António Jacinto da Silva Brito Paes (nasceu em Santa Luzia, Ourique, 15 de Julho de 1884 e foi baptizado na igreja matriz de Colos, 12 de Outubro do mesmo ano - 22 de
Fevereiro de 1934) enveredou pela
carreira militar, servindo o exército português.
Primeiro, em Moçambique e Angola, depois
em França e na Flandres,
durante a 1ª Guerra Mundial, onde recebeu a Cruz de
Guerra, a Torre e
Espada e Legião de Honra Francesa.
Sarmento de Beires e Brito Pais juntos ao aeroplano "Pátria" em Rangum (Índia). |
Romântico
inveterado e pioneiro do risco, tirou o brevet de piloto e esteve umbilicalmente
ligado aos primeiros passos da aviação militar em Portugal.
Em 1922, sem autorização do ministro da Guerra, partiu a bordo do decrépito
“Cavaleiro Negro” e tentou um voo directo à Madeira,
orientado unicamente por uma bússola,
mas o nevoeiro fê-lo cair ao mar, de onde foi resgatado por uma embarcação
britânica.
Monumento em Milfontes |
Os seus superiores censuraram-no por desobediência e louvaram-no por bravura. Cada vez mais afoito, seguiu-se a viagem até Macau no "Pátria" um Breguet 16 Bn2, a partida oficial de Vila Nova de Milfontes foi a 7 de Abril de 1924, juntamente com Sarmento Beires e mais tarde Manuel Gouveia, chegando ao destino a 20 de Junho 1924.
vista aérea de Coutinho Afonso |
Brito Paes morreu a 22 de Fevereiro de 1934, da
forma irónica, depois de ultrapassar e sobreviver às maiores
aventuras da época, António Brito Paes não resistiu a um embate de aviões Morane,
em Coutinho Afonso, no Algueirão,
provocado por… encandeamento solar.
Um jornal nacional apelidou-o na altura de
“herói e santo”.
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