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quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Incêndio Industrial em 1988

Foi no final do verão de 88 que deflagrou, em São Carlos, um perigoso incêndio industrial que marcou profundamente Mem Martins.



Tudo começou nos armazéns da Printer Portuguesa e rapidamente se propagou às instalações da Duraplás. Eram edifícios construídos em chapa, repletos de produtos altamente inflamáveis, circunstância que deu origem a violentas explosões e fez com que o incêndio atingisse proporções verdadeiramente alarmantes.

A Printer Portuguesa, era uma gráfica e a Duraplás uma empresa de plásticos industriais — responsável, entre outros produtos, pelo fabrico de quiosques de venda de jornais que existiam nas ruas das cidades. Aquele local tornou-se o epicentro de uma noite que muitos ainda hoje recordam. 

As explosões eram visíveis e audíveis a grande distância, iluminando o céu e fazendo tremer as casas em redor.



No combate às chamas estiveram envolvidas muitas corporações de bombeiros. Na altura, corria entre a população a ideia de que até viaturas dos bombeiros do Aeroporto de Lisboa tinham sido mobilizadas para enfrentar a dimensão do incêndio.

A Cruz Vermelha montou um hospital de campanha, tendo prestado assistência a muitas pessoas. Algumas foram encaminhadas para a SAP de Mem Martins, outras para o Hospital de Sintra e os casos mais graves para o Hospital de São José, em Lisboa.


Na manhã seguinte, o cenário era revelador da violência do fogo: chapas retorcidas, estores das vivendas em frente ao local do incêndio derretidos pelo calor intenso. 

Na época, muito se falou da má abordagem inicial ao incêndio, da falta de preparação e do desconhecimento das matérias-primas armazenadas nos armazéns.

É certo que, hoje, uma ocorrência desta natureza seria encarada de forma diferente. Mas naquela noite de 88, Mem Martins esteve perigosamente perto de viver uma grande catástrofe — uma memória que permanece viva na história local e na lembrança de quem a testemunhou.

Ainda se lembra deste dia???


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