Limpeza dos desenhos custou 3,4 milhões de euros entre 2008 e 2019, mas ainda é insuficiente para retirar tudo. Transportadora reclama mais verba.
Os graffitis nos comboios não impedem apenas os passageiros de apreciarem a paisagem. A limpeza destes desenhos custou à CP nada menos de 3,4 milhões entre 2008 e 2019, despesa que permitiria à empresa comprar um comboio novo. Só entre 2010 e abril deste ano registaram-se mais de 12 mil atos de vandalismo no material circulante, de norte a sul do país. A companhia de transporte ferroviário exige ao Estado mais dinheiro para garantir a limpeza de toda a frota.
“O graffiti do material circulante é um ato de vandalismo”, refere fonte oficial da CP ao Dinheiro Vivo. O impacto destas pinturas não é meramente estético: prejudica utentes, maquinistas e contribuintes. A transportadora lembra que “quando é grafitado o vidro da cabine de condução, o maquinista fica sem condições de trabalho“.
E se os desenhos ocuparem a totalidade da janela, os ocupantes não sabem onde estão. A empresa assinala também que “uma frota de comboios limpa de graffitis é um contributo valioso para a perceção da qualidade do serviço prestado e da segurança do transporte ferroviário pelos clientes”.
Quem são os writers?
Os autores dos graffitis nos comboios são conhecidos como writers e desenham uma assinatura com letras que correspondem ao seu pseudónimo e que se repetem em todos os locais que são pintados. ”A sua origem social, étnica ou política é plural: existem ricos e pobres, comunistas e capitalistas a pintar comboios”, explica Pedro Soares Neves, da Urban Creativity, em declarações ao Dinheiro Vivo. A “grande maioria destes autores é jovem e do sexo masculino”, acrescenta o também investigador Ricardo Campos.
O hábito de pintar comboios nasceu em Nova Iorque, na década de 1970. “A base desta cultura é a aquisição de visibilidade e prestígio entre os pares. Para adquirir reputação é necessário pintar muito e bem. Também entra na equação o risco associado às ações, pelo que pintar uma carruagem do metro ou do comboio é geralmente mais valorizado”, contextualiza Ricardo Campos. Considerando que “é muito difícil conter estas manifestações” e que os writers “desenvolvem táticas de contorno à vigilância e repressão”, os dois investigadores sugerem o envolvimento das empresas de transporte. Embora já tenha trabalhado com associações e artistas de arte urbana, a CP diz que, “no momento atual, não está prevista a realização de iniciativas neste âmbito” para limpar a imagem dos comboios e dos gastos.
https://www.dinheirovivo.pt/empresas/gastos-com-graffitis-numa-decada-davam-para-cp-comprar-um-comboio-novo/
Tempo em Algueirão Mem Martins
quarta-feira, 10 de junho de 2020
[JFAMM] Demolição Mercado Fanares
Prosseguem a bom ritmo as obras que irão requalificar a zona onde estava localizado o antigo Mercado de Fanares, em Mem Martins. Este que, disse o presidente Valter Januário, será o ponto de partida para um projeto de requalificação urbana onde será criada uma nova centralidade e novos percursos pedonais.
A requalificação do espaço está inserida num projeto da Área de Reabilitação Urbana (ARU). Aqui haverá um espaço completamente diferente do que estavamos habituados a ver. Uma praça pública que une a Praceta de Damão à Praceta de Goa por pavimento único, com uso misto na Rua de Panjim, onde serão criadas zonas de lazer e de cultura.
“Será um espaço de lazer e de fruição para a população, com uma praça central, zonas de estadia onde as pessoas possam estar. Uma nova centralidade à freguesia. Vamos ter mais um espaço para atividades lúdicas, culturais, desportivas e recreativas que nos faz falta na freguesia”, referiu o presidente ao visitar o espaço antes da sua demolição.
Um espaço com história para muitos, mas que devido à extrema degradação, ao longo do tempo, impediu a sua reabilitação. Agora, o antigo Mercado de Fanares dará lugar a uma nova vida para Mem Martins, numa centralidade que irá incluir percursos pedonais entre o novo estacionamento da Praceta Nau de São Rafael e a estação de comboio da CP de Algueirão-Mem Martins, com cerca de 450 metros de extensão e, ainda, a ligação ao Parque Linear da Ribeira da Laje, aberto ao público em 2019, e que permitiu a ligação entre Mem Martins e Rio de Mouro, numa área total de intervenção de 13,5 hectares.
quinta-feira, 4 de junho de 2020
[sintranoticias] “O dinheiro é escasso, mas tem de ser gerido da melhor forma”
Algueirão Mem Martins, tem em marcha um conjunto de obras, “há muito reclamadas e desejadas” pela população daquela que é a mais populosa freguesia do país, com mais de 66.250 habitantes, de acordo com os dados do censos de 2011.
“Uma responsabilidade assumida, com empenho e dedicação permanente, todos os dias”, refere Valter Januário presidente da Junta de Freguesia de Algueirão Mem Martins, que aceitou o desafio do Sintra Notícias e do Jornal Correio de Sintra, para uma visita guiada por algumas das obras, que considera “importantes pela qualidade de vida que vai proporcionar à população” e que estão a decorrer na freguesia.

A construção do novo Centro de Saúde na Messa em Mem Martins a demolição do velho e degradado Mercado de Fanares, ou mesmo as obras de requalificação, já em fase de conclusão, do Largo das Mercês, espaço que integra o corredor verde pela Ribeira da Lage, são obras que considera “importantes” para a freguesia.
“O dinheiro é sempre escasso, mas tem de ser gerido da melhor forma”, sublinha Valter Januário, eleito pelo PS, destacando o “bom relacionamento institucional” com a Câmara de Sintra, “que nos tem ajudado a concretizar estas obras”, fazendo também referência à “equipa empenhada” que dispõe no executivo que preside.
“Há repavimentações em muitas das ruas na freguesia”, prossegue o presidente da Junta de Freguesia, dando como exemplo a renovada Rua Dr. João Barros, que vai ter novos e mais espaços de estacionamento bem como melhorias de circulação ao longo de toda a via que liga Mem Martins às Mercês.
Na Rua do Coudel também estão a terminar as obras para a colocação de novas condutas de águas pluviais, “mais largas para travar inundações”.
Na calha está ainda a requalificação da zona de Mem Martins Poente, já com um projeto para a zona, que passa pela instalação de vários equipamentos de lazer.
De momento a maior preocupação de Valter Januário “passa pelo estado em que se encontram muitos dos espaços verdes” na freguesia por “falta de cumprimento da empresa responsável pela sua manutenção”, lamenta o autarca, mostrando-se também “sensível com questões sociais”, que surgiram recentemente, durante o período de confinamento no contexto da pandemia Cocid-19: “uma situação nova que ninguém esperava. Tivemos que canalizar toda a nossa atenção para esta questão”.
Preocupações e anseios do autarca, em destaque na edição desta semana do Jornal Correio de Sintra, nas bancas nas próximas horas, com desenvolvimento também no SINTRA NOTÍCIAS.
quarta-feira, 3 de junho de 2020
[Jornal I] Pré-escolar. Um regresso cheio de ‘abraços apertadinhos’
As regras da DGS cumprem-se à risca, mas os afetos não podem ser afastados. A felicidade de um abraço marcou o regresso à escola das crianças entre os três e os seis anos. Ainda assim, nem todos fizeram os testes de despiste, ao contrário do que aconteceu no regresso às creches.
Há gestos que não mudam e afetos que não desapareceram em pouco mais de dois meses de confinamento. A pandemia pede afastamento, mas as crianças querem abraços. E ontem foram mesmo os mais novos a ganhar a luta do distanciamento – o regresso do ensino pré-escolar ficou marcado pelo abraço à educadora, à auxiliar e ao amigo que não viam desde março. “Isso foi inevitável, claro que deram logo um abraço a cada uma”, confessou Sofia Pires, educadora de infância na Casa Sarah Beirão, no concelho de Oliveira do Hospital.
O cenário multiplicou-se pelo resto do país e ninguém negou colo ou abraço às crianças. “Nós percebemos e respeitamos todas as orientações da DGS, mas temos de respeitar também as crianças, não podemos dizer que não pode abraçar o colega, não podemos limitar a criança”, reforçou Carla Pinto Silva, da creche Sempre em Flor, em Mem Martins. Nem todos regressaram à escola, alguns ainda ficaram em casa com os pais e a maioria dos estabelecimentos de ensino pré-escolar tiveram uma taxa de ocupação que não foi além dos 50%. Na Casa do Cuco, no Porto, o “abraço apertadinho” também marcou o regresso das atividades letivas. “Aconteceu e tem de acontecer”, admitiu ao i Sandra Guimarães, diretora pedagógica do colégio.
E desengane-se quem pensa que os mais novos não percebem que é preciso seguir regras e que a saúde está em risco se essas mesmas regras não forem cumpridas. “A Leonor estava a contar há pouco que tinha de ralhar com a mãe, porque a mãe tocou numa campainha que não era para tocar”, disse Sofia Pires, acrescentando que as crianças do pré-escolar “adaptam-se muito bem e aceitam as novas regras com normalidade”.
Enquanto a educadora contava a história, Sara, antes de arrumar um puzzle com o qual tinha brincado, pediu que fosse desinfetado para o poder colocar no armário. É só o primeiro dia, mas aquela não era a primeira vez que Sara pedia para alguém desinfetar um objeto que tivesse utilizado. E, durante a manhã, não foi preciso repetir mais do que duas vezes as regras para que todos entendessem. “Andámos lá fora e explicámos quais eram os percursos limpos – o sítio por onde os pais passam são higienizados e os miúdos só podem passar depois, porque só podem passar em percursos limpos. E eles perceberam logo. A realidade já os preparou – sobretudo aos mais velhos, os mais novos vão por arrasto –, porque eles são bombardeados com muita informação”, acrescentou Sofia Pires.
quarta-feira, 27 de maio de 2020
terça-feira, 26 de maio de 2020
[JFAMM] Demolição do Mercado de Fanares
Começou hoje, dia 25 de maio, a demolição do edifício do antigo mercado de Fanares. O objetivo é fazer deste espaço, um ponto central totalmente requalificado, com novas áreas e novos percursos pedonais.
A demolição do antigo mercado de Fanares irá realizar-se durante três meses e é um investimento da autarquia em valorizar os espaços exteriores, como confirmou o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta: “Marca o início do projeto que valorização urbana de toda a envolvente, um investimento de cerca de 1,8 milhões de euros”.
O projeto de requalificação é uma intervenção conjunta entre a Câmara Municipal de Sintra e os SMAS de Sintra, unindo a valorização urbana à remodelação das redes de esgotos e abastecimento doméstico de água.
Este projeto, inserido na estratégia da Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Mem Martins/Rio de Mouro, prevê a criação de uma praça pública que une a Praceta de Damão, intimamente ligada ao mercado, à Praceta de Goa por pavimento único, com uso misto na Rua de Panjim.
O projeto irá permitir a criação de novos espaços de estadia, com esplanadas e reforço de árvores e espaços verdes e prevê ainda a ligação ao Parque Linear da Ribeira da Laje, aberto ao público em 2019, e que permitiu a ligação entre Mem Martins e Rio de Mouro, numa área total de intervenção de 13,5 hectares.
sábado, 23 de maio de 2020
quinta-feira, 21 de maio de 2020
quarta-feira, 20 de maio de 2020
[sintranoticias] Obras na rede de águas pluviais na Bacia da Rua do Coudel em Mem Martins
A remodelação de toda a rede de drenagem de águas pluviais na bacia da Rua do Coudel, em Mem-Martins, para prevenir a ocorrência de inundações, representa um investimento da autarquia na ordem dos 405 mil euros.
Já decorrem as obras dos SMAS de Sintra para a remodelação da rede de drenagem de águas pluviais na bacia da Rua do Coudel, em Mem-Martins, representando um investimento na ordem dos 405 mil euros.
Segundo Valter Januário, presidente da Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins, está a ser remodelado e beneficiado todo o sistema de drenagem pluvial existente, com o propósito de aumentar a capacidade de transporte de água, minorando a ocorrência de inundações, sempre que a chuva é mais intensa.
“Esta era uma obra há muito solicitada pela população, a necessidade de intervenção nas redes de distribuição de água surge devido à inadequação das redes existentes, ao elevado número de roturas, aos incómodos e prejuízos causados à população e na qualidade do serviço prestado às populações residentes”, afirmou Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra, na assinatura do ato de consignação da empreitada.
As obras estão a decorrer por etapas ao longo da rua do Coudel, para permitir a circulação automóvel, ainda que a velocidade reduzida, por vezes com paragem devido a trabalhos a decorrer na via.
Intervenção em curso
As obras de remodelação da rede de Pluviais na Bacia da Rua do Coudel, passam pela “construção de um novo coletor no troço entre a estrada de Mem Martins e um novo local de descarga”, mantendo o troço entre a rua do Coudel e a estrada de Mem Martins.
O trabalhos incluem ainda, “alteração do local da descarga” para o canal existente no entroncamento da Rua dos Casais com a rua da Eirinha, bem como a “substituição do coletor existente na rua do Coudel por novo coletor de diâmetro superior” e a “remodelação da rede de abastecimento de água em fibrocimento”, nos arruamentos afetados pela instalação do coletor pluvial.
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