No passado sábado realizou-se em Mem Martins o anual e tradicional Festival de Folclore
Tempo em Algueirão Mem Martins
terça-feira, 12 de setembro de 2017
sábado, 9 de setembro de 2017
Candidatos à Junta de Freguesia de Algueirão Mem Martins [2017]
Calmamente vão sendo conhecidos os
candidatos à Junta de Freguesia de Algueirão Mem Martins, mas a
divulgação parece-me fraquinha...
Aqui deixo os nomes que já conheço, mas
provavelmente há mais...
Vitor Ferreira
Coligação Democrática Unitária [CDU]
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Luís Marques da Silva
Juntos pelos Sintrenses
[PSD + CDS-PP + PPM + MPT]
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Miguel Magalhães
Bloco de Esquerda [BE]
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Paulo Marto
Sintra SIM [PDR + JPP]
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Jorge Almeida
Partido
Nacional Renovador [PNR]
Caminhadas em Mem Martins às 4ªs e sabados
No passado dia 2 de setembro, iniciou-se mais uma temporada das caminhadas organizadas pela Funta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins.
À semelhança dos anos anteriores, as caminhadas realizam-se às quartas-feiras e aos sábados, com partida prevista para as 18h30, na Quinta do Butler, em Mem Martins.
Para participar poderá fazer a sua inscrição prévia junto dos serviços da Junta de Freguesia ou aparecer à hora de partida na Quinta do Butler.
domingo, 27 de agosto de 2017
Larmanjat - Requiem
Sem causar grande espanto na opinião pública, e apenas 2 anos após a sua inauguração, o Diário Ilustrado de 08/04/1875 publicava: «a partir de hoje o Larmanjat suspende provisoriamente as carreiras de passageiros, mantendo-se contudo as de mercadorias»
Mas o mais curioso é que no mesmo número desse jornal, como aliás em alguns outros, a ‘Lisbon Steam Tranway Company’ publicou um anúncio onde se lia: «a contar do dia 8 do corrente em diante será interrompido o serviço de passageiros do Larmanjat». Poucos dias depois, a 16 de Abril podia ler-se no Jornal do Comércio «MORREU O LARMANJAT – a empresa da linha férrea do systema denominado Larmanjat foi entre nós uma tentativa malograda. Mais de mil contos de reis estão hoje completamente aniquilados nos trabalhos e no material dessa linha, irrevogavelmente condenados pelas incontestáveis demonstrações da experiência. Lamentamos a perda de um capital considerável; e pesa-nos que se frustrassem os esforços empregados em benefício da viação entre Lisboa e Sintra»
Como fecho da “estória” transcreve-se uma poesia, aliás de fraco valor poético, da autoria de Luis de Araújo publicada no Diário de Noticias:
Necrológio do Larmanjat
pobre, pobre Larmanjat
não descarrilas já!
de ti hoje resta apenas
umas barracas pequenas
uns poços de d’agua salobra
tabuas que arrancam rapazes
mil raills aos ‘zigue-zagues’
similhando enorme cobra!
há uma circunvalação
um enorme barracão
que se chamava estação
machinas e vagons velhos
pregos idem de sobejo
enorme material
augura um triste final.
Texto de Zé de Fanares e Hugo Nicolau
sábado, 26 de agosto de 2017
Larmanjat “a noticia”
O acontecimento da chegada do Larmanjat a Sintra foi, como não podia deixar de ser, “a notícia”. Saloios e alfacinhas, pobres e ricos, novos e velhos e principalmente gente letrada, incluindo a classe política, não falavam de outra coisa. Em Mem Martins, muitos gabavam-se de ter assistido à sua primeira passagem, na Estrada Real.
Os jornais da época não ficaram indiferentes. Transcreve-se a notícia publicada no diário ilustrado do dia 3 de Julho de 1873: «Ás 9horas da manhã de hontem, 2 de Julho, partiu da estação provisória das portas do Rego um comboyo, levando muitos dignitários e os representantes da imprensa de Lisboa. A locomotiva era o nº7 e puxava quatro carruagens.
O trajecto entre as estações de Lisboa e Cintra fez-se regularissimamente em duas horas menos cinco minutos. Houve três paragens de alguns minutos em Bemfica; no Cacem e em Reinholas, consumindo-se entre todas não mais talvez de um quarto de hora, e metendo a machina água, nas duas últimas (…)
Na estrada, à saída de Lisboa, muito povo presenceava este acontecimento notável, que representa mais um passo no caminho do progresso d’este paiz. Em todo o caminho havia muito quem o saudasse. E na Villa Estephania, estavam junto da estação, adornada com flôres e bandeiras, muitas damas e muitos cavalheiros; a charanga de lanceiros que tocava o hymno de el-rei o sr.D.Luiz I; e uma força de infanteria 5.
Era geral a alegria que se manifestava no semblante de todos. Subiram ao ar muitos foguetes. A impresa de Lisboa prestou a devida homenagem a este melhoramento que vae collocar, para assim dizermos, o paraíso de Byron ás portas da capital do reino»
Texto de Zé de Fanares e Hugo Nicolau.
Os jornais da época não ficaram indiferentes. Transcreve-se a notícia publicada no diário ilustrado do dia 3 de Julho de 1873: «Ás 9horas da manhã de hontem, 2 de Julho, partiu da estação provisória das portas do Rego um comboyo, levando muitos dignitários e os representantes da imprensa de Lisboa. A locomotiva era o nº7 e puxava quatro carruagens.
O trajecto entre as estações de Lisboa e Cintra fez-se regularissimamente em duas horas menos cinco minutos. Houve três paragens de alguns minutos em Bemfica; no Cacem e em Reinholas, consumindo-se entre todas não mais talvez de um quarto de hora, e metendo a machina água, nas duas últimas (…)
Na estrada, à saída de Lisboa, muito povo presenceava este acontecimento notável, que representa mais um passo no caminho do progresso d’este paiz. Em todo o caminho havia muito quem o saudasse. E na Villa Estephania, estavam junto da estação, adornada com flôres e bandeiras, muitas damas e muitos cavalheiros; a charanga de lanceiros que tocava o hymno de el-rei o sr.D.Luiz I; e uma força de infanteria 5.
Era geral a alegria que se manifestava no semblante de todos. Subiram ao ar muitos foguetes. A impresa de Lisboa prestou a devida homenagem a este melhoramento que vae collocar, para assim dizermos, o paraíso de Byron ás portas da capital do reino»
Texto de Zé de Fanares e Hugo Nicolau.
terça-feira, 22 de agosto de 2017
[Diário de Noticias] De fio em fio, se ganha a liderança mundial
A Filkemp é uma PME com fábrica nos arredores de
Lisboa, líder mundial no mercado dos fornecedores de fios técnicos para tecer
as telas para as máquinas da indústria de produção de papel.
A notícia não chegou às primeiras páginas dos jornais,
mas no final de julho foi pescado um tubarão de 400 kg e quase três metros de
comprimento, cinco milhas ao largo da ilha da Fuzeta, no Algarve. Entre a
mordida no anzol e a captura do animal passaram quase duas horas de intenso
combate, só possível graças à qualidade e alta resistência do fio usado na
pescaria, produzido pela Filkemp. Uma PME portuguesa que é líder mundial no
mercado de filamentos para uso industrial. Nunca ouviu falar? É normal, garante
José Inglês, vice-presidente para as áreas de Vendas e Marketing da empresa.
"Não é uma empresa muito visível e não nos interessa ter destaque em
Portugal. Aqui o mercado é pequeno e só absorve 2% da nossa produção, explica o
sócio executivo.
Os restantes 98% das quatro mil toneladas anuais
produzidas na fábrica situada em Mem Martins, nos arredores de Lisboa, seguem
para quase todos os países do mundo, com a Alemanha e a China a liderarem a
lista de mercados externos. Em conjunto, para estes dois países a Filkemp
exporta 55% da produção. Espanha é o terceiro maior mercado. A empresa conta
com 167 trabalhadores, seis unidades de negócio, 19 linhas de produção em 27
mil metros quadrados, e este ano deverá faturar 19,5 milhões de euros, quase
quatro vezes mais do que os cinco milhões de vendas registados em 1998, quando
se deu o management buy out, separando-se do grupo Hoechst. Até esse momento, a
pequena unidade industrial situada na cauda da Europa estava autorizada apenas
a fabricar fio de pesca, considerado um produto menor aos olhos dos donos
alemães.
"Em 2001 começámos do zero nos fios técnicos e
chegámos a líderes mundiais porque fomos roubando quota de mercado às nossas
concorrentes. Tínhamos o know how e éramos mais simpáticos e mais flexíveis do
que os alemães. Para os clientes foi uma lufada de ar fresco. Além disso
garantimos a mesma qualidade a preços mais competitivos, por causa dos salários
mais baixos em Portugal", conta José Inglês, que não esconde: "A
China é o nosso maior orgulho". A Filkemp rumou para o gigante asiático à
boleia dos seus clientes globais que tinham fábricas na China e hoje em dia
fornece também grandes clientes chineses da indústria de produção de papel. Na
prática, e entre muitas outras coisas, a Filkemp produz os fios de poliéster
usados nas telas de grandes dimensões das máquinas que produzem papel. Aqui o
segredo do sucesso da PME é a garantia de qualidade dos filamentos: "Tudo
começa no fio. Se a tela não tiver qualidade começa a saltar, a máquina tem de
abrandar a velocidade e isso causa grandes perdas de produtividade."
Apesar de existirem muitas oportunidades no maior
mercado do mundo, "na China não conseguimos crescer mais, por isso
começámos a olhar também para a Índia, México, Canadá. Temos de estar atentos
ao que vai acontecer a seguir e em que mercados".
Foi desta forma que em 2011 a Filkemp se lançou numa
nova área de negócio: os fios abrasivos, com diamante, cerâmica e sílica, para
fazer polimento industrial, sobretudo na indústria automóvel. Também aqui
começaram do zero e hoje são número dois da Europa. "Esse é um dos nossos
objetivos: qualquer área em que entramos queremos estar entre os três maiores,
só isso faz sentido", explica José Inglês. Mais recentemente, em 2014, a
Filkemp lançou--se na área da impressão 3D, com a produção de fio que serve
como toner para as impressoras de última geração. Um negócio ainda embrionário,
de apenas 15 toneladas por ano, mas que a empresa espera que no início de 2019
esteja já a valer acima de um milhão de euros. No capítulo dos investimentos, a
Filkemp dedica em média 1,5 milhões de euros por ano, sobretudo em máquinas,
estando prevista a compra de um novo terreno para o armazém de matérias-primas
e a instalação de quatro novas linhas de produção para chegar a uma faturação
recorde de 20 milhões de euros em 2018. Quanto à liderança mundial, José Inglês
reconhece: "Não é um posto, conquista-se e mantém-se graças a novos
investimentos e soluções. O futuro é esse: sermos sempre melhores".
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