a ligação entre Mem Martins e Rio de Mouro, numa área total de intervenção de 13,5 hectares.