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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Brito Paes... a morte em Coutinho Afonso.

António Jacinto da Silva Brito Paes (nasceu em Santa Luzia, Ourique, 15 de Julho de 1884 e foi baptizado na igreja matriz de Colos, 12 de Outubro do mesmo ano - 22 de Fevereiro de 1934) enveredou pela carreira militar, servindo o exército português.


Primeiro, em Moçambique e Angola, depois em França e na Flandres, durante a 1ª Guerra Mundial, onde recebeu a Cruz de Guerra, a Torre e Espada e Legião de Honra Francesa.

Sarmento de Beires e Brito Pais juntos
ao aeroplano "Pátria" em Rangum (Índia).
Romântico inveterado e pioneiro do risco, tirou o brevet de piloto e esteve umbilicalmente ligado aos primeiros passos da aviação militar em Portugal. Em 1922, sem autorização do ministro da Guerra, partiu a bordo do decrépito “Cavaleiro Negro” e tentou um voo directo à Madeira, orientado unicamente por uma bússola, mas o nevoeiro fê-lo cair ao mar, de onde foi resgatado por uma embarcação britânica.

Monumento em Milfontes




Os seus superiores censuraram-no por desobediência e louvaram-no por bravura. Cada vez mais afoito, seguiu-se a viagem até Macau no "Pátria" um Breguet 16 Bn2, a partida oficial de Vila Nova de Milfontes foi a 7 de Abril de 1924, juntamente com Sarmento Beires e mais tarde Manuel Gouveia, chegando ao destino a 20 de Junho 1924.

vista aérea de Coutinho Afonso
Brito Paes morreu a 22 de Fevereiro de 1934, da forma irónica, depois de ultrapassar e sobreviver às maiores aventuras da época, António Brito Paes não resistiu a um embate de aviões Morane, em Coutinho Afonso, no Algueirão, provocado por… encandeamento solar. 

Um jornal nacional apelidou-o na altura de “herói e santo”.

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