Tempo em Algueirão Mem Martins

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ermida de São Romão - Monumento ou apenas ruína?

"A Ermida de São Romão ergue-se sobre uma elevação, ou plataforma, artificial, no interior da qual se registam importantes vestígios arqueológicos romanos e pré-históricos.
No seu todo, trata-se, sem qualquer dúvida, do principal conjunto histórico-monumental da Freguesia de Algueirão - Mem Martins e, no seu género, de um dos mais significativos do Concelho de Sintra."

Todo o texto em:
"http://www.jfamm.pt/sitemega/view.asp?itemid=278&catid=153"

Ao ler este texto tive alguma curiosidade em conhecer este monumento tão valioso da Freguesia. Esta antiga Ermida encontra-se mesmo no limite da freguesia, numa zona que eu considero, que faz pouco sentido ainda pertencer a Algueirão - Mem Martins, devido ao afastamento do centro, e acima de tudo pela a barreira física que existe hoje, com o IC30.












Quando cheguei ao local, admito que fiquei chocado com o que vi. O texto no site da Junta de freguesia, classifica a Ermida, como um verdadeiro Monumento, com elevado valor histórico, mas o que encontrei foi isto:


Umas paredes velhas, abandonadas e rodeadas de entulho.


















Paredes destruídas e cheias de Grafittis...



















Aquela é uma janela do Século XVIII
, praticamente destruída




















Será que a aproximação do Betão vai engolir a História?



















Ao fundo, o que resta da Capela-Mor


















Com o Palácio da Pena de fundo, serve para se reflectir, que esta Ermida é muito mais antiga que o referido Palácio.


















E ficam várias duvidas no ar:
- Qual a posição da Câmara Municipal sobre este Monumento?
- E a Posição da Junta de Freguesia?
- Trata-se efectivamente um Monumento de interesse publico, ou apenas aguarda o avanço do betão para confirmar a sua total destruição.
- E a população tem conhecimento deste monumento?
- Existem projectos para recuperar a Ermida?


sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Mem Martins - Silo Automóvel


Penso que se torna cada vez mais urgente, a construção de um estacionamento na zona da Estação de Mem Martins. À semelhança do que já acontece em alguma cidades Portuguesas, a construção de um silo, em altura, é a única possibilidade, devido à zona, altamente urbanizada. Ainda existem algumas zonas, muito poucas, onde se pode estudar soluções.
Eu mesmo já analisei algumas possibilidades, que certamente são zonas privadas, mas que a bem do espaço público poderiam ser comprados ou expropiados.
Por uma questão óbvias, não divulgo a minha opinião, acerca dos espaços.


Poderia ser um espaço com construção e exploração privada, com custo para o utilizador, mas que traria grandes vantagens, tais com:

- Reavivar o comércio nesta zona da vila;
- Facilitar e incentivar a utilização do comboio;
- Facilitar o acesso a serviços;
- Valorização do parque habitacional nesta zona;

- Aumentar o poder e a moral das autoridades, para multar estacionamento irregular;


Penso que seria uma solução bem mais vantajosa, do que a já falada instalação de parquímetros, que certamente, apenas ajudaria a afas
tar, ainda mais, as pessoas desta zona da localidade.






segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Feira das Mercês - Pêras Pardas Cozidas















Ora aqui está um tema que eu já tinha abordado, e que já tinha avisado para a sua extinção num futuro próximo. Apenas dois vendedores, de Pêras Pardas Cozidas, e que segundo conversa que tiveram comigo, pouco conseguiram vender, pois a procura foi muito baixa.














Os preços variavam entre o 1,50€ e os 4,00€, consoante o tamanho da pêra.















E a pouca procura que tiveram, segundo a informação que me foi facultada, foi essencialmente por pessoas já com alguma idade, que o faziam como ritual.

Parece ainda ser um ritual, ir à Feira das Mercês e comprar as Pêras.

Estas tradições regionais deveriam ser explicadas nas escolas, de modo a não morrer, ou pelo menos, não deixar as novas gerações na ignorância destas referências locais.














Entretanto descobri a existência de um pequeno aglomerado rural, no Concelho de Mafra, perto de Cheleiros, que se chama "Pêras Pardas". Mais uma prova, que esta tradição tinha algum peso no passado saloio.

sábado, 1 de novembro de 2008

Feira das Mercês - Última vendedora de Polvo Assado















Mais uma tradição que senti estar a perder-se...

Este ano, apenas estava presente na Feira das Mercês, uma única vendedora do já tradicional Polvo Assado...
Conversei com a senhora, na tentativa de perceber a origem desta tradição, e a resposta que obtive foi a seguinte:

- Olhe, não sei... Já a minha avó vinha todos anos vender, a minha mãe também, e eu segui-lhes os passos, mas de certeza vou ser a última. Aliás já sou a última vendedora de polvo da feira...

Em conversas com pessoas mais velhas, fui informado, que no passado, era fácil encontrar muita gente com o grelhador a vender estes tentáculos de polvo na brasa. No entanto, ninguém me sabe explicar a origem desta tradição.

Bem, eu paguei 1 € à senhora, e provei um pouco a tradição...
















sábado, 25 de outubro de 2008

[Diário de Noticias] Confecções ALVA despede 61 trabalhadores - Mem Martins

Noticia extraída do Diário de Notícias do dia 09/10/08


















Na Fábrica que produz 'airbags', cintos e outros acessórios para carros, parte dos trabalhadores da empresa Alva-Confecções, de Mem Martins, Sintra, estão desde ontem impedidos de trabalhar e circunscritos ao refeitório da empresa, na sequência de um processo de despedimento colectivo. "Pediram-nos para pintar um muro, mas como recusamos, fomos colocados de castigo no refeitório", conta Maria Costa, de 45 anos.
Na segunda-feira, a administração informou que vai despedir 61 dos mais de 200 funcionários, "porque não tem dinheiro nem trabalho", explica a Maria, já com seis anos de casa. "Agora estamos 21 pessoas [turno da manhã] sem fazer nada, algumas com mais de 20 anos de trabalho aqui", queixa-se. "Não nos podem meter de castigo como as criancinhas da escola", reclama também Sónia Pinto, de 27 anos.
Os trabalhadores têm estado em negociações com o apoio da Federação do Sindicato dos Têxteis. "Foi- -nos explicado que a empresa pretende proceder a um despedimento colectivo de parte dos trabalhadores e deslocalizar parte da produção de airbags para a Tunísia, onde já tem uma unidade", explica o sindicalista António Marques. Além de airbags, a fábrica produz cintos e outros acessórios para automóveis. Segundo o sindicato, a empresa propõe indemnizações "com base no salário base, de 432 euros, e no subsídio de refeição, mais 15 dias de vencimento.


Além disso, daria mais 200 euros a quem sair até dia 15 de Outubro", diz. Mas alguns trabalhadores, sobretudo do turno da noite, "queixam-se que os salários têm uma componente de prémios de produção e de subsídio de turno que não está contemplada" na indemnização proposta. "Queremos mais 20%, mas eles não cedem", revela Sónia.
Ontem, também, o deputado António Filipe, do PCP, questionou o ministro da Economia sobre o assunto. O PCP quer saber "que medidas tomou o Governo para impedir o despedimento destes trabalhadores". A CDU Sintra também questionou o presidente da Câmara durante a reunião privada do Executivo, mas ficou a aguardar resposta. Sindicato e administração irão reunir esta manhã para tentar ultrapassar o impasse. "Sabemos que já há alguns trabalhadores disponíveis para aceitar esta proposta e o sindicato acatará a sua decisão", admite António Marques. Quanto à postura da empresa, o sindicalista considera--a "menos correcta" e lamenta a "ordem ilegítima". A situação "aconselha serenidade e calma, e não situações provocatórias como colocar os trabalhadores de castigo", reforça.
Em 2006, a Alva-Confecções exportava sobretudo para Espanha, Suécia, Índia, Malásia, Tunísia e Turquia. Mas o DN sabe que a empresa apresentou resultados negativos de quase 600 mil euros em 2006 e de 640 mil no ano seguinte, uma situação que é do conhecimento dos trabalhadores.



terça-feira, 21 de outubro de 2008

Vamos comemorar os 237 anos da Feira das Mercês - de 25 de Out. a 2 Nov. 2008














Depois de pareceres negativos das autoridades policiais e da Câmara Municipal de Sintra, sobre a realização da histórica Feira das Mercês, ficou marcada a realização da Feira de 25 de Outubro a 2 de Novembro de 2008.
Pela minha parte fico feliz, por se continuar a escrever história, apenas espero, que para se realizar este evento, esteja realmente tudo preparado, e que no final não sejamos confrontados com as noticias de confrontos, lutas e facas, que tem marcado os anos anteriores.

Vamos todos relembrar o bom cheiro e sabor de uma Carne de Porco às Mercês com uma boa água-pé, o paladar de uma boa Pêra Parda Cozida, o ouvir as brasas de umas boas castanhas assadas, ou simplesmente percorrer o recinto da feira, onde se encontra sempre muita quinquilharia de barro, que era muito usual na tradição saloia.

Ou para quem gosta de história, visitar o antigo solar, onde viveu Paulo Carvalho e Mendonça, o filho mais velho do Marquês de Pombal.

sábado, 18 de outubro de 2008

Feira das Mercês - Morte de mais uma tradição? [video]












A Tradicional Feira das M
ercês, de origens muito antigas, realizava-se durante a segunda quinzena de Outubro, numa quinta que pertenceu a Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, situada entre as freguesias de Algueirão-Mem Martins e Rio de Mouro, em plena Tapada das Mercês. Trata-se de uma Feira tipicamente saloia, por lá se vende de tudo um pouco, mas podemos encontrar como grande referencia a "Carne de Porco à Mercês" e as "Pêras Pardas".

Antigamente registava-se grande rumaria de saloios, em busca de noiva, no muro do derrete, ou então em busca de tudo o que a feira tinha para oferecer, boa fruta, boa comida ou simplesmente pelo convívio alegre e bem disposto, que tão bem caracteriza os Saloios...




Mas tudo se alterou...
Primeiro, o betão cercou o recinto da Feira, destruindo praticamente, toda a mancha verde da Tapada das Mercês, e os tradicionais saloios foram trocados por conjuntos de Gangs da Linha de Sintra, ávidos de guerra, de conflitos e desacatos... 



 















Ajustes de contas, confrontos, armas, disputas, guerrilhas urbanas...

E deste modo, com todo este tipo de problemas suburbanos, e por algumas questões relacionados com higiene alimentar, talvez tenha morrido mais uma tradição do Concelho, pelo menos em 2008 e 2009, pois a Câmara Municipal de Sintra "não autoriza a realização da feira com base na ausência de condições mínimas de nível técnico, sanitário e de segurança”.


Veremos o que o futuro nos espera...