Rapper de Mem Martins subiu esta noite ao palco
na Zambujeira do Mar e foi recebido
por uma pequena multidão entusiasta
na Zambujeira do Mar e foi recebido
por uma pequena multidão entusiasta
Com o álbum de estreia a solo, “Deepak
Looper”, ainda fresco, Papillon, que o público ficou a conhecer enquanto
membro dos GROGnation, subiu esta noite ao palco LG do MEO Sudoeste com a
certeza de que tem conseguido atrair uma pequena legião de fãs nos últimos
meses. O rapper de Mem Martins não terá ficado desiludido com o que encontrou à
sua frente: uma plateia bem composta puxou por ele e apoiou-o ao longo de todo
o concerto.
As rimas rápidas e afiadas de ‘Impulso’, a abordagem jazzy de ´1:AM’ e
‘Impasse’, os ambientes ácidos do hino ‘Imbecis / Íman’, a guitarra rasgada e
as batidas corridinhas de ‘Impressões’ e a inventividade instrumental de ‘I’m
the Money’ (com produção de Lhast) foram argumentos suficientes para que o
rapper conseguisse passar a mensagem mais importante que carrega: “eu não sou
como toda a gente”. E tem razão, não é. Seguindo um caminho que, neste momento,
encontrará maior paralelo com Slow J (responsável por grande parte da produção
de “Deepak Looper”), Papillon é um rapper sóbrio, com um discurso coerente e
afastado dos lugares-comuns que se vão colando ao hip-hop português.
“É um prazer estar aqui a realizar um dos meus sonhos de menino, com
vocês”, atirou pouco depois de iniciar a atuação, mantendo-se depois em
estreito diálogo com um público que não hesitou na hora de puxar por ele,
gritando “Papi” com intenção. “Vocês não sabem o que eu sinto ao sentir esse
carinho”, agradece, “sou a prova viva de que podem realizar os vossos sonhos.
Achava que não ia chegar a lado nenhum na vida e hoje estou aqui a tocar para
vocês”. E algo nos diz que é só o início.
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