Lesões, más opções ou até a idade. Nada ajuda quando é altura de procurar clube. E não ajudou 46 jogadores que, este verão, apareceram no estágio da zona sul do sindicato de jogadores de futebol.
Reportagem completa
http://observador.pt/especiais/trabalhar-duro-e-chegar-ao-fim-sem-nada/
A receção aos jornalistas do Observador no balneário foi pacífica. Uns apertos de mão aqui, uns olás ali e alguns sobrolhos a erguerem-se ao avistarem os dois intrusos. Havia alguma desconfiança.
Aqui deixo uma história
Adilson trabalhou num call center e numa loja da PT, depois de terminar o 12.º na escola secundária de Mem Martins. Agora, mais do que nunca, pondera voltar aos estudos. “Ainda pensei em arquitetura, mas deixei-me disso. Quero design, é uma área onde quem quer, trabalha”, atirou, ao desdobrar a conversa por entre uma e outra possibilidade laboral se o futebol não lhe der nada de volta. Adilson era um dos 16 jogadores que, na última semana de treinos do sindicato, sobravam do lote de 46 que arrancaram no estágio da zona sul. Uns deram nas vistas e arranjaram clube. Outros já o tinham e apareceram só para não deixaram a forma física fugir. E depois há os que sobraram. Ou “os menos prioritários”, como explicou Carlos Dinis, ao dizer que “os empresários interessam-se por jogadores com mais visibilidade e capacidade para arranjarem bons contratos”. Estes, lamenta, “são deixados para o fim da linha”.
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