"Vai fechar..."
"já fechou..."
"está a despedir..."
"não sei se volta a abrir..."
São as expressões que mais se ouve em Algueirão Mem Martins...
Este é um assunto que não me espanta, pois muitas lojas morreram sozinhas, por falta de renovação, falta de divulgação e falta de investimento. A abertura de grandes superfícies na proximidade da vila anunciou o futuro, e agora a "crise" assinou a sentença...
Falta de estacionamento, falta de qualidade de espaço publico (melhorado recentemente), alguma falta de segurança e falta de "motivos de interesse" matou o comercio na zona mais central da Freguesia.
Para Algueirão Mem Martins, ter como presidente da Junta de Freguesia o Presidente da Associação Empresarial de Sintra, não foi uma mais valia, pois nada foi feito nesse sentido. As iniciativas desta Associação são conhecidas? São divulgadas?
E faço outra pergunta: Nos últimos anos foram tomadas alguma iniciativa para convidar os habitantes a regressar ao comercio tradicional? Iniciativas de rua? Animação? Musica? Ideias para crianças?
Nos Centros Comerciais fervilham iniciativas e ideias... mas na rua nada...
Por isso não me posso espantar com este triste cenário, de lojas que marcaram o passado esta vila durante muitos anos.
Pena Azul?? para mim, aquela é a "Rotunda da Pena Azul" e sempre será, independentemente do futuro... ALUGA-SE
PANO VERDE? mais um local de culto para os jovens nos anos 90, onde se passavam longas tardes a "dar umas tacadas" no pano verde...
ENCERRADO
...e mais lojas já encerraram, deixando a zona da estação "nua" e sem cor.
"Kanuca" encerrou esta semana...
"Granada" encerrou...
"Castro Pacheco" encerrou...
A zona da estação, do lado do Algueirão perdeu o único Multibanco que ali funcionava...
E nada será como dantes... e face a este cenário, "talvez" o comercio de rua volte a ganhar força, quando as pessoas ficarem cansadas dos Centros Comerciais...
E até lá... estas zonas ficam cada vez mais desertas... mais desconfortáveis e mais perigosas... fruto do mau planeamento e das más politicas municipais...
concordo plenamente com este texto. Um comercio renovado e actualizado, continua a chamar pessoas...
ResponderEliminarNinguém lutou pelo futuro... e agora sofrem as consequências...
Associação empresarial de Sintra? existe? eu diria que é invisível...
a falta que essa ATM faz na estação do Algueirão...
ResponderEliminarSerá que nenhum Banco tem visão comercial para instalar outra maquina MB, junto à estação de comboios da maior freguesia de Portugal?
O comércio, o tempo e os tempos.
ResponderEliminarNos anos 60 os ovos iam-se buscar à capoeira, as hortaliças ao quintal, a água às fontes, a roupa mandava-se fazer ou comprava-se cara em Lisboa, às vezes havia electricidade e poucos tinham carro. As lojas eram uma raridade, havia pouco comércio perto da estação e o melhor estava do lado do Algueirão, mas lá nos governávamos. Esqueci-me da feira, na altura era fundamental. Depois o mundo deu umas voltas e nos anos 90 o centro de Mem-Martins parecia um enorme centro comercial, com muita qualidade e diversidade, as ruas autênticos formigueiros de gente, carros e Bancos muitos Bancos, estávamos na "Singapura dos Saloios".
Mas o mundo deu mais uma voltita e "pimbas" acabou-se o brinde e chegou a fava e que grande fava.
Acabou o financiamento de curto prazo ao comércio, as lojas quase todas alugadas têm aumentos de renda, nalguns casos 300%. Acabam com as feiras e as pessoas deixam de andar a pé nas ruas e para ajudar abrem-se hipermercados com tudo lá dentro.
Todos têm carro, nos hipers não há chuva sol, frio, inverno ou verão, nem passadeiras nem carros nos passeios. Nós consumidores, acabamos por preferir estes espaços.
Mas o comércio tradicional também é muito culpado pela sua própria morte, o pingo doce da estação está sempre a rebentar de gente enquanto as mercearias/drogarias antigas estão todas vazias, apesar dos preços e produtos iguais, uma questão de imagem? Talvez, mas não chega.
Relativamente às associações empresariais e comerciais do nosso concelho, resta-me a observação, extingam-se e depressa.
Fernando Vaz em Mem-Martins desde 1963.
...vivo na Madeira desde 77,gestor pelo ISLA em 77, comerciante no Funchal desde 86, e de 77 a 86 gestor edirector comercial de uma grande loja (32 funcionários ,no Funchal).Andei por Mem Martins nos anos 60, no tempo do Fino Gosto e do Galo Dourado, creio que ainda vi nascer a Lucanda...
ResponderEliminarPermitam-me um desabafo que engloba muito de Portugal e Ilhas: A falta de planeamento comercial e de ordenamento territorial deu cabo de Portugal.Tudo porque o Betão ,como os mercados financeiros, permitem a especulação, que alimenta o ganho fácil dos compadrios,e da corrupção. A especulação financeira que enterrou o Ocidente de vez e nos faz ser toreados por troikas e tricas de políticos de aviario, num país que já foi é a cereja em cima deste bolo podre.
Em 1990 eramos em termos macroeconómicos muito mais equilibrados do que somos porque a relação entre a oferta e a procura também o era, a globalização não tinha desmaterializado as camisas califa ou as peúgas cd, ou a Tebe , e os poderosos financeiros não tinham desatado a fazer centros comerciais que tornaram os centros de cidades lindas num deserto...tenho saudades do Sr. Fortuna e do café de saco do Finogosto...tantas!!
O centro comercial Atrium Chaby vai fechar? Alguém tem alguma informação?
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