Este campo foi utilizado pelo Mem Martins Sport Clube (MMSC), aproximadamente durante 30 anos.
O Visconde da Asseca, era o presidente da Câmara Municipal de Sintra na altura.
Assisti a muitos jogos do MMSC neste campo, e recordo-me da festa nele vivida, quando o clube conseguiu uma subida de divisão. Relativamente a esse dia, ainda tenho guardada, uma camisola que me foi oferecida por um jogador.
Assisti a muitos jogos do MMSC neste campo, e recordo-me da festa nele vivida, quando o clube conseguiu uma subida de divisão. Relativamente a esse dia, ainda tenho guardada, uma camisola que me foi oferecida por um jogador.
Na foto abaixo, temos o campo horas antes de ser inaugurado em 1963
A benção do campo antes do jogo de inauguração, em que se defrontaram o "Mem Martins Sport Clube" e o "Sport Lisboa e Saudade".
No inicio dos anos 90, a Câmara Municipal de Sintra, construiu o Complexo Municipal da Quinta do Recanto, e o antigo "Campo Visconde da Asseca", tal como a Escola Primária Guerra Junqueiro, foram destruídos, e deram origem a mais um conjunto de prédios...
A demolição desta escola foi um crime para o passado de Mem Martins, pela memória e esforço de uma população, que se reuniu em torno da construção de uma escola.
O grande impulsionador desta escola foi Artur Soares Ribeiro, um grande dinamizador da Mem Martins. Foi inaugurada na década de 20 e demolida em 1989.
A primeira professora que ali lecionou chamava-se Maria de Jesus Simões.
Esta escola foi construída pelo dinheiro e vontade da população.
Na "Era do Betão", esqueceu-se o passado e não se respeitou a história, construindo-se prédios desenquadrados com toda a envolvente, longe das boas regras de urbanismo, e demolindo-se este edifício, que não se tratando de um grande símbolo arquitetónico, era sem duvida um marco importante na vida de muita gente...
Em baixo, encontra-se uma pequena animação, onde tento reconstruir a zona, em meados da década de 80, fazendo uma viagem pela Rua do Coudel, virando à esquerda até à antiga Escola Primária.
É com grande nostalgia que leio este post.
ResponderEliminarEste foi o local de eleição da minha infância. Apesar de não morar ali, estive ali todo o tempo.
E a escola Guerra Junqueiro foi a minha primeira escola. Em 1985/86. Fiz aí a primeira e segunda classe, no ano seguinte a escola funcionou a meio gas... e depois fechou mesmo. Ficou devoluta vários anos, até que foi demolida. Ainda me lembro desse dia. Tentei recuperar algumas coisas da escola. Tenho ideia de ter guardado umas pedras durante alguns anos, não sei onde andam. O que mais me revoltou foi não terem avisado que iam demolir a escola (o dia exacto) pois se tivesse sabido a tempo teria guardado o painel de azulejos que estava entre as duas salas...
Enfim, somos um povo assim... Quem não respeita o passado...
A envolvência do campo e da escola tinha muitas árvores, eucaliptos, e outras, que proporcionavam brincadeiras infinitas. Desde trepar às arvores, andar de bicicleta em trilhos, jogar às escondidas, caçar pardais com fisga, apanhar grilos e gafanhotos...
Fui um previlegiado!
Obrigado por me trazeres estas recordações :)
A Escola Guerra Junqueiro, ou a Escola nº 1 de Mem Martins, como também era conhecida, foi construída pelo povo.
ResponderEliminarPelo menos é isso que os mais velhos daquela zona sempre disseram. Também estava previsto um parque infantil nas imediações, que chegou a ser murado, mas nunca foi concluído. O espaço desse parque corresponde sensivelmente às actuais instalações da APD...
Na génese do Bairro de S. Carlos esteve um grande sentido de cidadania e responsabilidade social, que com a era do betão se dissipou...
Será que olhando para o passado podemos ter inspiração para contruirmos um futuro melhor? Como diz o Cardeal Patriarca: "é pecado não agir perante o contexto actual"
A Praceta Manuel Rodrigues da Silva que fica ali mesmo ao lado, só foi alcatroada quase no ano 2000. no entanto os primeiros prédios são de 1970... Nos anos 90 fartos de tanta lama os moradores falaram à CMS e à Junta. Chegou-se a um concenso: A câmara enviaria umas carradas de brita e areão. Os moradores procederiam às obras na praceta. E assim foi: arranjou-se um carrinho de mão umas pás, e a mão de obra foi a dos moradores!!! Também lá andei com uma pá! Eu e a malta da minha idade com 13-14 anos. Todos ajudaram o que puderam! Lá se espalhou a brita, o areão e beberam-se umas minis e uns Sumois na mercearia da D. Cândida e do Sr. Manuel (meus pais). Não ficou perfeito, mas sempre se fez alguma coisa de melhor. Havia pó, mas já não havia lama...
Onde anda este espírito? Nós cidadãos tb temos uma palavra a dizer... Reclamar, mas tb arregaçar as mangas...
Abraço
PS: Será que esta é a lacuna que o Movimento Independente de Cidadãos virá preencher? Mobilizar e motivar os adormecidos? Espero que sim, contem comigo!!!
Parabéns pelo post e principalmente pela animação, foi com grande nostalgia que o li, bem como o comentário do Augusto. Eu também andei nesta escola (1980/1984)e brinquei tantas vezes neste campo... faziamnos cambalhotas nos ferros laterais e até fazíamos educação física, dada pelo prof. Carlos. Uma escola com apenas duas salas de aulas, mas cheia de felicidade e de recordações. Nunca deveria ter sido deitada a baixo! A memória do passado é algo que deve perdorar no tempo e no espaço.
ResponderEliminarAdorei ver este post, vieram me as lágrimas aos olhos... sou do tempo do Professor Carlos, apesar das más recordaçoes dele e das reguadas, sim foi uma escola espetacular onde nao existia muros, redes, parques de diversoes e outros ,era feliz e era livre nas brincadeiras que fazia. Saudadesss...
ResponderEliminarFrequentei esta escola de 1960 a 1963 (2ª-3ª e 4ª classe).E joguei no campo em jogos não oficiais desde 1963 até 1968 e, depois em jogos oficiais desde 1969 até 1980.Fui jogador, treinador e dirigente do Mem Martins Sport Clube entre 1969 e 1980.
ResponderEliminarTambém frequentei esta escola em 1981 e 1982. Fui muito feliz e lembro-me perfeitamente das cambalhotas nos ferros...
ResponderEliminarHugo excelente trabalho
ResponderEliminarFiz parte da equipa que subiu pela primeira vez de divisão na história do MMSC. Da terceira distrital para a segunda distrital. Entre, ecreio 1972 e 1975, não me lembro da época exata.
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