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domingo, 13 de abril de 2014

Acordo para obras na Tapada das Mercês dependente do BCP

O presidente da Câmara de Sintra diz estar prestes a fechar o acordo para o arranque das obras que faltam para concluir a urbanização da Tapada das Mercês, mas ainda tem de convencer o banco BCP e discutir o documento no executivo, razão pela qual não foi ontem celebrado durante a presidência aberta que promoveu na freguesia de Algueirão-Mem Martins. 



Já temos o acordo da partes, mas quero levá-lo à reunião de câmara [agendada para dia 22]. Prevê obras por parte da Fundimo [actual Fundger, Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, proprietária do Floresta Center] e da Cintra Construções, que têm um prazo de seis meses para fazer as obras que faltam. Acabado esse prazo e recebido o loteamento, imediatamente daremos autorizações para a primeira fase da Quinta da Marquesa”, disse ontem Basílio Horta. 

Na sexta-feira, o autarca já tinha avançado a mesma informação na Assembleia Municipal de Sintra, após ser questionado pelo deputado João Silva, do Bloco de Esquerda, sobre quais as iniciativas da autarquia para resolver os problemas de degradação da urbanização, já denunciados naquele fórum por moradores. Em resposta, Basílio Horta recordou que a urbanização com mais de 20 anos, e onde vivem mais de 20 mil pessoas, não foi ainda recepcionada pela câmara porque faltam obras que o construtor não fez “devido a dificuldades financeiras”. 

O presidente da câmara revelou, também, que a empresa construtora pretendia que a autarquia licenciasse a segunda fase da urbanização, conhecida como Quinta da Marquesa, para posteriormente fazer as obras em falta na Tapada das Mercês, uma pretensão que não aceitou. “Recusei, porque era somar um problema a outro. Não há Quinta da Marquesa sem resolução da Tapada das Mercês”, diz Basílio Horta, que admite que a negociação do acordo foi “muito complicada.”

Segundo explicou, o fundo imobiliário proprietário do Centro Comercial Floresta Center vai avançar com obras no valor de mais de um milhão de euros, nomeadamente na construção de um estacionamento de apoio ao centro comercial e a um novo supermercado, e na disponibilização de espaço para uma delegação da junta de freguesia. Está também a ser negociada a construção de um posto de combustíveis “low-cost”.

Ficam a faltar cerca de 500 mil euros de obras a cargo da Cintra Urbanizações e da Sociedade de Construções e Urbanizações Vicente Antunes, dependentes do desenrolar das negociações com a banca, dado que ao contrário do que chegou a admitir, a câmara não irá assumir esse investimento. “Não têm dinheiro e aí têm que entrar o banco BCP, que não quer assinar o acordo”, revela, assegurando que vai insistir junto do banco e reassumir o compromisso de licenciamento da primeira fase do loteamento da Quinta da Marquesa “no dia em que acabarem as obras na Tapada”. 

Depois de resolvido o impasse que tem feito desesperar os moradores, a Câmara de Sintra diz-se pronta para avançar com os projectos do Parque Urbano e de recuperação da capela e do recinto da tradicional feira da Mercês. “O Parque Urbano não vai custar muito. Vamos limpar, fazer caminhos pedonais, pôr bancos e quanto muito fazer uma cafetaria de apoio que será concessionada. Segue-se a recuperação da capela e do recinto da feira, que custará dois milhões de euros”, revela o autarca.

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