Tempo em Algueirão Mem Martins

terça-feira, 3 de julho de 2012

Escolas Arsenal72 - Danilo Pereira

Danilo Pereira

Os mais conhecedores de futebol já ouviram falar deste jogador, Danilo Pereira, que representou Portugal no Mundial Sub20, na Colômbia em 2011. 

Na época passada, jogou em Itália no Parma, e na próxima época será jogador do Roda, na Holanda. 

E porquê este assunto aqui no Blog? 
Este jovem fez a sua formação no Arsenal72, em Mem Martins.

Danilo Luís Hélio Pereira nasceu na Guiné Bissau a 9 de Setembro de 1991 e veio para Portugal com seis anos. A sua mãe tinha imigrado quatro anos antes para estudar enfermagem e, depois de concluir o curso e arranjar emprego, fez com que o filho viesse ter com ela. 

Aos oito anos, Danilo, um aluno "não muito aplicado mas com boas notas", começa a jogar futebol no Arsenal 72, um clube de Mem Martins, freguesia do concelho de Sintra, dando os primeiros passos de uma ambição que foi sempre única: "eu só pensava em jogar futebol". Depois, foi para o Estoril e, já com um empresário a representá-lo, deu o salto para o Benfica quando era ainda juvenil de segundo ano. "Tem um potencial físico e técnico enorme", observa ao PÚBLICO Rui Águas, que esteve ligado ao futebol de formação do Benfica até à última temporada.

 
Analise no Blog "vitoriacentenario"
Trinco de 20 anos, transferiu-se para o Parma em 2010, tendo jogado uma primeira época por empréstimo no Aris de Salónica. Foi uma das maiores figuras da selecção portuguesa de sub-20 jogando logo à frente dos centrais. Com 1,87m de muito músculo é acima de tudo um destruidor de jogo ofensivo adversário, sendo capaz de iniciar o jogo ofensivo da sua equipa com passes simples e curtos para os médios mais ofensivos. É ainda extremamente forte no jogo aéreo, o que lhe permite criar perigo nas bolas paradas da sua equipa.


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Ecrã Gigante - Final Euro2012

Dia 01 de Julho de 2012 fica na história como o dia em que a Espanha se sagrou bicampeã europeia em futebol...

... e também fica marcado, como o dia em que a Junta de Freguesia de Algueirão Mem Martins organizou um evento, que à partida se previa desinteressante para a população...

.. ou seja, um ecrã gigante para ver a final do Euro2012 (Itália-Espanha).


aos 60 min de jogo...

... evento este, "integrado nas comemorações dos 50 anos da freguesia"...

A foto em cima diz tudo, não diz???
(vou acreditar que esta iniciativa não teve qualquer custo para a Junta de Freguesia!!!!)

domingo, 1 de julho de 2012

Novo Canil Municipal

No passado dia 29 de Junho, dia de São Pedro e Feriado Municipal em Sintra, foi inaugurado o novo Canil Municipal de Sintra, na freguesia de Algueirão Mem Martins.


Reportagem SIC

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Mem Martins - "Correios Velhos"

Eu acho sempre engraçado, quando ainda hoje oiço falar nos "Correios Velhos"... e eu próprio, por vezes, ainda uso esta designação...

Ficavam situados na Estrada de Mem Martins, perto da GNR, entre a Capela e o Centro de Saúde, e funcionaram naquele espaço desde 1969 até 1986, até à abertura da actual estação dos CTT, na Rua da Azenha.

Antigo posto dos Correios, na Estrada de Mem Martins



Desde pequeno, sempre ouvi aquele espaço ser identificado como os "Correios Velhos", e até nos famosos autocarros da Rodoviária com origem na Escola Visconde Juromenha e com destino a São Carlos, era assim que era designada entre todos, aquela paragem: "hoje vais sair nas "finanças" ou nos "correios velhos"?"

Para as pessoas mais novas, ou mais recentes na vila, provavelmente nunca ouviram falar, ou nem sabem onde seria este posto dos Correios, mas basta procurar a loja Chinesa, em frente ao "Café Andorinha".
Actual Loja

[Saloia TV] Arraial dos Santos Populares Agrupamento 82

terça-feira, 26 de junho de 2012

Comércio no Centro de Mem Martins

Noutros tempos (1941), a abertura de lojas no centro de Mem Martins eram noticias de jornal, e motivo de orgulho para a população. 

Na esquina da "Estrada de Mem Martins" com a "Avenida Chaby Pinheiro", foi inaugurado em 1941 o "Café Baribomba", e foi sem duvida um espaço importante para o desenvolvimento da localidade. Foi ponto de encontro da população, e dos tradicionais veraneantes que vinham passar as suas férias de Verão, em Algueirão Mem Martins, aproveitando o conforto da aldeia e o ar da serra. 



Mais tarde, no mesmo espaço abriu um dos melhores restaurantes de Mem Martins, o "Restaurante Chaby", que era sem duvida um restaurante de qualidade, e encerrou no final do ano passado.

Noticia do "Jornal de Sintra" em 1941

"No passado domingo inaugurou-se nesta localidade um novo estabelecimento, propriedade do Sr.João Cunha.

É o "Café Baribomba" instalado em belo edifício fronteiro ao Cine-Mem Martins. 

O primeiro dia de existência do novo estabelecimento decorreu num ambiente de franca alegria; mesas cheias, cálices que se enchem de "Porto" e se despejam quase sem dar por isso, tão animada está a conversa! Aqui joga se "dominó"; ali, são as pedras do "gamão" que são manejadas com destresa. No conhecido "négus" disputa-se rija partida, ao som duma "rumba" transmita pela Emissora Nacional.

Não chegamos a saber quais os que ganham ou os que perdem, segundo parece, tanto uns como outros sabem tão bem ganhar como perder. É tudo boa gente; são todos amigos!... (...)

Notámos com curiosidades e satisfação que entre a numerosa clientela encontrava-se alguns veraneantes de 1940 que nos fizeram recordar os belos dias que passaram em Algueirão Mem Martins no ultimo verão. E para nós bastante lisonjeiro e agradável a sua presença na nossa terra no dia em que ela dá mais um passo em frente no caminho que a conduzirá ao progresso a que tem absoluto direito e para a qual continuará trabalhando. (...)

No novo estabelecimento, além da secção de pastelaria e jogos, encontra-se belíssimo café vendido à chávena, feito em moderníssima máquina, e a peso; vinhos generosos e de mesa, licores, águas minerais e de mesa, etc.

Outro melhoramento é a bomba abastecedora de gasolina que aqui se encontra, e bastante falta fazia. Ao Sr. João Cunha apresentamos os nossos parabéns e os nossos desejos de prosperidade""

Hoje em dia, as noticias são outras, e basta desfolhar o jornal regional "Correio de Sintra"  na pagina nº2 (edição nº45 - de 21Jun a 5Jul de 2012)...


No mesmo espaço do antigo "Chaby" ou da antiga "Baribomba", abriu esta semana, mais uma loja chinesa... sim, mais uma... mais roupa baratuxa, mais produtos de plástico e no ar sempre aquele cheiro característico, acompanhado pelo sotaque tipico e pelo "obligado"... 

São mesmo "Sinais dos Tempos"... Para onde caminhamos???

foto no dia 26Jun2012

foto no dia 26Jun201

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Antigos Jornais de Algueirão Mem Martins

O "Boletim 921" surgiu em 1986 e foi publicado até Outubro de 1989.

Era um jornal da freguesia, e este nome devia-se aos 3 primeiros de todos os números de telefone da vila.

Mais tarde, com o aumento da população, e como a generalização dos telefones por toda a população, para além do "921", os telefones da Vila também passaram a ter como iniciais o "922" e o "926".

Após a extinção do "Boletim 921", surgiu em Março de 1990, o mensário "Vila Saloia"
 Já em Novembro de 1983 tinha surgido "A Gazeta de Mem Martins"
O tempo passou, a população cresceu... e hoje, a vila não tem nenhum jornal exclusivo...

domingo, 24 de junho de 2012

Largo Ti Saloio - A Luz Eléctrica - Mem Martins

O actual Largo Artur Soares Ribeiro era o centro de "Mem Martins Saloio". Era ponto de encontro, sitio de festas e cegadas.

Hoje em dia é um espaço quase ignorado, mas é um dos locais com mais história da vila. Era designado o "Largo do Ti Saloio", onde ainda hoje existe a Vivenda Soares Ribeiro.

Artur Soares Ribeiro (1895-1985) foi impulsionador da construção da Escola Primária Guerra Junqueiro (tristemente já demolida), o principal elemento da Comissão de Melhoramentos de Mem Martins (1930), sócio fundador do Mem Martins Sport Clube, e mandou construir, por sua própria conta, o chafariz no Largo do Ti Saloio e um bebedouro para animais na Rua do Coudel.

Aqui deixo, um excerto de uma história ocorrida no Largo do Ti Saloio em 1928, retirada do livro "Mem Martins: Retratos" de Zé de Fanares (Sr. Luís Miguel, outro símbolo da vila), que descreve um momento importante na vila.


A Luz Eléctrica

"A Primeira vez que houve um arraial popular em Mem Martins foi pelo São João, no ano de 1928. Organizou-o o Artur Soares Ribeiro - o "Artur Saloio" - e a receita reverteu a favor da construção da escola "Guerra Junqueiro"

O local escolhido foi o largo do Ti Saloio (pai do organizador) e o programa era, deveras, aliciante. Um "sol e dó" de São Pedro mais o "Faneca" asseguravam a parte musical; havia quermesse, tômbola e uma barraca de comes e bebes; e, como entretenimentos; tracção à corda, gincana de bicicletas, corrida de sacos, pau de sebo... o costume!

Mas o grande atractivo do certame era a iluminação. Anunciava o prospecto em letras garrafais: "O recinto das festas encontra-se feericamente iluminado e ornamentado com lâmpadas eléctricas de cores variadas".

- Como!? Como é que pode ser isso se não há electricidade? - era a pergunta que corria de boca em boca.


Claro que os organizadores tinham, como se usa dizer, o trunfo na manga e, na véspera da festa, quando o Manuel Carreiro chegou de Lisboa, onde tinha ido levar um carrego de queijadas, por conta da Gertudes d'Ouressa, desvendou-se o mistério. Em cima da galera vinha um motor. Grande, enorme, com uma ventoinha que fazia lembrar a hélice duma traineira, com tubos e mais tubos, fios, botões, manípulos, manómetros, termómetros, etc... Era um gerador que um engenheiro do Arsenal da Marinha, emprestara ao "Artur Saloio".

Durante o resto do dia foi um corrupio de gente para ver, de perto o "aparelho". Os mais entendidos apreciavam-lhe os cilindros, calculavam-lhe os cavalos e alguns, mais curiosos, tentavam até adivinhar como é que aquilo fabricava electricidade. Os outros, os que não percebiam patavina do assunto, olhavam para aquela "mánica" como um boi para um palácio.

Ao lusco-fusco experimentou-se a instalação do arraial. Foi um momento histórico: naquela amena noite de Junho viu-se pela primeira vez a luz eléctrica em Mem Martins!



No dia da festa era gente e mais gente. Todos de nariz no ar a olharem para as lâmpadas das mais variadas cores, penduradas nos fios e a imaginarem o efeito que fariam depois de acesas. 

Quando, à noite, se conseguiu (á terceira tentativa) pôr aquela bizarma a trabalhar e se ligaram as luzes ouviu-se um uníssono "ah!" de espanto e vários vivas ao "Artur Saloio"

O deslumbramento, no entanto, durou pouco tempo. O motor conforme foi aquecendo foi aumentando de trepidação e, às tantas, nada nem ninguém o conseguiu segurar...

(...)

Com grande mágoa do Soares Ribeiro a festa continuou até ás tantas da madrugada, mas... à luz do petróleo...."

(...)