Tempo em Algueirão Mem Martins

terça-feira, 21 de setembro de 2010

VI Cortejo Regional de Sintra [video]

No passado domingo, dia 19 de Setembro, incluído nas Festas de Nossa Senhora do Cabo, realizou-se em Sintra o  VI Cortejo Regional de Sintra. Todas as freguesias do concelho demonstram algo das suas raízes, da sua história, da sua cultura.

A freguesia de Algueirão Mem Martins foi representada pela Fanfarra dos Bombeiros Voluntários, o Grupo Desportivo de Sacotes e os Ranchos Folclóricos "As Vendedeiras Saloias" e "As Mondadeiras do Algueirão".

Apesar de uma representação digna neste cortejo, existia muito mais para mostrar...

Esta festa e este cortejo, com as milhares de pessoas que estavam presentes, são a prova viva do interesse que as populações continuam a demonstrar nestes arraiais populares. Quem esteve presente comprovou a entrega e alegria de todos, num simples cortejo popular.
É importante preservar e dignificar o passado e a história dos locais e das freguesias. É necessário relembrar o passado e intensificar-se as raízes. Na minha opinião, este tipo de cortejo podia se repetir todos os anos, alterando o local da sua realização, alterando-se de ano para ano a freguesia onde se realizava.


Aqui deixo as imagens da Saloia Tv

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Edificio inacabado e abandonado - Mem Martins

Para quando uma resolução para este edifício, na zona do "Poço Novo" em Mem Martins? 
Certamente quando ocorrer ali uma tragedia, um crime, um acidente com crianças, uma violação...
Tratando-se de uma propriedade privada (apesar de abandonada), a Câmara Municipal na impossibilidade de tomar posse do imóvel para o demolir ou concluir, deveria no mínimo, vedar o espaço para evitar uma situação de risco e perigo eminente. 

Aliás, com a quantidade de grafittis que já apresenta, é fácil concluir o facil acesso ao seu interior, e o perigo que isso representa.

Neste local não estão garantidas as questões de segurança para ninguém
No Cacém uma lagoa foi tapada no dia seguinte a terem morrido duas crianças, e aqui? Será igual?

sábado, 4 de setembro de 2010

Festas de Nossa Senhora da Natividade - Mem Martins [1933]

As Festas de Mem Martins tiveram o seu inicio em Setembro de 1933, após a conclusão das obras da capela de Nossa Senhora da Natividade. As noticias inseridas no “DIÁRIO DE NOTICIAS” de 17 de Agosto de 1933 e no “SÉCULO” de 20 de Agosto de 1933, faziam prever algo grandioso, que era motivo de orgulho para todos os saloios e visitantes da terra:
“Esta Festa é o início duma romaria anual, que este ano deve ser muito concorrida, devido à forma como está organizada, havendo já muitos lugares marcados para barracas de negócio e divertimento”.
Aqui está uma fotografia da chegada da primeira procissão à Capela de Nossa Senhora da Natividade em 1933. (agradecimento pela foto Sr. Luis Miguel)
A força de outros tempos, a dedicação e o amor pela terra, o orgulho pelo trabalho de qualidade, é algo que nos podemos orgulhar no passado da freguesia de Algueirão - Mem Martins.

domingo, 29 de agosto de 2010

Encerramento da EB1 nº1 da Baratã

Algueirão - Mem Martins em alguns pontos é um bom retrato de Portugal. 
As últimas medidas do governo isso o comprovam, pois apesar de ser a freguesia mais populosa do Pais, tem tem uma escola primaria a ser encerrada devido ao baixo número de crianças, a EB1 nº1 da Baratã.


As crianças afectas a esta esta escola, segundo o que apurei, serão acolhidas fora da freguesia, na Escola EB1 Mira Sintra 2.

Isto é o retrato da centralização da população em pólos urbanos, abandonado as zonas rurais.

As zonas mais rurais de Algueirão Mem Martins também se podem queixar deste abandono, como é o caso de Coutinho Afonso, Pexiligais, Raposeiras, Sacotes, Casal da Mata. Agora perderam a sua escola.


No entanto, se fizermos uma viagem até Mem Martins, mais concretamente ao Bairro de São Carlos, podemos constatar que iniciaram-se as obras de ampliação da EB1 nº1 de Mem Martins. 

Isto é um custo inerente ao facto de a população começar a ficar demasiado centralizada nos centros urbanos. Abandonam-se edifícios e torna-se obrigatório a construção ou ampliação de outros.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Célia Lawson - 1997 [video]

Célia Lawson, moradora em Mem Martins, foi a vencedora do 34º Festival RTP da Canção, interpretando "Antes do Adeus", dos saudosos Thilo Krasmann e Rosa Lobato Faria.

No dia 3 de Maio de 1997 representou Portugal em Dublin, na Irlanda.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

50 anos da Igreja Matriz do Algueirão

No passado fim de semana de 14 e 15 de Agosto comemorou-se os 50 anos da Igreja Matriz do Algueirão, com uma Eucaristia presidida pelo patriarca D. José Policarpo, um Teatro intitulado "O meu Cristo partido" e uma conferência.

Tudo numa Igreja Renovada, depois de alguns meses de obras. Junto um breve resumo da história da Igreja e da Paróquia, e fotos dos festejos do fim de semana que recolhi do site do Grupo de Jovens da Paróquia de São José.

Foi o Padre Alfredo que apadrinhou o projecto do Arquitecto Amorim, para a construção da Igreja Matriz do Algueirão. A Igreja foi construída num terreno cedido pela câmara em troca de um outro terreno de igual área, pertencente a um paroquiano, o sr. Artur Miranda.


O orçamento, que foi requisitado às empresas Alves Ribeiro e Diamantino Tojal, sendo a obra entregue à Alves Ribeiro, teve um valor aproximado de 1.320.000$, desta quantia 500.000$ foram angariados pelos paroquianos através das participações em festas e das esmolas; o estado contribuiu com 470.000$).
A primeira pedra foi colocada a 15 de Agosto de 1959, sendo a cerimónia presidida pelo arcebispo D. Manuel dos Santos Rocha, mais tarde Bispo de Beja.
Através de um processo, em 1961, reconhecido pela Junta, assinado por um número estimado de 600 votantes, deu-se a constituição da freguesia (de que então faziam parte S.Pedro, Algueirão, Mem-Martins, Sacotes, Coutinho Afonso, Santa Maria, Mercês, a Quinta das Mercês até Rio de Mouro, Baratã e o Telhal até Belas) que foi organizada em função da paróquia. Factos que contribuíram para a aprovação do processo deve-se a existirem 6500 pessoas a residir na freguesia e o de esta ter uma corporação de bombeiros própria (que viera de Albarraque). 
A data religiosa da criação ficou assim estabelecida em 1 de Janeiro de 1962, enquanto a data civil ficou estabelecida em 3 ou 4 de Janeiro do mesmo ano com a publicação no diário da república.


Passaram 50 anos... 
Casamentos, Baptizados, velórios... bons e maus momentos ali se viveram...
Penso todos nos orgulhamos de uma Igreja representativa de todos, independentemente da crença religiosa. 
E para quando também a Igreja Matriz de Mem Martins?

 

domingo, 15 de agosto de 2010

Uma História do Ciclismo em Mem Martins

O “sprint” - História extraída do Livro "Mem Martins – Retratos”, Zé de Fanares

Foi no ano de 1959 que, encorajado por meia dúzia de amantes do desporto das bicicletas, a direcção do Mem Martins Sport Clube deliberou criar uma secção de ciclismo. Os resultados das primeiras provas foram muito fraquinhos já que, de mediocridade do conjunto, apenas se salientaram dois elementos. Os outros…

Era pois necessário reforçar a equipa, caso se quisesse fazer figura. Foi assim que, por mão alheia, apareceu no “Mem Martins” um tal “João Henriques” rotulado de “muito bom rapazinho e com jeito para o ciclismo”.
Fez a sua estreia no circuito de Mem Martins, no dia 14 de Junho de 1959, onde conseguiu um honroso 3.º lugar e, no domingo seguinte, no circuito do Algueirão, venceu tudo e todos, chegando à meta com um substancial avanço sobre o 2.º classificado.

A partir desse dia, os mais entendidos no “desporto do pedal” começaram logo a augurar-lhe um futuro promissor na modalidade.

Com um terceiro lugar na prova da estreia e uma vitória concludente no domingo seguinte, o “João Henriques” passou, num ápice de desconhecido a vedeta.

Vedeta para os seus adeptos e admiradores porque para ele o vedetismo não contava. Continuou a ser o mesmo de sempre: modesto, simples, bonzão…

Como não há bela sem senão o “João Henriques” também tinha o seu: faltava-lhe o “sprint”.

Poderia, ao longo da sua brilhante carreira, ter ganho dezenas e dezenas de provas se, à vista da meta, tivesse aquilo que em gíria ciclista se chama “ponta final”. Mas não tinha e, então, na maioria das vezes, depois de ter feito uma prova brilhante, não conseguia classificar-se nos lugares de honra por falta do tal “sprint”.

Se em Mem Martins o “João Henriques” era um ídolo, na sua terra – Casalinhos de Alfaiate – o João era o ai-Jesus daquela gente.

Aos domingos, ao cair da tarde, sempre que o João ia correr as pessoas não arredavam pé, do café lá da terra, sem que chegasse alguém com notícias da prova.

Então, se o João ganhava era vivas e copos (e às vezes foguetes!) à saúde do vencedor mas, se não ganhava, havia o natural desânimo e os mais entendidos até teciam comentários às características do ciclista.

Foi assim que, um dia, quando chegou a notícia de que o João tinha “feito” um sétimo lugar, alguém comentou:
– É uma pena o nosso João não ter “sprint”.
Esta afirmação foi corroborada por quantos estavam na conversa e houve até um que prognosticou:
– Se o João tivesse “sprint”, ninguém o papava! Ganhava tudo!!

Uma velhota, acérrima admiradora do “João Henriques”, não se conteve e meteu a colherada: 
– Olhem cá, então se nós já lhe comprámos uma bicicleta das melhores, porque carga d’água não lhe havemos, também de comprar uma coisa dessas?!… Um “sprint”?!

N.B. – “João Henriques” é o nome por que foi conhecido enquanto correu no “Mem Martins” o ciclista João Roque, de seu nome João Henrique Roque dos Santos, que foi, no seu tempo, um verdadeiro campeão vencendo inclusivamente uma volta a Portugal.

Antigos corredores: 1958 (Concelho de Sintra)
Arnaldo Péleve (Náo), Albertino, Domingos Claudino (Canástro), António Acúrcio, Florêncio Silva (Covas), Flávio Simões, Xico Portela, Manuel Caneira, Baptista Alvas (corredor e treinador), João Roque, Ladeiras, Paralelo, Luís.