Tempo em Algueirão Mem Martins

terça-feira, 24 de julho de 2018

[SIC] O Comboio dos Atrasos (video)


Reportagem transmitida na SIC em 15 Fevereiro de 2017

Um em cada dez comboios - nas duas linhas ferroviárias que mais passageiros transportam no país - chega atrasado. Agora, fazemos um raio-X às linhas de Sintra e Cascais, onde as queixas se repetem. Não só pelos atrasos, mas também pela falta de condições das carruagens e estações, e pelo preço dos passes. O Comboio dos Atrasos é a Reportagem Especial.

domingo, 22 de julho de 2018

[RAP noticias] Harold // '32' (Prod. Sam the kid)(Remix Bairro)

O rapper membro do colectivo de Algueirão/Mem Martins GROGNation, Harold acaba de lançar novidades a solo com um tema solto de seu nome "32".
Na verdade este é uma versão do mesmo ao tema "Bairro", um original de Ferry produzido por Sam the Kid disponibilizado recentemente no canal da TVCHELAS.
Foi pela fome de golias
Que vias na via grog E pelo nome que trazia subia fasquia e forte E os Props nunca envaideceram Nem os cops intimidaram Quando os niggas não aplaudiam E essas pussys mal ligavam Humilde não se vende , não se compra Não tem preço Ha merdas que nao se apanham So vem contigo do berço Abdiquei tanto na estrada Meu bolso ainda vai teso Já levei tanta facada Meu ego ta firme e ileso Tenho um pai que pouco vejo E nunca o vi como tal O meu desejo é ter um filho E nunca agir de forma igual Tenho sonhos na almofada Medos debaixo da cama Dramas nas minhas paredes Climas quentes viram trauma Ajudei tantos amigos E a merda é sentir no fim Que eu faço por tanto amigo O que nunca vi ser por mim Ha cobras todos os dias Escondidas no meu jardim A volta do meu palacio Mais ladroes que o Aladim Sou verdadeiro só pra mim Aqui nunca se aparenta poucos a viver assim Mas ser real nao se tenta Nem 70 nem 80 meus valores nao tao a venda há quem tende a por a venda a alma por encomenda Broda aprenda com quem sabe E quem tem os pés no chão ha quem viva numa nave perca-se na costelaçao No meu bolso do que cabe Nao esta ofusca esta visao Do meu esforco nem metade É pago pelo cifrão Mae, teu filho é grande a vida ta mais bela Descobri cores na vida Que não cabem na minha tela Vivi nela , apaixonei me Vivo como um sentinela acordado faço amor E nela nunca me senti vela Da valor a quem tu amas E te ama sem porquês Porque a vida vai não volta Sempre é uma ultima vez Avô eu morro de saudades Não te sinto mas tu vês Ensinaste a humildade Que eles vendem no fim do mês Mas eu Podia passar o dia todo a explicar-te sem tu perceber metade Mas tens tanta merda que te ofusca que nunca consegues sentir a verdade Perdi a esperança nessa gente na verdade não vivemos em sociedade Porque há muito ego que te afecta e tira tudo que tens de humildade Remix FERRY - O REI DO BAIRRO Fotografia: Filipe Feio; Produzido por Sam the Kid Captação: NastyFactor; Mistura e Masterização por NastyFactor

[boletim 921] enfim a nossa Rádio local

Noticia antiga quando começavam a surgir as primeiras rádios piratas

Restaurante 'Kitchen King'

Novo Restaurante 'Kitchen King' na Av. Chaby Pinheiro, com comida Indiana e Italiana


[RTP] Excerto da Rubrica 'Na minha Casa com Ela' com Maria Leal, no programa '5 para a Meia Noite'

No programa da RTP '5 para a Meia Noite' da passada quinta-feira, na rubrica 'Na Minha Casa com Ela', Mónica Vale de Gato foi à casa onde foi filmado o último video de Maria Leal.



Ciclovia no 'Jumbo' de Sintra

A Ciclovia existente à entrada de Mem Martins, no espaço exterior do Jumbo de Sintra, é um espaço agradável para a prática de caminhadas e para as crianças poderem brincar  de forma segura com bicicletas ou patins... no entanto este espaço está sempre vazio... sem utilização.


Afinal qual será o motivo da pouca adesão a este espaço??








sexta-feira, 20 de julho de 2018

[JFAMM] Corujas 2018: Rali noturno por Mem Martins

Cerca de 60 pessoas marcaram presença no “Corujas 2018 – À Descoberta de Algueirão-Mem Martins”, um rali noturno organizado pelos Motards do Ocidente que, este ano, decidiu mostrar o que a freguesia tem de melhor.

A partida foi dada na Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins, com um lanche oferecido pela autarquia local que, de resto, apoiou este rali, não só com esta refeição, mas também com questões logísticas, brindes e troféus para os participantes.

Depois, foi tempo de rumar a toda a velocidade pelos recantos da freguesia, passando por pontos históricos e visita a locais que até hoje marcam a história da vila.

Uma das surpresas do rali foi a visita às Queijadas da Maria Augusta, local de origem das famosas queijadas de Sintra, cuja produção tem passado de geração em geração.


Conheceu-se a história, viu-se a produção e houve ainda direito a saborear uma das confeções mais típicas da região. Pedro Alves, presidente dos Motards do Ocidente agradeceu “a forma simpática como nos receberam, por nos terem aberto a porta da vossa fábrica e pela oferta das queijadas aos participantes.”

Depois de provar as famosas queijadas, tempo de conhecer um espaço que, durante muitos anos também serviu a população de Mem Martins, mas de outra forma: o Forno da Cal, um local que, antigamente, servia para cozer pedras que eram usadas na construção civil.

O “Corujas” é um rali noturno que, de ano para ano, tem vindo a afirmar-se como uma iniciativa de confraternização entre motards, mas não só. Mais uma vez, e como vem sendo hábito, juntou-se a diversão à vertente social, com o apoio a uma instituição. Desta vez, os beneficiados foram os Bombeiros Voluntários de Algueirão-Mem Martins.

Entretanto, até a noite acabar houve ainda passagem por vários outros locais. Na Bacia de Retenção contou-se a lenda daquela zona; em Sacotes, no lavadouro, as equipas foram desafiadas a lavar uma peça de roupa, como antigamente e na Ermida de S. Romão conheceu-se um dos principais conjuntos histórico-monumentais da freguesia.

Em comunicado, Pedro Alves, presidente dos Motards do Ocidente fez um balanço positivo do rali e agradeceu a todos os que apoiaram esta iniciativa desde o início. Agradecemos à Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins, “pelo lanche da receção, pelas impressões, pela oferta de brindes para os participantes e dos troféus dos primeiros lugares. Obrigado também por todo o apoio dado para a realização deste evento.”

terça-feira, 17 de julho de 2018

História de Mem Martins

No limiar dos anos trinta, Mem Martins era, tal como as localidades circunvizinhas, uma pequena aldeia onde viviam e laboravam os seus habitantes, cerca de 20 famílias, dedicando-se ao amanho das terras, pobres de fecundidade e ainda a duas actividades industriais – passe o pretensiosismo do termo – à exploração do mármore e ao fabrico de queijadas.

No mármore havia só um industrial, o Zé d’Outeiro, de seu nome José Pedro de Outeiro, que explorava a sua pedreira de mármore preto, único no País e talvez no mundo, pena sendo que as características desta pedra a tornassem, com o evoluir do comércio, bastante onerosa, estando actualmente estagnada a sua exploração.

Sendo Mem Martins um localidade servida de fácil transporte para Lisboa – o “pouca terra” levava hora e picos com direito a chamusco! – dotado de boas águas e óptimos ares indicados para a cura de vários males, incluindo o “mal d’amor”,  começou a ser frequentada por veraneantes, os quais, senão todos a grande maioria, graças aos predicados atrás referidos , por cá se foram radicando.

Entre outras as famílias: Fontes, Roy, Alvarez, Mourinho, Anjos Teixeira, Caminha, Guilhermina Silva, Álvaro de Sousa, Cortês, Salvação Barreto, Namorado de Aguiar, Sasseti, Queirós de Barros, Henrique Pereira, Tomaz de Lima, João Silva Marques, etc., etc …
Em meados de 1930 e depois da experiência da construção da Escola Guerra Junqueiro, construída só com a carolice e bairrismo do povo de Mem Martins, em colaboração com alguns dos citados veraneantes, aproveitando o entusiasmo do êxito alcançado, a mesma gente de bem meteu mãos à obra e arcou com a responsabilidade de levar por diante a construção de uma Capela, coisa rara nas redondezas, já que a mais próxima era a Igreja Matriz de S. Pedro de Penaferrim.

Formada a Comissão aos vinte dias do mês de Agosto de mil novecentos e trinta – chamada COMISSÃO DE MELHORAMENTOS DE MEM MARTINS – encabeçada por esse bairrista nato que se chamou Artur Soares Ribeiro o qual foi também o impulsionador da construção da Escola, esta Comissão era composta, além do atrás já mencionado, pelos Senhores:
        - Dr. Joaquim Moreira Fontes
        - António Lopes Alvarez
        - Henrique Conceição Pereira
e pelas Senhoras:
        - D.ª Antónia Gomes da Costa Fontes
        - M.me Marie Claire Roy
        - D.ª Maria de Deus Lopes.
Esta Comissão foi mais tarde, conforme deliberação tomada por unanimidade – Acta n.º 3 de 4 de Novembro de 1930 - , reforçada com a adesão dos Senhores:
        - José Vicente
        - Manuel João Morais
        - Joaquim Henriques
        - José Pedro d’ Outeiro
        - Manuel Hilário
        - António Dionísio e
        - Vicente Regalo.
Para a construção da dita Capela foi adquirido um terreno desanexado do baldio então chamado “Rocio da Fonte”, à Câmara Municipal de Sintra, em hasta pública efectuada nos Paços do Concelho em 23 de Outubro de 1930, pelos Srs. Artur Soares Ribeiro e Henrique Pereira, por Esc. 288$00, incluindo as despesas da sisa e da escritura!

Posteriormente, os citados adquirentes, membros da Comissão, ofereceram a esta o terreno arrematado – Acta n.º 2 de 23 de Outubro de 1930.

Baseado no projecto do Arquitecto Félix Alves Pereira e sob a responsabilidade de José Máximo dos Reis iniciaram-se as obras com o lançamento da primeira pedra, cerimónia que teve lugar no dia 29 de Março de 1931.

Festa rija, prelúdio do que mais tarde viria a ser a nossa festa, com divertimentos e “atracções”, estas e aqueles orientados para atrair as “massas”, tão necessárias ao arranque do empreendimento.

Deram solenidade ao acto, com a sua presença, além de todos os elementos da Comissão, os senhores: Abílio Cardoso em representação da CM Sintra, Padre Carlos Azevedo, Escultor Anjos Teixeira, Dr. Guilherme Pinheiro, Jorge Soares, etc., tendo até sido filmado o acontecimento.

Deste filme nada se sabe; perdeu-se-lhe o rasto. Sabe-se sim, e apenas, o que ficou registado no livro de contas da Comissão: “Verba 32 – Filmagem do lançamento da primeira pedra – 73$80”.

Não teriam decorrido as obras no ritmo desejado, não devendo ser estranho a tal morosidade a falta daquilo que faz andar as obras: - o capital.
No entanto, pedincha daqui, ajuda dali, cravanço dacolá, alicerçados na boa vontade da população que, muito embora não tivesse posses para grandes ajudas financeiras, correspondia com dádivas substanciais no sector da mão-de-obra, esses HOMENS vêem a obra concluída em 1933.

Rainha D.Amélia
Citar nomes de pessoas que colaboram com a Comissão, além de fastidioso seria desaconselhável, porque se correria o risco de qualquer omissão, há no entanto que referir o nome de Sua Majestade a Rainha Dona Amélia que, do exílio, enviou o seu donativo destinado à compra da imagem de Nossa Senhora da Natividade, a Padroeira escolhida, provando com essa sua atitude filantrópica o quanto gostava de Portugal e dos Portugueses.
Também pela obra que legou à Capela merece referência o nome de Alfredo Carreiras. Foi ele, escriturário de profissão, marceneiro/entalhador por sacerdócio, que durante anos ocupou todos os seus tempos livres na feitura dos andores destinados às imagens existentes na Capela. Fazia-os ao ritmo de um por ano.
Ali se podem apreciar os andores destinados a Sto. António, Sta. Teresinha, Rainha Sta. Isabel e Sagrado Coração de Jesus, cada um com motivos alegóricos à imagem a que se destina.

Autênticas obras de arte, pena sendo que, por razões desconhecidas, tenha deixado o mundo dos vivos sem ter conseguido o seu sonho: Dotar a Capela com tantos andores quantos as imagens que tradicionalmente desfilam na procissão.
No verão daquele ano, com o pretexto de assinalar o acontecimento, organizam-se as Festas em honra da Padroeira, nos dias 3 e 8 Setembro, as quais tiveram a presença de destacadas entidades civis e religiosas.

Dentre outras, o Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Sintra, Major Craveiro Lopes – mais tarde Presidente da Republica – e Sua Eminência o Cardeal Patriarca de Lisboa D. Manuel Gonçalves Cerejeira.
Muito público e segundo o “DIÁRIO DE NOTICIAS” de 4 de Setembro: “ … assistiram às cerimónias pessoas em evidência na colónia de verão de Mem Martins e Sintra, com os Srs. Afonso Dornelos, Dr. Tomas Gambôa, Coronel Correia dos Santos, senhoras e entidades oficiais”.
A atestar pelas individualidades presentes, fácil será deduzir que a Festa foi um êxito quer no aspecto social, cívico e religioso, quer também no financeiro pois, segundo consta do Balancete de 30 de Novembro de 1933, o saldo positivo foi de Esc. 665$10 a favor da Comissão e Esc. 221$70 a favor do Hospital.

Não foi por acaso que as Festas de Mem Martins tiveram continuidade e chegaram aos nossos dias. Estava na mente dos organizadores que assim fosse pois as notícias inseridas no “DIÁRIO DE NOTICIAS” de 17 de Agosto de 1933 e no “SECULO” de 20 de Agosto de 1933 o deixavam antever.
Rezam assim:
 Esta Festa é o início duma romaria anual, que este ano deve ser muito concorrida, devido à forma como está organizada, havendo já muitos lugares marcados para barracas de negócio e divertimento”.
A vontade dos homens foi cumprida, as Festas, passado por algumas vicissitudes, chegaram aos nossos dias prosseguirão pelos tempos fora, graças à vontade de outros HOMENS.
Os despretensiosos apontamentos que aqui ficam têm como objectivo:
Registar sucintamente, para a posteridade, como, quando põe quem foi erigida a Capela de Mem Martins, bem como tradição das FESTAS EM HONRA DE NOSSA SENHORA DA NATIVIDADE.

Prestar uma singela homenagem às pessoas que, com grande entusiasmo, enorme esforço e inabalável persistência, levaram a efeito aquela iniciativa, demonstrando o seu amor à sua terra natal ou onde se radicaram até aos últimos anos da sua vida.

E, finalmente, incentivar as gerações actuais, no sentido de manterem as tradições dos seus antepassados, procurando suplantá-los no amor e dedicação ao progresso da sua Terra.
MEM MARTINS, Setembro de 1982