Tempo em Algueirão Mem Martins

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

[Correio Sintra] PSP assiste parto à entrada do novo hospital de Sintra

A agente Jéssica Migueis da Polícia de Segurança Pública (PSP) ajudou uma mulher a dar à luz à porta do novo Hospital de Sintra, na Cavaleira, freguesia de Algueirão-Mem Martins, antes mesmo da chegada da equipa médica.



O parto ocorreu na manhã de terça-feira, 7 de outubro, por volta das 11h10, quando uma viatura parou junto à entrada da unidade hospitalar a pedir auxílio. No interior do carro encontrava-se uma grávida em trabalho de parto.

De acordo com um comunicado da PSP, um dos agentes correu a alertar os profissionais de saúde do hospital, enquanto o outro permaneceu no local para prestar apoio à parturiente. O bebé acabou por nascer ainda antes da chegada da equipa médica.

Mãe e filho receberam depois assistência hospitalar e, segundo a PSP, “encontram-se bem de saúde”.

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Sintra investe mais de 2 milhões de euros na requalificação da envolvente à estação ferroviária de Algueirão-Mem Martins

Câmara Municipal de Sintra aprovou a abertura de concurso público para a requalificação do espaço público na área envolvente à estação ferroviária de Algueirão - Mem Martins, num investimento superior a 2 milhões de euros.


Esta intervenção no Centro de Algueirão e do Largo da Estação/Largo 25 de Abril, em Mem Martins, representa um investimento total de 2 milhões e 652 mil euros, tem como objetivo principal a valorização destes espaços urbanos, através da melhoria das infraestruturas, do aumento da qualidade dos espaços públicos e da criação de melhores condições para a circulação.

A empreitada contempla ainda a reformulação das redes de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais domésticas. 

Esta intervenção, com um prazo de execução de 540 dias, representa um investimento conjunto da Câmara Municipal de Sintra superior a 2 milhões de euros e dos SMAS de Sintra de cerca de 593 mil euros.

[A publicação deste conteúdo ocorreu após a data das eleições autárquicas, apesar de se referir a uma iniciativa anterior, em cumprimento das orientações da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e da legislação eleitoral em vigor. Esta medida visa assegurar o respeito pelos princípios da neutralidade e imparcialidade das entidades públicas durante o período eleitoral.] 

Artigo de Opinião de Valter Januário, presente da Junta de Freguesia durante 12 anos

Há experiências que nos moldam de forma irreversível. Ser presidente de uma junta de freguesia é uma delas. Durante doze anos vivi o território que me viu nascer e crescer com uma intensidade que não cabe em palavras. Aprendi a medir o tempo pela cadência das ruas, pelos rostos das pessoas, pelas urgências que não esperam e pelas pequenas vitórias que fazem a diferença na vida de alguém.

Ser presidente da junta é viver de portas abertas. É ouvir as alegrias e as angústias de quem bate à porta com esperança. É sentir a responsabilidade de representar todos, os que nos apoiam e os que nos contestam. É compreender, todos os dias, que a democracia se constrói no gesto mais simples: estar presente.

Nestes doze anos, vi crianças tornarem-se adultos, vi ruas transformadas, projetos erguerem-se e sonhos concretizarem-se. Mas vi também o que fica por fazer e talvez seja isso o que mais nos marca: a consciência de que o trabalho público nunca está terminado.

As eleições de 12 de outubro trouxeram uma nova realidade. O Partido Socialista perdeu em Algueirão-Mem Martins e perdeu em Sintra. É um facto. E, como em tudo na vida, os factos existem para serem compreendidos, não para serem negados.

Perder faz parte da democracia. Depois de doze anos de serviço, é natural que o tempo peça renovação, novas vozes, novas energias. Mas perder deve também ser o momento de uma reflexão profunda, não sobre quem falhou, mas sobre o que nos afastou. Sobre a distância que, por vezes sem dar conta, se cria entre quem governa e quem é governado.

Nesta campanha, Sintra teve uma candidata que dignificou o Partido Socialista e a política. Ana Mendes Godinho trouxe energia, entrega e autenticidade. Falou com as pessoas de frente, com verdade e com entusiasmo, sem nunca desistir de acreditar que o diálogo e a proximidade são o caminho certo. Representou o que de melhor o PS tem. A vontade de construir, de unir e de servir. Mesmo num tempo difícil, manteve a esperança viva e isso, por si só, é uma forma de vitória.

A política local é, talvez, a mais humana de todas as formas de política. Porque é ali que as pessoas esperam encontrar respostas, proximidade, empatia. E quando a perceção dessa ligação se esbate, é preciso parar e escutar. Escutar com a humildade de quem sabe que o poder é transitório, mas o compromisso é permanente.

Há uma tendência natural em todos nós, nas pessoas e nas organizações, para nos refugiarmos na zona de conforto, para acreditarmos que o que foi suficiente ontem continuará a ser amanhã. Mas o tempo muda, as comunidades transformam-se, e a política deve ter a coragem de mudar também.

Chegou, por isso, o momento de o PS em Sintra olhar para dentro, repensar a sua relação com o território e com as pessoas. Não se trata de negar o passado, trata-se de aprender com ele. O que construímos permanece, mas o que queremos construir a seguir exige um novo impulso, uma nova escuta, uma nova abertura.

Servir é, em última análise, um exercício de humildade. E é talvez por isso que, mesmo depois de deixar o cargo, quem serviu nunca deixa verdadeiramente de o fazer. Porque o compromisso com a terra e com as pessoas não se apaga com o fim de um mandato, continua na forma como olhamos o futuro, com a serenidade de quem sabe que só há verdadeira vitória quando se continua a acreditar, mesmo depois de perder.

Artigo de opinião de Valter Januário Presidente da junta de freguesia de Algueirão-Mem Martins