A Câmara da Amadora está a comprar casas no concelho vizinho de Sintra para realojar famílias que vivem em barracas, na área de influência da CRIL, mas a autarquia liderada por Fernando Seara promete oposição e já veio dizer que "é um acto ilegítimo e injusto".
À falta de fogos disponíveis no seu próprio concelho e para concluir rapidamente o processo de realojamento de famílias que estão em rota de colisão com a CRIL, cuja construção avança a todo o vapor, a Câmara da Amadora decidiu procurar, na vizinhança, fogos a custos controlados para instalar dez famílias.
Os 10 fogos estão a ser adquiridos em Sintra, distribuídos pelas freguesias de Algueirão-Mem Martins, Monte Abraão, Rio de Mouro, Cacém e Queluz, esclareceu Carla Tavares, acrescentando que são realojamentos de "famílias estruturadas", que trabalham e que serão acompanhadas por técnicos da autarquia da Amadora. "Não são pessoas que vivem do Rendimento Social de Inserção", argumenta a vereadora.
No final dos anos 90, no segundo mandato de Edite Estrela na Câmara de Sintra, já tinham sido realojadas 40 famílias da Amadora na cooperativa Coopalme, em Algueirão. "Na nossa óptica, esse processo também não correu bem, tendo em conta que a Câmara da Amadora não assegura o acompanhamento dos moradores desses fogos", avalia agora a vereadora da habitação da Câmara Municipal de Sintra, Paula Simões.
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