Tempo em Algueirão Mem Martins

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Saudades ou só lembranças... do Algueirão

Texto que encontrei no blog 'Salvaterra e eu', e que aqui transcrevo com a autorização do seu autor João Celorico

"A ligar as duas partes, a de Cima com a de Baixo (do Algueirão), havia uma estrada (ainda hoje Estrada do Algueirão), poeirenta, que hoje, ruas com casas dum lado e doutro, é difícil a quem a não conheceu, saber onde passava. Como alternativa, havia um atalho (hoje o que, praticamente, é a rua dos Morés) pelo meio dos campos, onde, entre campos de cultivo, havia uma Fábrica da Telha.


A estrada, propriamente dita, começaria por alturas do que são, hoje, a Escola Primária e a Igreja, descia ligeiramente e depois de uma subida um pouco mais acentuada, curvava, onde hoje é a rua do Mercado, um pouco abaixo donde foi construído o reservatório de abastecimento de água (que ainda não havia, dado que a água que se utilizava era de poços ou fontes) para a esquerda e para baixo, descia de novo até encontrar a entrada inferior do atalho, numa zona baixa onde estava e ainda está uma mercearia e taberna que não recordo o nome (talvez, “A Competidora”) mas que era do “Pérlita”. Neste local, de passagem duma vala, houve certa vez uma grande inundação que impossibilitou a comunicação dos dois lados da povoação. Ainda pior, porque era por aqui o acesso de e para a estação dos caminhos de ferro!


Com o meu novo Mundo situado cá em Baixo, continuei a minha exploração. As casas aqui, eram mais novas e em maior número mas o movimento de pessoas nem por isso. Muitas das casas eram de veraneio (com o consequente abandono durante o resto do ano) e noutras, as pessoas não trabalhavam no Algueirão, saiam de manhã e retornavam já de noite. A proximidade da estação de caminhos de ferro, ajudava a isso.



É, então, que o centro do Mundo passa para o que se chamaria Rua M (ou seria N?) e hoje é a Rua de Santo Estêvão!E, é daqui que eu parto para a descoberta do resto do Mundo. Não me alargava muito, pois normalmente só ia até à linha do comboio.

Para lá da linha, ia à drogaria, à farmácia, ao cinema “Chaby”, acabado de construir e uma ou duas vezes, a uma drogaria, o “Africano”, para comprar lixívia (que os tempos eram de crise e não a havia em qualquer lado), ali para os lados dos Casais de Mem Martins.



Pois bem, saindo da tal rua M (ou N), chegava à estrada e, para baixo lá encontrava, do lado esquerdo os “Correios”, depois, à direita o “Pérlita", mais à frente, à esquerda a “Cabeleireira”, numa vivenda, lá para dentro e, já quase junto à linha, do lado esquerdo uma taberna, a “Cova Funda”, e na esquina defronte, uma mercearia. 

Do lado direito, entre outros havia uma capelista e outra mercearia, e mais acima o talho do Alfredo Conde, cavaleiro tauromáquico, pai do também cavaleiro Manuel Conde. Este, tinha casado com a filha do Crispim, do Algueirão de Cima; e dizia-se que a família Conde, seriam os mais ricos de Maçãs de D. Maria! Dinheiro atrai dinheiro!

Ainda junto à linha e no sentido de Sintra, começava a Avenida Capitão Américo dos Santos que, penso ligava à avenida, chamada da “Torrejana”, porque lá no fim ficava uma loja (mercearia) com esse nome. Penso que hoje, essa avenida é a avenida Val do Milho. 

Atravessada a linha, do lado esquerdo, ia-se até à Ribeira de Fanares, onde muitas vezes fui com minha mãe, para lavar roupa. Hoje será mais uma ribeira enterrada, talvez sob a Av. dos Capitães de Abril.

Em frente, além da drogaria do “Poças”, da farmácia “Químia” e duma mercearia, a que eu achava muita graça por dizer que era um Armazém de Víveres, coisa estranha para mim, e que ficava defronte da que foi Av. Chaby Pinheiro (penso eu), havia então nessa tal avenida, que pouco mais era do que um descampado, o Cinema “Chaby”. Foi neste cinema que eu vi o “Fado”, "Não há rapazes maus", “Duelo ao Sol”, “A Loura Incendiária”, “Sangue Ardente”, “Tão perto do meu coração”, e “Tarzan e a Fonte Mágica”, o primeiro filme do Tarzan interpretado pelo Lex Barker.

Não foram muitos os filmes que vi mas eu devorava os cartazes que apareciam na montra do “Pérlita”. 
E, do lado de lá da linha, em Mem Martins, para mim, era tudo.
Do lado de cá, defronte da minha rua havia o que hoje é a rua do Forno e que era um caminho, até ao atalho. O forno era um forno de cal, local onde era frequente haver acampamento cigano, o que me obrigava, ao passar por ali, no meu caminho para a escola, a fazer uma espécie de “sprint” relâmpago, de modo a ver-me livre de sensações e medos estranhos demais para um miúdo.

Em sentido inverso, a zona de vivendas ali à volta, incluía uma padaria e um terreno mesmo a pedir que se fizessem ali uns “joguinhos” de futebol, que eu aproveitava na companhia de alguns veraneantes. Depois havia um regato, seco no Verão, uma zona de mato, e chegava à “Torrejana”, zona de mais algumas vivendas que se iam distribuindo na avenida, até à linha do comboio. Pouco mais havia, naquele mato imenso que ficava ali defronte de Ouressa mas, mesmo assim, lá no meio, o Colégio D. Afonso V, isolado, parecia não se importar muito com isso. O certo é que anos mais tarde, mudou-se para os lados de Fanares.

Por aqui, nada mais havia. De referir que para lá do atalho, na direcção das Mercês, havia o “Pinhal da Formiga”, onde corria uma ribeira que julgo seria a Ribeira de Fanares e onde apanhava lírio nas suas margens. Hoje, são ruas e prédios!

Assisti, à construção do edifício da Estação de Caminho de Ferro, pois até ali, o Algueirão, era apenas um apeadeiro; à viagem inaugural das primeiras carruagens, suíças, viagem feita pelo senhor Presidente do Conselho, dr. Oliveira Salazar e à viagem da rainha D. Amélia, a Sintra.

E, dos 3 aos 9 anos, foi este o meu Mundo, conhecido a palmo e que hoje me recuso a reconhecer mas que não esqueço! 
A freguesia mais populosa do país, parece nunca ter tido passado. E futuro, terá?

quinta-feira, 17 de abril de 2014

'Preço Justo' - pastelaria/padaria low cost

Abertura de uma pastelaria/padaria low cost (baixo custo), de nome "Preço Justo", pertencente a empresa Aliança Panificadora do Cacém. 


A pastelaria irá situar-se na Estrada do Algueirão, na antiga panisintra.
Horário, das 6h00 às 20h00


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Desporto ao Ar Livre - Quinta do Butler


Durante os meses de Abril e Junho a Junta de Freguesia de Algueirão- Mem Martins irá promover uma iniciativa aos sábados de manhã, entre as 10h00 e as 12h30, na Quinta do Butler, Rua Popular de Moçambique, Mem Martins. 

Esta iniciativa será totalmente gratuita e aberta a toda a população, proporcionando aos habitantes da nossa freguesia a possibilidade de praticar desporto ao ar livre, promovendo a prática de actividade física e fomentando hábitos saudáveis.


segunda-feira, 14 de abril de 2014

Feira Quinhentista em Mem Martins - 24 de abril

Para assinalar os 500 anos do Foral Manuelino de Sintra, o Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro vai realizar, no próximo dia 24 de Abril de 2014, uma Feira Quinhentista, nas instalações da EB 2,3 Ferreira de Castro, que envolverá toda a comunidade.
Esta atividade, associando as vertentes pedagógica, cultural e lúdica, privilegia atividades interdisciplinares e entre ciclos ao nível de conteúdos e competências, através da recriação histórica de uma feira quinhentista.
Nas instalações da Escola Básica 2,3 Ferreira de Castro será criado um ambiente que nos transportará à época do rei D. Manuel I, contando com a participação de comerciantes e artesãos locais que, integrados na época pretendida, divulgarão os seus produtos e saberes. Também os sabores terão lugar, aguçando os sentidos com iguarias de outros tempos, enquanto a animação estará a cargo de diversas instituições com música, poesia, dramatização, dança, jogos, exibição de quadros vivos, etc. A feira disporá, ainda, de diversos ateliês pedagógicos dinamizados por professores, alunos e instituições patrocinadoras, que levarão a comunidade a experimentar a realidade de outras épocas.
Este evento conta com o patrocínio da Junta de Freguesia de Algueirão Mem Martins e com a colaboração da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica 2,3 Ferreira de Castro.
Convidamos, assim, as famílias dos nossos alunos a estarem presentes neste encontro e agradecemos toda a disponibilidade e dedicação das mesmas na criação de figurinos, pendões, naus, caravelas e tantos outros elementos que enriquecem a cultura dos nossos alunos.
Link (clica) Fonte: http://www.efcastro.pt/default.aspx?canal=13&artigo=364

domingo, 13 de abril de 2014

Acordo para obras na Tapada das Mercês dependente do BCP

O presidente da Câmara de Sintra diz estar prestes a fechar o acordo para o arranque das obras que faltam para concluir a urbanização da Tapada das Mercês, mas ainda tem de convencer o banco BCP e discutir o documento no executivo, razão pela qual não foi ontem celebrado durante a presidência aberta que promoveu na freguesia de Algueirão-Mem Martins. 



Já temos o acordo da partes, mas quero levá-lo à reunião de câmara [agendada para dia 22]. Prevê obras por parte da Fundimo [actual Fundger, Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, proprietária do Floresta Center] e da Cintra Construções, que têm um prazo de seis meses para fazer as obras que faltam. Acabado esse prazo e recebido o loteamento, imediatamente daremos autorizações para a primeira fase da Quinta da Marquesa”, disse ontem Basílio Horta. 

Na sexta-feira, o autarca já tinha avançado a mesma informação na Assembleia Municipal de Sintra, após ser questionado pelo deputado João Silva, do Bloco de Esquerda, sobre quais as iniciativas da autarquia para resolver os problemas de degradação da urbanização, já denunciados naquele fórum por moradores. Em resposta, Basílio Horta recordou que a urbanização com mais de 20 anos, e onde vivem mais de 20 mil pessoas, não foi ainda recepcionada pela câmara porque faltam obras que o construtor não fez “devido a dificuldades financeiras”. 

O presidente da câmara revelou, também, que a empresa construtora pretendia que a autarquia licenciasse a segunda fase da urbanização, conhecida como Quinta da Marquesa, para posteriormente fazer as obras em falta na Tapada das Mercês, uma pretensão que não aceitou. “Recusei, porque era somar um problema a outro. Não há Quinta da Marquesa sem resolução da Tapada das Mercês”, diz Basílio Horta, que admite que a negociação do acordo foi “muito complicada.”

Segundo explicou, o fundo imobiliário proprietário do Centro Comercial Floresta Center vai avançar com obras no valor de mais de um milhão de euros, nomeadamente na construção de um estacionamento de apoio ao centro comercial e a um novo supermercado, e na disponibilização de espaço para uma delegação da junta de freguesia. Está também a ser negociada a construção de um posto de combustíveis “low-cost”.

Ficam a faltar cerca de 500 mil euros de obras a cargo da Cintra Urbanizações e da Sociedade de Construções e Urbanizações Vicente Antunes, dependentes do desenrolar das negociações com a banca, dado que ao contrário do que chegou a admitir, a câmara não irá assumir esse investimento. “Não têm dinheiro e aí têm que entrar o banco BCP, que não quer assinar o acordo”, revela, assegurando que vai insistir junto do banco e reassumir o compromisso de licenciamento da primeira fase do loteamento da Quinta da Marquesa “no dia em que acabarem as obras na Tapada”. 

Depois de resolvido o impasse que tem feito desesperar os moradores, a Câmara de Sintra diz-se pronta para avançar com os projectos do Parque Urbano e de recuperação da capela e do recinto da tradicional feira da Mercês. “O Parque Urbano não vai custar muito. Vamos limpar, fazer caminhos pedonais, pôr bancos e quanto muito fazer uma cafetaria de apoio que será concessionada. Segue-se a recuperação da capela e do recinto da feira, que custará dois milhões de euros”, revela o autarca.

Nova Igreja Mem Martins [Igreja Nossa Senhora da Natividade] (projeto)


  • INFORMAÇÕES GERAIS

    • DATA DE PUBLICAÇÃO: 2013-07-10
    • LOCAL DA OBRA: Rua Artur Bual - Mem Martins
    • FASE DE ESTUDO: Projecto de Execução
    • VALOR ESTIMADO: €1.500.000
    • DATA PREVISTA DE INÍCIO DA OBRA:
      Ano de 2013
  • A Nova Igreja de Mem Martins, localiza-se na freguesia de Mem Martins, no gaveto formado pela rua Artur Bual e praceta do Outeiro e é formada por duas zonas distintas: um espaço de culto e um centro pastoral.

    ESPAÇO DE CULTO: O espaço interior quadrangular da igreja é definido por quatro grandes pilares com 6 x 6 m, cujos capitéis se desenvolvem formando arcos de volta perfeita que, uns com os outros, formam abóbadas de berço que se entrecruzam na zona central do altar.



    O espaço definido por estas duas abóbadas de berço, com 11.50m de diâmetro por 8.50m de altura é iluminado zenitalmente por uma fresta em forma de cruz, definida pelas linhas de fecho das duas abóbadas cruzadas e introduz pela sua dimensão, nesta pequena igreja, uma escala digna da grandeza da “mensagem”.


    A assembleia desenvolve-se em torno do altar, assegurando um bom grau de participação litúrgica e tem capacidade para 410 lugares sentados. As sacristias, as duas capelas mortuárias e o centro pastoral desenvolvem-se a partir da retaguarda do altar com acessos independentes.

    CENTRO PASTORAL: O Centro Pastoral dispõe de um espaço amplo de entrada com acesso aos diversos serviços, zona de estar e cafetaria, por um núcleo de direcção, uma sala polivalente e um núcleo de ensino e formação.


    O núcleo de direcção é composto por uma sala de reuniões, pelo gabinete do pároco e auxiliar, por um zona de secretariado / acolhimento e respectivas instalações sanitárias. A sala polivalente, para conferências, festas e outros espectáculos tem 245 lugares sentados e mais 4 lugares para pessoas com mobilidade condicionada, num total de 249 lugares. O núcleo de formação é composto por 8 salas de catequese, 4 salas de catecumenato, uma mediateca, uma secretária, um depósito de material.

    terreno da nova igreja
    Existem ainda 2 capelas mortuárias, cada uma delas com capacidade para 36 lugares sentados.Todos os pisos ligam entre si por elevador e escadas, uma das quais dá acesso à cobertura e à torre sineira.

    Fonte: http://www.anteprojectos.com.pt/2013/07/10/nova-igreja-de-algueirao-mem-martins/