Texto Luis Carlos Parreira
(membro da assembleia de freguesia)
Dos profissionais, aos utentes, dos que estão doentes aos que tratam quem
precisa, todos merecem ter condições dignas.
Aos homens e mulheres que com as mãos mergulhadas na dimensão maior da sua
existência, tratando, reparando e cuidando dos doentes, muitas vezes, trabalham
sem as condições mínimas.
A Eles que tudo fazem por nós, nunca lhes agradecemos tudo aquilo que merecem.
Anunciado em Abril de 2014, pelo Sr Presidente da Câmara Municipal de
Sintra, será criada uma “cidade da saúde” no terreno das antigas instalações da
fábrica da Messa, projeto esse que, segundo o Presidente da autarquia, é já reconhecido
pelo Ministério da Saúde.
Em Janeiro do presente ano foi celebrado e assinado o protocolo para a
instalação de quatro unidades de saúde no Concelho de Sintra.
Uma delas contempla a freguesia de Algueirão Mem-Martins, que segundo a
clausula 1ª do protocolo assinado pela C.M.S e Ministério da Saúde será a “
instalação de uma Unidade de Saúde em Algueirão Mem-Martins, nos terrenos da
antiga fábrica da Messa, em substituição da Unidade de Cuidados de Saúde
Personalizados Algueirão, da Unidade de Saúde Familiar Natividade (Ouressa), da
Unidade de Saúde Pública Sintra, da Unidade de Cuidados na Comunidade Cruzeiro
e do Espaço Jovem”.
Assim sendo, segundo o Presidente da Câmara, esta “cidade da saúde” iria
centrar diversos polos de interesse na área da saúde, como um centro
tecnológico para a indústria farmacêutica e um centro de saúde com 30 médicos
para servir 62 mil utentes.
Também é público que, para esta obra, a autarquia diz ter disponível
cerca de 2 milhões de euros.
Depois de tanta poupança feita nestes dois anos de mandato, e do anúncio desta
“cidade da saúde” ter sido tornado público, através dos órgãos de comunicação
social, fica a questão no ar.
O protocolo foi assinado pela C.M.S e M.S e os dois milhões de euros estão
disponíveis, a população de Algueirão Mem-Martins anseia por um Centro de Saúde
novo e com condições para quem lá trabalha e o utiliza.
Uma população envelhecida, e com muitas carências, onde todos os dias dezenas
de utentes esperam horas seguidas, ao frio, ao vento, com crianças ao colo, por
uma consulta, onde por vezes depois de tanto esperar, são informados que as
vagas do dia estão preenchidas e terão de voltar a tentar no dia seguinte.
Uma situação, que se torna insustentável, e que não se pode arrastar por
mais tempo. Está na hora de dizer basta e exigir que seja cumprido o que foi
anunciado e assinado.
O que espera o sr. Presidente da câmara para avançar com a construção da
“cidade da saúde”?