O aviso é da Filkemp, que em poucos anos destronou a Alemanha como maior exportador de filamentos para a indústria do papel na China
12/04/2012 | 20:21 | Dinheiro Vivo
"Ninguém vem bater à nossa porta para comprar os nossos produtos, temos que ser nós a ir aos outros mercados identificar quem nos pode comprar", este o conselho de Wolfgang Kemper, fundador da Filkemp, em Mem Martins, aos empresários portugueses que queiram exportar.
Esta filosofia, seguida pela empresa, valeu-lhe aliás o êxito que hoje detém na China, para onde é já o maior fornecedor mundial de filamentos para a indústria do papel, depois de ter destronado a Alemanha, que ocupava antes esse lugar. Seis anos depois de ter entrado naquele mercado, a empresa já exporta duas mil toneladas por ano para a China, mais de 30% da sua produção total, e espera continuar a crescer.
Esta experiência de sucesso foi hoje contada na primeira pessoa por Wolfgang Kemper, na conferência "China 2012 oportunidades de Investimento e Comércio Externo", realizada pelo BBVA Portugal, de quem a Filkemp é cliente.
"Em vez de ficarmos à espera que os clientes globais nos viessem bater à porta, fomos nós aos mercados", contou Kemper, uma política adoptada não só para a China, mas para todos os outros 30 mercados para onde é exportada 99% da produção da Filkemp.
A empresa funciona nas antigas instalações da Hoechst, em Mem Martins, compradas ao grupo alemão, em 1998, por Wolfgang Kemper, responsável em Portugal da multinacional alemã durante três décadas, e dois antigos colaboradores.
Quando chegou à China, 70% das importações daquele país de filamentos para a indústria do papel provinham da Alemanha, de concorrentes como a Bayer ou a Hoechst, que atacou de imediato e acabou por vencer. "Tínhamos mão-de obra mais barata, know-how comparável e transportes mais económicos", explicou Kemper, que não tem dúvidas em afirmar que que a aposta no mercado chinês foi decisiva para o crescimento da empresa nos últimos anos.
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