Cerca de 300 pessoas, entre alunos e pais, fizeram esta quinta-feira um "protesto silencioso" à porta da Escola Secundária de Mem Martins, concelho de Sintra, alertando a comunidade e o ministério para os problemas de segurança naquele estabelecimento de ensino. Em declarações à agência Lusa, João Gomes, presidente da direção da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária de Mem Martins, explicou que a ação de protesto tem como objetivo "um abrir de olhos ao ministério, à direção, à comunidade para os problemas de segurança que existem na escola". "Estamos a falar de falta de funcionários, o pilar da vigilância e da operacionalidade de toda a escola, estamos a falar de obras feitas pela Parque Escolar concluídas em agosto, setembro, dizem eles [os responsáveis], mas que existem ainda muitos problemas", frisou. João Gomes enumerou vários problemas de segurança que se verificam na escola entre os quais destacou a inoperacionalidade das barras das portas de emergência (que servem de manípulos para as abrir) partidas, devido à fragilidade do material.
Outra questão que preocupa pais e alunos é a existência de uma caldeira, localizada na cozinha, e que tem um sinal de alarme ligado há dois anos, "sem que se saiba a causa do alarme ou que tenha sido chamado um técnico". Quanto ao número de funcionários, numa escola com um universo de cerca de 1.700 de alunos, segundo João Gomes, existem 19 assistentes operacionais pertencentes ao quadro, entre as quais "cinco de baixa prolongada". "Houve uma medida de exceção para abrir um concurso por parte do ministério para mais quatro, mas estão a meio tempo. Vem colmatar umas pequenas falhas, dá para remendar mas não é o suficiente", disse João Gomes, adiantando que deviam haver "mais três ou quatro". O responsável lembrou também que a direção da escola reconhece os problemas e está solidária com os pais "mas pouco pode fazer, senão alertar o ministério". João Gomes lamentou ainda que a Associação de Estudantes não tenha sido ouvida mais vezes, pois são os alunos "que conhecem a verdadeira situação da escola já que nela permanecem todos os dias e melhor que ninguém conhecem os seus problemas". Hoje, em forma de protesto, foi decidido não se fecharem os portões da escola, mas os alunos e pais estiveram concentrados ao portão entre as 07:30 e as 09:00, altura em que os estudantes entraram, tendo faltado ao primeiro tempo para marcar a sua posição, de acordo com João Gomes. Também hoje, ao final do dia realiza-se um Conselho Geral de Agrupamento, no qual, segundo João Gomes, deverá ser abordado o assunto e onde a associação de pais irá estar presente.
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